A adolescente Tatiana Silva Ferreira, de 17 anos, quer se formar em engenharia mecânica e vai prestar os vestibulares da Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Brasília (UnB) e Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A jovem, que já fez este mês a prova do Instituto Militar de Engenharia (IME), decidiu fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado neste sábado (23) e domingo (23). O Enem servirá para ela como treino para a maratona dos vestibulares.
De acordo com Tatiana, as chances de passar em uma instituição de ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o processos seletivo do MEC ligado ao exame, são pequenas, mas a prova vale para testar seus conhecimentos.
Para se preparar para os diferentes processos seletivos, ela adotou estratégias diferentes. No caso do Enem, a adolescente prioriza a leitura de uma revista semanal, um jornal de domingo e telejornais diários. Tatiana também faz provas de edições anteriores para se habituar à linguagem do exame e diz que enquanto estuda as disciplinas busca relacionar os conhecimentos.
É uma prova que valoriza a interdisciplinaridade. Tem que saber um pouco de tudo e não ficar restrito ao seu conhecimento. [...] Tem que saber fazer uma redação que misture história e física, por exemplo, afirmou.
Já para as provas de vestibular, ela costuma focar no conteúdo dos livros didáticos. Além de ler os textos, a estudante faz cerca de 40 exercícios nos dias em que estuda biologia e humanas e 80 quando estuda exatas. Ela afirma que estuda seis horas por dia.
Segundo Tatiana, a escolha da escola também faz parte do processo de preparação para o ingresso em uma universidade. Sempre quis ir para uma escola mais exigente.
Na instituição escolhida por ela no 2º ano do ensino médio, a menina tem aulas de segunda a sábado pelas manhãs, na terça-feira até as 19h50 e faz simulados aos sábados. Além das disciplinas tradicionais, o colégio tem como obrigatórias aulas de música, teatro e artes visuais.
Aprovada no vestibular do meio do ano da UnB e impedida de ingressar por não ter concluído o ensino médio, a garota afirma que se sente preparada para as provas, mas não nega a insegurança. O tempo de prova é pequeno. E acho que meus pais têm expectativas demais em cima de mim. Dá um pouco de medo.
Postura adequada
Para o coordenador do Galois Rafael Riemma, o comportamento de Tatiana em relação aos testes é coerente. Muitas provas cobram de forma diferente e é importante ter uma postura diferenciada frente a cada instituição, afirmou.
Segundo o coordenador, tanto ela quanto outros candidatos devem resolver o máximo possível de provas anteriores para se habituarem à linguagem das instituições que almejam. Além disso, ele destacou a importância de também se preparar para a redação.
Independente da prova, Riemma afirmou que a leitura de editoriais ajuda os estudantes a empregar uma visão mais analítica e reflexiva nos textos. Ele disse que é importante saber correlacionar assuntos e associar informações prévias com o tema sugerido.
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