Nos desenhos é engraçado, mas na vida real não. É com essa proposta que os canais Cartoon Network e Boomerang iniciam, nesta segunda-feira (28) a campanha 'Chega de Bullying'. As vinhetas protagonizadas por Billy, de 'Billy e Mandy', mostram situações de agressão nas escolas, ensinado às crianças o que é bullying e porque isso é errado.
"A noção do bullying existe faz tempo nos Estados Unidos, mas só agora está crescendo no Brasil", explicou em entrevista ao iG Jovem Barry Koch, vice-presidente do Cartoon Network na América Latina. Segundo o executivo, a noção de que as crianças são agredidas nas escolas já existe, mas atualmente a sociedade brasileira entende melhor o quanto isso é inadmissível assim como tem acontecido na americana há algum tempo.
Iniciada nos Estados Unidos em outubro do último ano, a campanha chega à América Latina repaginada, com a temática linkada aos desenhos animados. "A ideia é reforçar a noção da vítima, do agressor e os duplos critérios sob a bandeira 'a vida não é desenho animado'", diz Koch.
Além das mensagens anti-bullying, a campanha ainda fala sobre problemas ambientais e bem estar.
Politicamente (in)correto
Então quer dizer que o Jerry vai parar de aprontar com o Tom? Você está me perguntando se algum dia os desenhos animados serão politicamente corretos? Provavelmente não, se diverte Koch quando questionado sobre o exemplo passado ao público infantil com o escárnio das animações modernas.
O representante do Cartoon Network explica que nas telas os autores têm a liberdade para escrever fantasias mas, ao mesmo tempo, o público jovem separa o que é certo do errado através de um processo natural. "Também temos uma faixa de horário com desenhos que são exemplares, aos sábados de manhã", justifica Koch.
Cabeça do futuro
Com a discussão do bullying aumentando a cada dia, a sensibilidade das gerações futuras para assuntos como este promete aflorar em compasso similar. "Antes, a questão não existia mas hoje já temos o desejo de mudança, de fazer o que é justo", diz Koch.
O executivo aponta a causa ambiental como exemplo similar a do bullying. "Cada geração tem problemas para se preocupar", diz. Koch ainda afirma que a mudança pode demorar, mas (acredite!) vai acontecer: Tenho uma filha de 13 anos e vejo como ela e os amigos já são muito mais sofisticados que a minha geração. A solução não vem da noite pro dia, mas enxergo um novo desejo em elevar questões como essas, finalizou.
Como parar o bullying?
A campanha do Cartoon Network é clara: o primeiro passo para acabar com o bullying é não ficar calado. "O jovem tem que dizer para os pais, os professores e para os outros amigos que está sendo ameaçado, ou isso nunca vai parar. Guardar o sofrimento para si só pode fazer mal, ainda mais para alguém que não tem maturidade ou auto-estima suficientes", diz Koch.
Se você for testemunha de um caso de bullying também vale contar para um adulto. Ele vai saber melhor como agir - não precisa ficar com medo de estar dedurando alguém! Eu não quero que minha filha seja humilhada na escola, nenhum pai quer isso, e faria qualquer coisa para ajudá-la, explica o representante do canal. É importante também ser amigo: quem sofre bullying, mais do que tudo, precisa de alguém do seu lado!
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