Imagine planar como um falcão a milhares de metros de altura. Embora o ar seja congelante, a visão é estupenda e a solidão é relaxante.
Você busca por correntes de ar para manter-se nas alturas para curtir essa sensação por horas.
Esta é a experiência do vôo livre.
Asa Delta
A asa de um planador é chamada de asa delta ou asa de Rogallo e é um invento de um engenheiro da NASA Francis Rogallo que pesquisava pipas e pára-quedas na década de 60. Rogallo propôs a asa como um método de retornar de uma espaçonave à Terra.
O pára-quedas de asa delta era leve, durável e muito manobrável. Mais tarde, John Dickenson, Bill Moyes, Bill Bennett e Richard Miller desenvolveram a asa de Rogallo na moderna asa delta e lançaram um esporte tremendamente popular compartilhado por milhões de pessoas no mundo todo.
A origem deste nome, Asa-Delta, deu-se pela semelhança da letra grega, que tem forma de triângulo, com o fortado da asa desta aeronave.
O Voo
A asa delta é realmente um planador aerodinâmico em formato de triângulo, um pára-quedas modificado (conhecido como uma asa flexível) feita de náilon ou tecido fibra sintética.
O formato de triângulo é sustentado pelos tubos rígidos de alumínio e cabos e é projetado para permitir que o ar flua sobre a superfície fazendo a asa subir.
A asa delta mais nova de alto desempenho usa uma asa rígida com estruturas de alumínio firmes dentro do tecido para dar sua forma, eliminando a necessidade de cabos de apoio.
Para saltar, o piloto deve correr um declive para conseguir que o ar se mova para as asas a aproximadamente 24 km/h. Este movimento do ar sobre a superfície da asa gera o levantamento, a força que vai contra a gravidade e a mantém nas alturas.
Uma vez nas alturas, a gravidade (o peso da asa delta e do piloto) puxa o aparelho para a Terra e impulsiona a asa delta para frente, o que faz o ar fluir continuamente sobre ela.
Além do movimento horizontal do ar, a asa delta pode subir com as correntes de ar, com as massas de ar quente (subida termal) ou com o ar desviado para cima por topografia montanhosa (subida de cume).
Conforme a asa delta e o piloto se movem pelo ar, eles colidem com moléculas de ar. A força da fricção causada por essas colisões é conhecida como arrasto, que diminui a altitude da asa delta. A soma de arrasto é proporcional à velocidade aerodinâmica da asa delta: quanto mais rápido ela se mover, mais arrasto ela cria .
Equipamentos
O equipamento básico para a prática de saltos com asa delta consiste no planador, alça e um capacete.
Além disso, alguns pilotos têm instrumentos e um pára-quedas reserva de emergência.
A peça mais básica do equipamento de segurança é o capacete.
Os outros equipamentos de segurança incluem óculos de proteção que, além da proteção, servem para a redução da ofuscação (igual a do óculos de proteção do ski) e um pára-quedas reserva, em geral para vôos de maior altitude (milhares de metros).
Classes
Existem duas categorias de asa deltas controladas manualmente.
-Asa flexivel com controle da planagem manual. Subdivididas em: asas com King Post, asas sem King Post
-Asa rígida com controle da planagem manual
Paraglider
O parapente, paraglider em inglês, é um aeroplano, em cuja asa são suspensos por linhas o piloto e possíveis passageiros.
Costuma-se denominar paramotor o parapente no qual um motor é empregado para propelir o piloto.
O vôo de parapente é uma modalidade de vôo livre que pode ser praticado tanto para recreação quanto para competição (considerado esporte radical).
Pode ser descrito como um híbrido entre a asa delta e o pára-quedas.
Diferentemente do pára-quedas, o parapente oferece um vôo dinâmico, onde o piloto pode controlar sua ascendência e direção, dependendo das condições meteorológicas como velocidade do vento.
A história do parapente começa em 1965 com a velasa, criada por Dave Barish que chamou de slope soaring a prática de vôo com esta vela.
Paralelamente Domina Jalbert inventa um pára-quedas cujo velame é composto por células, para gerar efeito asa.
Este pára-quedas com dorso e intra-dorso, separados pelas células, foi o ancestral dos atuais pára-quedas, parapentes e kites (as velas do kitesurf).
Desde então passaram a evoluir separadamente e atualmente a diferença mais importante entre pára-quedas e parapente é em relação ao chamado L/D (em inglês, Lift and Drag), ou coeficiente de planeio, que significa a distância horizontal que se pode atingir quando se parte de uma certa altura.
Equipamento
O equipamento é basicamente composto de quatro itens: o velame, a selete, o pára-quedas de emergência e o capacete.
Naturalmente é bastante recomendável que o novo voador esteja protegido com luvas e botas adequadas.
Roga-se que o piloto use um capacete com proteção integral e uma selete que tenha uma boa proteção para a coluna, seja ela um mousse, air-bag ou algum sistema semelhante e igualmente eficiente.
É feito de materiais como o nylon e o poliéster não porosos e impermeabilizados, para que o ar que entra não saia através do tecido, mantendo assim a pressão interna e o velame inflado.
Quanto mais horas de vôo e exposição ao Sol, mais desgastado fica o velame, causando a perda da impermeabilidade e aumentando a porosidade, tendo assim uma diminuição da performance.
O velame varia de tamanho de acordo com o peso do piloto mais o equipamento, e para vôos duplos a área da vela pode aumentar em até 50% o seu tamanho.
Modalidades
- Cross Country é a modalidade mais popular do parapente, tendo como objetivo voar uma certa distância no menor espaço de tempo possível.
- Acrobacia é uma modalidade extremante radical e que exige muita técnica do piloto para ser realizada com segurança.
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