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A longa trajetória dos Simpsons no mundo dos games

A longa trajetória dos Simpsons no mundo dos games

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:34

Com mais de 22 anos no ar, não é de se estranhar que o desenho Os Simpsons continua fazendo sucesso. A série animada mais longeva da TV no mundo sempre se manteve atual ao parodiar a família de classe média norte-americana (embora com notável reflexo também na brasileira). Mas existe outra peculiaridade dos personagens de Matt Groening: eles nasceram e cresceram junto ao amadurecimento dos videogames.

Em dezembro de 1989, quando a série estreou na rede de TV norte-americana Fox, os consoles mais populares eram os 8 bits, principalmente com o Nintendo Entertainment System (ou simplesmente NES), e o Mega Drive, de 16 bits, ainda em sua fase inicial pré-Sonic. Mas foi nos arcades que a família amarela estreou e, daí, ganhou espaço em muito mais plataformas.

Confira abaixo os principais jogos oficiais dos Simpsons e relembre as várias formas e consoles que a família mais querida dos desenhos animados já viveu. Caso queira compartilhar suas memórias nesses games e adicionar outros, fique à vontade para utilizar nossos comentários.

The Simpsons Arcade Game (1991)

Produzido pela Konami, o primeiro jogo dos Simpsons é também um dos mais amados até hoje. Com gráficos excelentes para a época e fiel ao desenho, o jogador encarnava os personagens Bart, Lisa, Homer e Marge no resgate à pequena Maggie, que substituiu a chupeta por um diamante que fora roubado pelo temível Mr. Burns, sendo assim seqüestrada pelo malvado.

Claro que não foi apenas a história que chamou a atenção, mas sim o gameplay do estilo beat'em up, muito semelhante aos jogos das Tartarugas Ninja e dos X-men (ambos também da Konami). No gabinete era possível até quatro jogadores simultâneos, o que era sempre garantia de diversão e muito barulho nos fliperamas da época.

Outro grande fator foi a preservação do humor sarcástico da série e a presença das vozes de Don Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright e Yeardley Smith, dubladores originais nos Estados Unidos. O game ganhou versões para PC DOS e Commodore 64.

The Simpsons: Bart vs. the Space Mutants (1991)

Este talvez seja um dos mais conhecidos títulos baseados na série, já que foi o primeiro a aparecer em um console caseiro – no caso, o NES. Publicado pela Acclaim, o jogo também ganhou versões posteriores para Master System, Mega Drive/Genesis e Game Gear, além dos computadores ZX Spectrum, Amstrad CPC, Commodore 64, Commodore Amiga, PC DOS e Atari ST.

O game é uma aventura estrelada por Bart e contou com jogabilidade bem diferente para a época, com elementos de adventure com plataforma e dificuldade muito elevada. Quem já tentou passar na fase do dinossauro lembra bem disso. Finalizar o jogo sem a ajuda de guias ou dicas das revistas era uma tarefa extremamente complexa que poucos ousaram.

O jogo ganhou duas continuações: Bart vs. the World (lançado ainda em 1991) para NES, Master System, Atari ST, Game Gear e Amiga; e Bartman Meets Radioactive Man, que recebeu críticas negativas pelo gameplay frustrante (nenhum erro em pulos por plataformas era perdoado) e ausência de passwords.

Bart Simpson's Escape from Camp Deadly (1991)

Bart e Lisa estão presos no acampamento do palhaço Krusty e precisam achar uma saída. Isso porque o lugar é comandado pelo sobrinho do Mr. Burns, o também malvado Ironfist Burns. O game foi exclusivo para Game Boy e foi lançado pela Acclaim, mas desenvolvido pela Imagineering. Recebeu críticas amenas, mas contou com controles melhores do que o jogo para o Nintendinho.

O game também ganhou continuação no portátil. Chamado de The Simpsons: Bart vs. the Juggernauts, era uma série de minigames baseado no programa de TV American Gladiators (que chegou a ganhar seu próprio jogo) e, novamente, ganhou críticas negativas por conta de seus controles imprecisos.

Kursty's Fun House (1992)

Desviando um pouco o foco do Bart Simpson, este game traz o palhaço Krusty como estrela. É um puzzle no qual o jogador precisava cuidar de uma infestação de ratos e exterminá-los em intricados quebra-cabeças ao criar caminhos até armadilhas para que os roedores seguissem. Cobras e porcos voadores tratavam de tentar atrapalhar o progresso.

Com o título de Krusty's Super Fun House, o jogo foi lançado para o Super Nintendo e Mega Drive, ganhando depois versões para Amiga e PC e uma conversão mais modesta para NES, Master System e Game Boy. Apesar de divertido, chegou a decepcionar um pouco na época porque, apesar de ser a estréia dos Simpsons nos 16 bits, foi centrado em um personagem secundário e com jogabilidade bem diferente dos games anteriores.

Bart's Nightmare (1992)

Esta sim foi a estréia do elenco principal da série em um título para 16 bits, saindo para Mega Drive e Super NES simultaneamente. Bart's Nightmare, também da Acclaim, novamente trouxe o gênero plataforma, mas também variando em espécies de minigames com diferentes tipos de jogabilidade, como a fase Bartzilla, em que ele encarna um monstro gigante, e o Bartman, no qual ele voa por Springfield.

Essas variações são explicadas: a história é, na verdade, um pesadelo do Bart (daí o nome do próprio jogo). Cada um dos níveis pode ser jogado na ordem de preferência, mas, uma vez completado, não pode ser visitado novamente. O game acaba quando essas fases são fechadas e, dependendo do desempenho, aparece uma nota na prova do garoto quando acorda do sonho. Tirar a nota "A" era tarefa para poucos.

Ganhou uma continuação em 1994 chamada Virtual Bart. Com estilo semelhante, reunia séries de minigames com diferentes jogabilidades. Uma das fases mais conhecidas era a "Post-Apocalypse", com cenários do tipo Mad Max com o personagem em uma corrida mortal de motos. Foi o primeiro jogo em console caseiro a possuir diálogos gravados dos dubladores oficiais Nancy Cartwright e Dan Castellaneta.

The Simpsons Wrestling (2001)

É simplesmente um jogo de luta livre com os personagens do seriado. São 18 escolhas possíveis para o jogador, com notáveis presenças do Barney, Apu, Moe, Ned Flanders, Willie e mesmo o impagável puxa-saco Smithers. Trouxe dois modos: single-player para encarnar um torneio ou grudge match, no qual era possível dois jogadores ao mesmo tempo.

Apesar de gráficos em cell-shading tridimensionais (ou seja, textura de desenho por cima dos polígonos), o game não foi tão bem recebido. Exclusivo para PlayStation e desenvolvido pela Big Ape Productions (com distribuição da Fox Interactive e Activision), o jogo teve críticas por conta de seu gameplay desnivelado e simplório.

The Simpsons Road Rage (2001)

Game de corrida com elementos arcade no qual os personagens do desenho animado precisam dar caronas a diversos lugares de Springfield no menor tempo possível. Entregue um passageiro em um lugar e ganhe tempo extra para pegar outro, podendo assim prosseguir. Acha que a descrição lembra a da jogabilidade de Crazy Taxi? A Sega também percebeu isso, tanto que processou a produtora Radical Entertainment e a distribuidora Electronic Arts por plágio.

Independentemente, é um jogo divertido que conta com vários personagens (com suas respectivas vozes) hilários da série. Road Rage foi lançado para PlayStation 2, Xbox e Gamecube, ganhando depois uma versão para o portátil Game Boy Advance, da Nintendo. A recepção foi mediana, mas, ao menos, melhor do que os últimos títulos.

Em 2003, o seriado ganhou outro jogo com foco na direção de carros: The Simpsons Hit & Run, também para Gamecube, PS2 e Xbox, além de computadores com Windows. Dessa vez, no entanto, a Radical Entertainment preferiu copiar o estilo de mundo aberto de Grand Theft Auto III, o que gerou críticas bem mais favoráveis.

The Simpsons Game (2007)

Infelizmente, este foi o último jogo lançado para as grandes plataformas caseiras. Contando com uma história original escrita pelos roteiristas da série Tim Long, Matt Selman e Matt Warburton, o game faz uma paródia com alvo na cultura popular norte-americana, na própria distribuidora Electronic Arts e, principalmente, em outros videogames.

O jogador controla Homer, Marge com a Maggie, Bart e Lisa por vários níveis com gráficos tridimensionais com a técnica cell-shading. Mas, mais uma vez, as críticas não foram tão positivas por conta da câmera frustrante e curta duração, embora tenham elogiado o roteiro e os diálogos.

No entanto, para quem é fã da série, é um dos títulos definitivos, além de ser um dos únicos disponíveis em quase todas as plataformas modernas: Nintendo Wii e DS, PlayStation 2 e 3, PSP e Xbox 360.

Exclusivo para iPhone e iPod touch (embora seja compatível também com iPad), o game volta às origens com o estilo beat'em up. Na verdade, ele traz forte influência do jogo The Simpsons Arcade Game, de 1991, mas foi todo desenvolvido do zero pela Electronic Arts em vez da Konami.

Apesar dos bons gráficos e humor de sempre, o jogo sofre com os controles virtuais na pequena tela dos dispositivos iOS. Ainda assim, por US$ 0,99, vale a pena baixar para ter uma boa diversão sem muito compromisso regada às suas próprias músicas do iTunes.

Contando todas as plataformas, esse foi o último game da família Simpsons lançado até o momento. Esperamos que, com o revival do X-men para arcade no iOS, Xbox Live e PSN, a tendência siga também para o clássico da Konami. Ou então, fica aqui a torcida para que sejam lançados mais jogos desse seriado tão cultuado no mundo todo.

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