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Aventura: De bicicleta pelo Japão

Aventura: De bicicleta pelo Japão

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

André dormiu em hotéis-cápsula e em barraca. Excluindo passagens e lembrancinhas, gastou cerca de ¥ 10 mil por dia

André Haranaka, 26, saiu de Okazaki (Aichi) e, depois de 37 dias, chegou à Ilha Miyako, no arquipélago de Okinawa. Mais três dias aproveitando a volta e ele estava de novo em casa. A diferença é que navio e avião foram apenas meios de transporte coadjuvantes em sua viagem: 2.571 km do caminho ele percorreu com sua bicicleta. “Queria conhecer vários lugares sem ter hora contada. De bicicleta, é muito mais calmo”, afirma o autor da façanha.

Cada vez mais, o cicloturismo tem sido uma alternativa para explorar o lado humano das viagens, assim como uma opção ecológica e mais barata. Além disso, o ciclismo é um dos esportes mais democráticos, sem restrições de idade ou peso. Quem pensa que André é um profissional das duas rodas, engana-se. “Foi minha primeira viagem fora do caminho que fazia de casa para a empresa”, conta ele, que andava 12 km por dia nesse trajeto. “A primeira vez que peguei a estrada foi na viagem”. Mas isso não quer dizer que não houve planejamento. No caso dele, quase um ano inteiro de preparação.

André admite: “Foi uma loucura”. Mas também não tem dúvidas de que valeu a pena. “Todo dia determinava um ponto onde queria chegar. Começava às 3h da manhã e parava pelas 3h da tarde. Andava mais ou menos 120 km por dia”, diz. “Apesar das dificuldades, tive muito prazer em padalar e conhecer os lugares de uma forma diferente. Adorei conhecer Kobe (Hyogo), Hiroshima, o túnel que liga Honshu a Kyushu e as ilhas ao redor de Okinawa, as praias são recomendadíssimas! Nunca esquecerei”, delicia-se com as lembranças, muito bem registradas em mais de 400 fotos. Aliás, vê-las foi a primeira coisa que ele fez ao chegar em casa.

Testando os limites

André precisou de atenção aos próprios limites durante a viagem. “Nos três primeiros dias, senti muita dor no joelho, então forcei menos e, daí em diante, foi confortável”, conta. “Levei tombos, me perdi no trajeto e as regiões montanhosas foram muito desgastantes. Além disso, tinha o clima. Na ida até Kagoshima, peguei muita chuva, por exemplo. Em Okinawa, sol quente”.

Cuidados e como começar

O preparador físico Marcos Paulo Reis, técnico da seleção brasileira de triatlo nas Olimpíadas de Sydney (2000) e Atenas (2004), afirma que todos que iniciam uma prática esportiva devem passar por um exame médico antes. Segundo ele, dois treinos de 40 minutos duas vezes por semana já trazem muitos benefícios. “Cardiovasculares, por ser um exercício aeróbico, que queima gordura. Musculares, porque envolve especialmente as pernas. Além disso, desenvolve equilíbrio, reflexo, coordenação e é uma atividade bastante divertida”, diz.

Os limites da “companheira” de André também foram testados. “Teve pneu furado, momentos em que fiquei sem freio, sem corrente... Sempre prestava atenção onde havia uma loja de esporte”, diz. De acordo com Reis, é essencial levar na bagagem uma câmara reserva e canivete de chave allen. No caso de André, ele também levou duas trocas de roupa, barraca, saco de dormir, mapa, GPS e, é claro, sua câmera fotográfica.

Postado por: Cristiano Bitencourt

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