Entre as operadoras de telecomunicações do mundo, 70% acreditam ser muito importante diminuir o tempo entre concepção e desenvolvimento de um produto até seu lançamento para o consumidor final. Segundo elas, este time to market é fundamental para garantir melhores resultados e fidelizar os usuários em um mundo cada vez mais conectado e competitivo.
Essa proporção foi verificada em um estudo encomendado pela Amdocs e feito pela Coleman Parkes, que entrevistou 125 executivos de operadoras de telecomunicações de todo o mundo. Os resultados foram apresentados pela Amdocs nesta segunda-feira (25), e recuperam um período de três anos, a partir de outra pesquisa com os mesmos objetivos realizada em 2008.
Segundo o estudo, a velocidade de oferta de novos produtos é uma preocupação cada vez maior para as operadoras. Em 2008, apenas 58% delas consideravam muito importante diminuir o time to market, número 12% maior em 2011. Não existe grande diferença entre as operadoras de Telecom hoje, diz Maurício Falck, gerente de desenvolvimento de negócios da Amdocs. Elas utilizam os mesmos tipos de tecnologias e são quase equânimes em ofertas. O que garante maior número de clientes e fidelização é a eficiência com que atendem aos anseios de seus usuários.
Apesar da importância crescente do time to market, a pesquisa revela que houve pouco avanço. O número de operadoras que conseguiram lançar um novo produto no mercado em até seis meses diminuiu nos últimos três anos, de 67% para 65%. Além disso, uma em cada três operadoras não cumpre a meta de fornecer novos produtos no período de seis meses.
Para Falck, hoje existe uma grande demanda por serviços de dados, o que possibilita a criação de um ecossistema de softwares e serviços baseados em rede, nascidos principalmente em torno dos dispositivos conectados. Existe uma procura crescente por novos produtos que não é fácil atender.
Segundo os executivos entrevistados, os maiores entraves para esse processo de criação são os custos com serviços, tecnologia e infraestrutura. O desafio é descobrir como entregar um produto antes dos concorrentes, e fazer isto de forma rentável, explica Falck. O pioneirismo tem seus custos, negativos e positivos.
Além disso, para alcançar essas velocidades as empresas devem enfrentar problemas como estrutura organizacional defasada, necessidade de mudança em seus sistemas internos e a complexidade das novas tecnologias. Essas deficiências explicam porque, apesar da intenção quase geral de diminuir o time to market, houve crescimento de apenas 5% entre as empresas que efetivamente o fizeram.
Na América Latina, especificamente, 80% dos executivos entrevistados reconheceram que é necessário melhorar o ambiente organizacional de suas empresas antes de pensar em diminuir o tempo de oferecimento de novos produtos. O mundo está mudando, e 70% das empresas latinoamericanas entendem que diminuir o time to market é necessário para atingir este mundo conectado, diz Falck. Por Marcelo Vieira
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