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Algumas redes sociais que já foram extintas

Algumas redes sociais que já foram extintas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:18

Dos remotos anos 90, lembrados pela nem sempre favorável internet discada, surgiam as primeiras ferramentas sociais que começaram a potencializar as relações na Grande Rede. Muito antes dos queridinhos Twitter e Facebook e no tempo em que pacotes de banda larga eram um sonho distante, mIRC, ICQ e Fotolog foram algumas das febres que encareceram a conta telefônica de muitos lares brasileiros da época. O Techtudo separou algumas dessas ferramentas, partes importantes do nosso passado virtual.

mIRC

São poucos os que hoje admitem terem sido usuários do mIRC, talvez por isso significar ter mais de 20 anos, na certa. Mas quem teve a oportunidade de pertencer a essa saudosa geração, tem muito do que se orgulhar. Considerado precursor das conversas online, o programa permitia bater papo com milhares de pessoas de diferentes partes do mundo.

Criado oficialmente em 1995, nada mais era do que um cliente do IRC, protocolo que permitia conversas em grupo dentro de canais (salas). E os temas eram diversos, a conversa rendia tanto que recursos como webcam ou microfone não faziam lá grande falta. Uma curiosidade é que os anúncios que vemos pipocando no Facebook hoje, já eram extremamente comuns na época do mIRC.

O mIRC se popularizou em território brasuca a partir de 1998, resistindo até 2004 quando jogou a toalha na competição com o ICQ e as salas de batepapo (Uol, Bol, Terra…). Mas mesmo que muitos preguem a morte da ferramenta, ainda é possível baixar a última versão do cliente e reviver os bons tempos, ou tentar pela primeira vez e enriquecer sua cultura virtual. É claro que o Techtudo disponibiliza ele para você: mIRC 6

ICQ

“Oh-oowww!”. Quem conseguir fazer a ligação entre isso e o  programa de comunicação instantânea ICQ possivelmente está tendo lembranças nostálgicas nesse exato momento. O barulho de nova mensagem era marca registrada da ferramenta que mesmo depois de 15 anos de seu lançamento, acredite, ainda existe e resiste.

Criado em 1996 pela microempresa israelense Mirabilis (posteriormente comprada pela Aol), o ICQ usava - e ainda usa - uma flor como símbolo que também indicava, pela cor, o status dos amigos. A sigla é um acrônimo feito com base na pronúncia das letras em inglês (I Seek You), em português, "Eu procuro você". No Brasil, "i-cê-quê". O programa tinha entre suas principais características o famoso UIN (Unique ICQ Number) ou simplesmente ‘número do ICQ’. Sucesso no Brasil a partir dos anos 2000, foi posteriormente substituído pelo MSN Messenger um programa mais leve, moderno e que possuia mais recursos.

Para usar o ICQ era de praxe que se guardasse na memória o número único de identificação que servia para localizar amigos e ser localizado na rede do programa. Hoje, com o nome de ICQ7 o programa não mais fornece o número, mas o código ainda é gerado e pode ser visualizado ao acessar o perfil de usuário. E claro, o novo ICQ está conectado ao Facebook e ao Twitter além de redes de conteúdo como YouTube, Flickr, entre outros. O movimento por lá já não é como antes, mas você pode dar uma conferida nas mudanças baixando o ICQ7 aqui.

Fotolog

Conhecido popularmente como 'flog', é uma clara variação do sistema de blog, que valoriza o compartilhamento de fotos e imagens diversas ao invés de blocos de texto. Em sua era de ouro, em meados dos anos 2000, o flog era muito apreciado por sua facilidade de uso, que não requeria nenhum conhecimento de HTML.

O termo fotolog frequentemente se confunde com o site de mesmo nome que popularizou o sistema no Brasil e no mundo, o Fotolog.com. Criado em 2002, a princípio para uma comunidade de apenas 200 pessoas, o site cresceu rapidamente nos Estados Unidos e a demanda mundial fez com que expandisse seus serviços para a Europa e mais tarde para a America Latina.

Quando chegou ao Brasil, o Fotolog limitou novos usuários. Floggers lembram que para se cadastrar era necessário esperar até meia noite já que, por região, havia um limite de 100 novas contas por dia. Além disso, se o usuário não possuísse a famosa conta Gold, só era possível publicar uma foto por dia.

Esses pequenos obstáculos de usabilidade, potencializaram as chances para a criação de um rival. Dois anos após o nascimento do Fotolog, nascia o Flogão.com.br. Por não possuir as exigências da concorrência, o Flogão era considerado “para povão”, ou “irmão pobre” do Fotolog.

As duas redes ainda existem e são democráticas, abrindo espaço para a divulgação de fotos pessoais, de carater profissional e o que mais você quiser. Embora o sistema esteja em clara decadência, o Fotolog clama ainda ser o maior site de fotos do mundo com mais de 22 milhões de membros em mais de 200 países.

MySpace

Em 2003 surgia o grande precursor das redes sociais modernas. O MySpace, que já foi a rede social mais popular do mundo, misturava fotos, blogs e perfis de usuário em um lugar só. E mesmo sem uma versão brasileira (criada posteriormente em 2007), a rede se popularizou por aqui com o MySpace Music, perfil voltado para músicos, uma inovação que guinou a carreira de diversas bandas e cantores do cenário independente como a brasileira Mallu Magalhães. Ele possibilitava incluir até 10 músicas e habilitava o download inclusive.

A popularidade do MySpace no mundo musical era indiscutível. Ao digitar o nome de uma banda conhecida ou não, o Myspace estava entre os primeiros resultados obtidos perdendo apenas para o site oficial da banda – se esta possuísse um.

Em 2005, o MySpace contava com 20 milhões de usuários somando perfis pessoais e de bandas. Após ser vendida para a gigante das comunicações News Coporation, a rede atingiu seu ápice. Em 2008 possuia 76 milhões de usuários. A decadência aconteceu com a popularização do Facebook. Nos últimos dois anos a rede da News Corp tentou arduamente concorrer contra a rede de Mark Zuckerberg sem sucesso.

Em 2009, o MySpace encerrou suas atividades no Brasil após um corte drástico na equipe(tanto na americana quanto na internacional). Hoje o MySpace possui pouco mais de 35 milhões de usuários. Parece o prenúncio do fim, mas recentemente o cantor e ator Justin Timberlake adquiriu parte da rede por US$ 35 milhões e promete investir na reorganização do site, hoje voltado para conteúdos audiovisuais e de entretenimento.

Orkut

Talvez seja cedo para dizer que o Orkut está com seus dias contados. Afinal, parece que foi ontem que você checou seus recados, adicionou novas fotos, deixou um depoimento para alguém especial e entrou em algumas comunidades que pareciam ter sido feitas exatamente para você, não?

Com o avanço do Facebook, muitos abandonaram seus perfis na rede e começaram a pregar seu fim iminente. Publicidade exagerada, spam em excesso e claro uma série interminável de denúncias relacionadas a pedofilia parecem ter irritado grande parte dos usuários.

Para piorar, muitos reclamam da falta de investimento no Orkut por parte de sua empresa-mãe: o Google. A empresa mostrou não ter grandes pretensões em relação a rede sobretudo com a criação do Google+ e, em suas ações no mercado, sequer parece considerar o Facebook um rival, competindo mais diretamente com a Microsoft e a Apple.

Mas o Orkut ainda ganha novos adeptos no Brasil e cresce a passos de formiga. Muitos ainda possuem um perfil atualizado (mesmo que sob desculpa de não conseguir transferir os dados para o Facebook). O Orkut não acabou e teoricamente não acabará segundo o próprio Google, mas com a clara migração de usuários parece interessante a empresa repensar as estratégias para potencializar a rede.

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