Pacotão: Windows Defender e MSSE; rastreio de IP em empresas

Pacotão: Windows Defender e MSSE; rastreio de IP em empresas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:15

Chegamos a mais um pacotão da coluna Segurança para o PC, respondendo dúvidas deixadas por leitores. Hoje as perguntas respondidas são as seguintes: O Windows Defender e o Microsoft Security Essentials se complementam? Pode um usuário mal intencionado desenvolver um spyware? É possível rastrear um IP de uma máquina específica dentro de uma empresa? >>> Windows Defender e Security Essentials

O Windows Defender e o Security Essentials da Microsoft se complementam? Lili

Não, Lili, ao contrário: eles são conflitantes. Não é necessário manter os dois funcionando e, mais do que isso, a recomendação é desativar o Windows Defender e jamais ter os dois programas em execução ao mesmo tempo.

O Security Essentials realiza as funções do Windows Defender, portanto não faz sentido algum ter os dois rodando ao mesmo tempo. O Security Essentials deve desativar o Defender durante a instalação, mas, se isso não acontecer, é recomendado desativá-lo manualmente no painel de controle.

Vale lembrar que qualquer anti-spyware que tenha proteção residente também deve ser desativado. A maioria dos antivírus inclui uma proteção contra spywares – e o Security Essentials não é exceção. Com os dois programas em execução, o sistema tende a ficar mais lento e alguns problemas podem surgir.

A mesma recomendação vale para outras combinações de antivírus e anti-spywares.

No caso do Windows Defender é desnecessário usá-lo na presença do Security Essentials. Caso a combinação de antivírus e anti-spyware for outra, ainda é possível continuar usando o anti-spyware em modo de verificação sob demanda (on demand), desativando apenas a proteção residente (real-time). >>> Criando spywares

Tenho uma dúvida: já que as empresas no mercado negro produzem tipos de spywares... será que usuários podem também criar esse tipo de espião para ganhar dinheiro?

“ Malluko ”

É preciso entender que a palavra spyware é ambígua. Há uma classe deles que é o spyware comercial. Esse tipo de software espião tenta descobrir se alguém está tendo um caso extraconjugal, por exemplo. Ou se funcionários estão visitando sites e tendo conversas sem relação com o trabalho.

Muitas empresas, de boa reputação inclusive, vendem programas com essa finalidade. Embora existam vários fatores a considerar quando você for “espionar” alguém, há casos em que o uso é legítimo.

A palavra “spyware” também foi utilizada para descrever softwares publicitários que coletavam informações do usuário sem que ele soubesse. Além da invasão à privacidade do internauta, alguns desses softwares eram intrusivos, o que gerou ódio pelos programas.

Por fim, alguns usuários entendem como “spyware” programas que realizam funções ilícitas, como roubo de senhas bancárias. Esses códigos maliciosos não são spywares e sim cavalos de troia.

Qualquer pessoa com interesse em programação consegue criar qualquer um desses programas, seja o spyware ou o cavalo de troia. Competir no mercado empresarial provavelmente é o mais difícil, já que é o mercado com o uso legítimo mais frequente e, portanto, também o que atrai mais profissionais.

Já a criação de vírus e softwares publicitários atrai menos programadores e você poderia, sim, criar um aplicativo do gênero capaz de ser tão bom quanto os existentes em pouco tempo. Mas aí, é claro, viriam os problemas legais.

No “mercado negro”, não existem empresas e sim grupos de indivíduos que tentam vender ladrões de senhas para outros criminosos. Existe sim o mercado cinza, onde atuam softwares potencialmente maliciosos, mas que, de vez em quando, podem ter algum uso legítimo e que, por isso, fica difícil condená-los por completo.

Vale lembrar: ninguém precisa desenvolver seu próprio spyware, já que existem vários prontos para uso.

>>> Rastrear download de filme

Trabalho em uma empresa hoteleira como auxiliar administrativo e costumo baixar filmes do Google para meu pen drive. Eu queria saber se tem como eu ser rastreado pelo IP da máquina, já que ela fica em rede no hotel inteiro.

Fabio

Bem, Fabio, primeiro: você provavelmente não baixa filmes do Google. O Google é meramente um mecanismo de pesquisa e, talvez, pode levá-lo a sites que contenham conteúdo ilegal, já que o Google não hospeda filmes – exceto pelos vídeos no YouTube, onde o conteúdo é policiado para remover o que for ilegal.

No mais, a equipe de TI do hotel tem todas as condições de saber que você está baixando filmes e, de fato, deveria fazê-lo, porque você esta utilizando a infraestrutura do prédio. Além de colocar a empresa em risco de receber um processo – embora no Brasil eles não sejam comuns até o momento -, você está criando uma demanda extra na rede, que pode comprometer a experiência dos clientes – se a rede for a mesma – ou a outros funcionários e, portanto, trazer prejuízos ao hotel.

Não há no Brasil uma jurisprudência clara sobre o que fazer quando a máquina específica não puder ser identificada, mas a rede sim. Ou seja, se o acesso partiu da rede do hotel – especialmente a rede dos funcionários – fica impossível diferenciar se a infração de direito autoral ocorreu por parte da empresa ou do funcionário e, talvez por isso, haveria lógica para a empresa ser responsabilizada, mesmo que o computador específico não pudesse ser identificado.

Caberia à empresa, depois, punir o funcionário.

Postado por: Thatiane de Souza

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