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Amo meu namorado, mas quero liberdade

Amo meu namorado, mas quero liberdade

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:05
namoroSe eu te pedisse para dizer (em poucas palavras e sem pensar muito) o que é preciso para que duas pessoas tenham um relacionamento, o que você responderia? Posso apostar que uma das coisas que você pensou primeiro foi "amor", certo? Sim, o amor é mesmo muito importante e, sem ele, dificilmente duas pessoas chegam a namorar ou a se casar. Mas será que o amor basta? Será que o amor é mesmo tudo? Certamente não. 
 
Além de amor, os relacionamentos precisam de outros ingredientes, que são tão fundamentais quanto ele. Companheirismo, sintonia, empatia, disponibilidade para superar obstáculos, planos em comum, entre tantos outros, também são indispensáveis. Todos esses ingredientes, no entanto, não têm qualquer função se não houver disponibilidade interna para se estar em um relacionamento. Essa disponibilidade, por sua vez, não é óbvia nem automática. O que quero dizer é que o fato de duas pessoas se amarem e terem muito em comum não significa necessariamente que elas tenham disponibilidade para estarem em um relacionamento. 
 
A disponibilidade para estar em um relacionamento equivale à disposição de abrir mão da condição de solteiro(a). Qualquer escolha que façamos em nossas vidas nos traz muitos ganhos, mas inevitavelmente implica em perdas. Se optamos pela solteirice, perdemos o que a vida de casal pode nos dar. Se optamos por ter um relacionamento, perdemos o que a vida de solteiro nos oferece. Nesse último caso, estar em um relacionamento significa abrir mão da liberdade que uma pessoa solteira tem. Abrir mão da falta de compromisso com eventuais parceiros, abrir mão de poder decidir sozinho o que fazer, onde comer, para onde ir, que canal assistir...
 
Essa disponibilidade –vale dizer– não é algo estático, imutável, que permanece sempre do mesmo jeito. É possível que você já tenha iniciado uma relação e que esta até tenha durado, mas depois de um tempo, você tenha sentido que precisava estar só novamente. Você continuava amando a outra pessoa não necessariamente houve brigas ou desentendimentos, mas você precisou se separar. É difícil para muita gente entender situações assim. "Mas se vocês se amavam, por que se separaram?", geralmente perguntam. Ora, se separaram porque o amor não basta, porque o desejo pela liberdade foi maior, porque ninguém precisa se manter em um relacionamento por obrigação, se sentindo aprisionado.
 
Para muitas pessoas, essa sensação de aprisionamento em uma relação não é uma exceção, mas um estado praticamente permanente. Trata-se de pessoas que, na teoria, até desejam ter um amor, uma companhia, e que por isso, estão sempre em busca de um par. Na prática porém, a coisa é muito diferente. Basta elas iniciarem uma relação e já se sentem prisioneiras. Elas logo ficam profundamente incomodadas (como se alguém as prendesse, restringisse seus movimentos) e rapidamente dão um jeito de escapar. Muitas vezes o argumento para o fim precoce do relacionamento é que o parceiro as sufocava. Observando um pouco mais, no entanto, fica evidente que não era o parceiro quem as sufocava e que, na realidade, era a própria pessoa que não tinha disponibilidade para estar em uma relação. O que ela queria mesmo, portanto, era a vida de solteira, incompatível com a de quem tem um relacionamento.
 
O que fazer, então, diante desse conflito entre querer ter um relacionamento e não querer abandonar a vida de solteiro? Bem, em primeiro lugar, é fundamental entender que (infelizmente) não se pode ter tudo nessa vida. Se você quer uma coisa, não dá para ao mesmo tempo ter a outra. Assim sendo, é importante que você possa avaliar o que realmente deseja. Não há problema algum em não querer ter uma relação, em preferir ficar livre, leve e solto por aí, sem compromissos, gozando de plena liberdade. Se é isso o que você quer, é isso o que deve fazer. Se por outro lado você deseja mesmo ter um relacionamento e acha que tem disponibilidade para entrar em um, procure enxergar não o que você perde deixando de ser solteiro, mas o que ganha estando com alguém.
 

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