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Acne atinge 90% dos adolescentes, diz médica

Acne atinge 90% dos adolescentes, diz médica

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:45

Conhecer o seu tipo de pele - seca, mista ou oleosa - é importante para prevenir cravos e espinhas, um problema que atinge 90% dos adolescentes e metade da população adulta.

No Bem Estar desta quinta-feira (28), a dermatologista Luciana Molina e a pediatra Ana Escobar, que também é consultora do programa, explicaram como evitar a acne e as cicatrizes ou manchas deixadas por ela.

Os homens costumam procurar mais o médico - são dois em cada dez - e a região Centro-Oeste é campeã de casos: sete em dez moradores apresentam alterações na pele. E cuidar dela não é questão de vaidade ou estética, mas de saúde.

As médicas ensinaram que não se deve espremer cravos e espinhas em casa, apenas no consultório ou com profissional especializado. Apertar uma região inflamação sem o devido cuidado pode ser perigoso, por espalhar bactérias para uma área maior. Os micro-organismos das mãos e unhas  podem contaminar a pele e o sangue se um vaso se romper.

Clima, alterações hormonais na adolescência, tendências individuais e até ansiedade antes de eventos importantes podem causar o problema. Quanto aos alimentos, nenhuma pesquisa ainda conseguiu provar que têm a capacidade de agravar esse distúrbio. O recomendado é prestar atenção nos produtos que podem desencadear uma reação e evitá-los.

O repórter Raphael Prado foi às ruas de São Paulo ao lado de uma esteticista, que deu orientações para as pessoas que sofrem de acne. Segundo Luciana Molina, a diferença entre cravo e espinha é que o primeiro é uma lesão inicial do processo de acne, ou seja, entupimento de uma glândula sebácea. Quando ocorre a inflamação, com o aparecimento de bactérias, chama-se espinha.

O folículo onde o pelo nasce é uma espécie de casulo. Ligada a ele, está a glândula sebácea, que produz um líquido formado por óleos - uma "sopa" que as bactérias adoram e serve para que elas se nutram, reproduzam e multipliquem. A quantidade de sebo aumenta, mistura-se ao pus (resultado da digestão dos micro-organismos) e aí surge a inflamação, que é a espinha. Por conta disso, a pele pode ficar avermelhada e dolorida.

No caso dos cravos, não há a presença de bactérias. Em uma pele com poros abertos e dilatados, o sebo entra em contato com o ar, oxida e aparece como um pontinho preto.

Nas ruas de Fortaleza, a repórter Sabrina Aguiar fez o teste com as pessoas para identificar qual o tipo de pele delas. Além de grau de oleosidade, o rosto pode ser classificado de acordo com as seguintes frutas: pêssego (liso e não tão oleoso), laranja (seco e já danificado após muitos cravos e espinhas), fruta do conde (cheio de espinhas; precisa de tratamento específico), maracujá (seco, enrugado e envelhecido) e pera (com pontos pretos, manchas ou espinhas que aparecem de vez em quando, mas nada anormal).

Lavar o rosto com sabonete e usar esfoliantes para reduzir a oleosidade da pele é uma saída contra a acne. A melhor limpeza é a que retira manualmente os cravos. Vaporizadores e sugadores ajudam a abrir os poros, mas não a eliminar os pontos pretos.

Uso de cosméticos, remédios com vitamina B, xaropes para tosse, corticoides e anabolizantes podem provocar ou acentuar o problema. O tratamento exige dedicação e paciência, pois costuma ser demorado. Medicamentos à base de isotretinoína só devem ser usados com acompanhamento profissional.

Graus da acne (por intensidade)

1 - Leve: em que predominam os cravos

2 - Moderado: em que há mais espinhas

3 - Intenso: em que existem cistos e nódulos inflamados

4 - Grave: com lesões intensamente inflamatórias

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