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Campeões do Enem dão dicas para as provas de novembro

Campeões do Enem dão dicas para as provas de novembro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:11

A quase um mês da aplicação do exame, primeiros colocados em 2009 contam o que ainda dá tempo de fazer para se dar bem

Falta quase um mês para o início de uma maratona que pode mudar o futuro de milhares de estudantes em todo o País. Nos dias 6 e 7 de novembro, 4 milhões de jovens deverão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas, que mudaram no ano passado, exigirão paciência e disposição dos candidatos. Quem já passou pela experiência garante: é hora de controlar a ansiedade e treinar.

Henrique Fanini Leite, de 18 anos, conhece bem a sensação de estudar muito e ser recompensado. O curitibano obteve a média mais alta no Enem em 2009: 891,76 pontos. Ele decidiu participar do exame porque a nota poderia contribuir para os vestibulares das Universidades Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná. No fim das contas, nem precisou da nota. Conseguiu uma vaga onde sonhava estudar: o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

O estudante de engenharia aeronáutica é enfático sobre o que os participantes do próximo Enem devem fazer a partir de agora: resolver simulados e provas antigas. "Mesmo que o modelo seja diferente, as provas do Enem dos anos anteriores podem contribuir para a preparação. Vale muito mais a pena resolver questões e simulados agora do que estudar matérias pontuais. Não adianta mais tentar aprender algo que deveria ter aprendido antes", afirma.Henrique conta que é muito disciplinado. Organizado, estudava de quatro a cinco horas por dia até passar no vestibular. Ele reconhece que a prova do Enem ficou muito extensa depois da mudança, mas elogia as questões. "Acho que é um exame eficiente, que consegue se afastar da decoreba", diz. O estudante garante que não se sentiu cansado durante a maratona e conta o segredo: muita leitura.

"Como sempre li muito, não senti fadiga", argumenta. Henrique, que tirou nota máxima na redação (nota 1.000), conta que decidiu escrever um livro com dicas para outros estudantes depois de passar no vestibular. Ele conta que muitos colegas vinham pedir dicas a ele. Agora, ele espera que alguma editora se interesse pelo material.

Antenado com o mundo

Outra dica preciosa segundo quem se deu bem no exame é ficar ligado em notícias de jornais, revistas e internet. Além de as provas apresentarem temas atuais e importantes para o País nas questões, a leitura de notícias contribui para dar fôlego. A dica é de Iago da Silva Caires, 17 anos. O jovem fez o Enem pela primeira vez em 2009, quando ainda cursava o segundo ano. Ele tirou a terceira nota mais alta do País: 875,08

"Pretendo seguir a mesma linha de estudos agora. Eu sugiro que os participantes leiam muitas notícias de jornal, revista e internet, especialmente os mais longos e difíceis, de política e economia. Acho que a leitura ajuda a ler com tranquilidade os enunciados mais longos e a procurar informações importantes no texto com mais rapidez, o que ajuda a responder os itens", analisa. Iago também não acredita que nesta reta final os estudantes devam tentar aprender tudo o que não conseguiram ao longo do ano.

"O que ainda dá para fazer é focar o estudo em pontos específicos que não ficam muito claros. Matemática também é um assunto importante na prova", garante. Iago, que pretende cursar medicina, adotou a estratégia de estudar constantemente, sem se sobrecarregar. Simulados e revisões fazem parte da rotina do jovem.

Dedicar-se às matérias em que as dificuldades são maiores é a dica de Victor da Maia Silva Cachapuz, 18 anos. Ele ficou em quinto lugar no Enem de 2009, com média 869,32. Agora aluno de medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Victor defende que as "fragilidades" devem ser prioridade nesse período que resta até a prova. "Isso não significa se esquecer do resto, mas dar prioridade", diz.

Victor conta que, no ano passado, não se preparou especificamente para o Enem. Resolveu questões de diferentes vestibulares e estudou bastante, especialmente o que tinha mais dificuldade. "A prova do Enem é de resistência. Longa, cansativa. O sucesso no exame depende da capacidade do aluno em manter um bom raciocínio por muito tempo", afirma.

Para o futuro médico, os alunos devem resolver questões marcando o tempo que gastam para solucionar cada uma. Fazer simulados dentro do tempo previsto é uma estratégia importante, segundo Victor. Inclusive porque o estudante pode avaliar os assuntos que deve priorizar durante a resolução dos itens.

Palavra de mestre

As dicas dos estudantes não são diferentes das orientações dos professores. Giovanni Toscano Neto, diretor pedagógico do Colégio Ideal em Brasília, afirma que o mais importante nos próximos dois meses é habituar-se à prova. Novamente, resolver provas antigas é a tarefa recomendada. Neto lembra que os estudantes devem saber interpretar outras formas de comunicação, como gráficos, tirinhas, imagens.

César Berçott, coordenador pedagógico do Colégio Dromos, confirma a importância da leitura de atualidades, mas ressalta: "é preciso conectar o que está ocorrendo agora com o passado e a história". Ele também acha importante aumentar a carga de leitura até o dia das provas. "Eu sugiro que os estudantes treinem o seguinte: passem 30 minutos lendo em um dia. Depois, aumentem até duas horas e meia. Eles estarão mais preparados para enfrentar os testes, que exigem muita leitura", garante.

DICAS PARA VOCÊ SE DAR BEM

Treine bastante: resolva provas antigas do Enem e simulados. Leia muito: livros, revistas jornais. A leitura ajuda a ter paciência com os enunciados e textos das provas. Além disso, o Enem costuma colocar temas atuais nas questões. Dedique os esforços a aprender apenas assuntos específicos que ainda geram dúvidas. Revisar todo o conteúdo a essa altura não vai adiantar. Pior, pode estressar. Treine a resolução de questões marcando o tempo, precioso no dia das provas, porque elas são muito grandes. Priorize os itens mais rápidos de resolver.

A quase um mês da aplicação do exame, primeiros colocados em 2009 contam o que ainda dá tempo de fazer para se dar bem

Falta quase um mês para o início de uma maratona que pode mudar o futuro de milhares de estudantes em todo o País. Nos dias 6 e 7 de novembro, 4 milhões de jovens deverão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas, que mudaram no ano passado, exigirão paciência e disposição dos candidatos. Quem já passou pela experiência garante: é hora de controlar a ansiedade e treinar.

Henrique Fanini Leite, de 18 anos, conhece bem a sensação de estudar muito e ser recompensado. O curitibano obteve a média mais alta no Enem em 2009: 891,76 pontos. Ele decidiu participar do exame porque a nota poderia contribuir para os vestibulares das Universidades Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná. No fim das contas, nem precisou da nota. Conseguiu uma vaga onde sonhava estudar: o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

O estudante de engenharia aeronáutica é enfático sobre o que os participantes do próximo Enem devem fazer a partir de agora: resolver simulados e provas antigas. "Mesmo que o modelo seja diferente, as provas do Enem dos anos anteriores podem contribuir para a preparação. Vale muito mais a pena resolver questões e simulados agora do que estudar matérias pontuais. Não adianta mais tentar aprender algo que deveria ter aprendido antes", afirma.Henrique conta que é muito disciplinado. Organizado, estudava de quatro a cinco horas por dia até passar no vestibular. Ele reconhece que a prova do Enem ficou muito extensa depois da mudança, mas elogia as questões. "Acho que é um exame eficiente, que consegue se afastar da decoreba", diz. O estudante garante que não se sentiu cansado durante a maratona e conta o segredo: muita leitura.

"Como sempre li muito, não senti fadiga", argumenta. Henrique, que tirou nota máxima na redação (nota 1.000), conta que decidiu escrever um livro com dicas para outros estudantes depois de passar no vestibular. Ele conta que muitos colegas vinham pedir dicas a ele. Agora, ele espera que alguma editora se interesse pelo material.

Antenado com o mundo

Outra dica preciosa segundo quem se deu bem no exame é ficar ligado em notícias de jornais, revistas e internet. Além de as provas apresentarem temas atuais e importantes para o País nas questões, a leitura de notícias contribui para dar fôlego. A dica é de Iago da Silva Caires, 17 anos. O jovem fez o Enem pela primeira vez em 2009, quando ainda cursava o segundo ano. Ele tirou a terceira nota mais alta do País: 875,08

"Pretendo seguir a mesma linha de estudos agora. Eu sugiro que os participantes leiam muitas notícias de jornal, revista e internet, especialmente os mais longos e difíceis, de política e economia. Acho que a leitura ajuda a ler com tranquilidade os enunciados mais longos e a procurar informações importantes no texto com mais rapidez, o que ajuda a responder os itens", analisa. Iago também não acredita que nesta reta final os estudantes devam tentar aprender tudo o que não conseguiram ao longo do ano.

"O que ainda dá para fazer é focar o estudo em pontos específicos que não ficam muito claros. Matemática também é um assunto importante na prova", garante. Iago, que pretende cursar medicina, adotou a estratégia de estudar constantemente, sem se sobrecarregar. Simulados e revisões fazem parte da rotina do jovem.

Dedicar-se às matérias em que as dificuldades são maiores é a dica de Victor da Maia Silva Cachapuz, 18 anos. Ele ficou em quinto lugar no Enem de 2009, com média 869,32. Agora aluno de medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Victor defende que as "fragilidades" devem ser prioridade nesse período que resta até a prova. "Isso não significa se esquecer do resto, mas dar prioridade", diz.

Victor conta que, no ano passado, não se preparou especificamente para o Enem. Resolveu questões de diferentes vestibulares e estudou bastante, especialmente o que tinha mais dificuldade. "A prova do Enem é de resistência. Longa, cansativa. O sucesso no exame depende da capacidade do aluno em manter um bom raciocínio por muito tempo", afirma.

Para o futuro médico, os alunos devem resolver questões marcando o tempo que gastam para solucionar cada uma. Fazer simulados dentro do tempo previsto é uma estratégia importante, segundo Victor. Inclusive porque o estudante pode avaliar os assuntos que deve priorizar durante a resolução dos itens.

Palavra de mestre

As dicas dos estudantes não são diferentes das orientações dos professores. Giovanni Toscano Neto, diretor pedagógico do Colégio Ideal em Brasília, afirma que o mais importante nos próximos dois meses é habituar-se à prova. Novamente, resolver provas antigas é a tarefa recomendada. Neto lembra que os estudantes devem saber interpretar outras formas de comunicação, como gráficos, tirinhas, imagens.

César Berçott, coordenador pedagógico do Colégio Dromos, confirma a importância da leitura de atualidades, mas ressalta: "é preciso conectar o que está ocorrendo agora com o passado e a história". Ele também acha importante aumentar a carga de leitura até o dia das provas. "Eu sugiro que os estudantes treinem o seguinte: passem 30 minutos lendo em um dia. Depois, aumentem até duas horas e meia. Eles estarão mais preparados para enfrentar os testes, que exigem muita leitura", garante.

DICAS PARA VOCÊ SE DAR BEM

Treine bastante: resolva provas antigas do Enem e simulados. Leia muito: livros, revistas jornais. A leitura ajuda a ter paciência com os enunciados e textos das provas. Além disso, o Enem costuma colocar temas atuais nas questões. Dedique os esforços a aprender apenas assuntos específicos que ainda geram dúvidas. Revisar todo o conteúdo a essa altura não vai adiantar. Pior, pode estressar. Treine a resolução de questões marcando o tempo, precioso no dia das provas, porque elas são muito grandes. Priorize os itens mais rápidos de resolver.

A quase um mês da aplicação do exame, primeiros colocados em 2009 contam o que ainda dá tempo de fazer para se dar bem

Falta quase um mês para o início de uma maratona que pode mudar o futuro de milhares de estudantes em todo o País. Nos dias 6 e 7 de novembro, 4 milhões de jovens deverão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas, que mudaram no ano passado, exigirão paciência e disposição dos candidatos. Quem já passou pela experiência garante: é hora de controlar a ansiedade e treinar.

Henrique Fanini Leite, de 18 anos, conhece bem a sensação de estudar muito e ser recompensado. O curitibano obteve a média mais alta no Enem em 2009: 891,76 pontos. Ele decidiu participar do exame porque a nota poderia contribuir para os vestibulares das Universidades Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná. No fim das contas, nem precisou da nota. Conseguiu uma vaga onde sonhava estudar: o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

O estudante de engenharia aeronáutica é enfático sobre o que os participantes do próximo Enem devem fazer a partir de agora: resolver simulados e provas antigas. "Mesmo que o modelo seja diferente, as provas do Enem dos anos anteriores podem contribuir para a preparação. Vale muito mais a pena resolver questões e simulados agora do que estudar matérias pontuais. Não adianta mais tentar aprender algo que deveria ter aprendido antes", afirma.Henrique conta que é muito disciplinado. Organizado, estudava de quatro a cinco horas por dia até passar no vestibular. Ele reconhece que a prova do Enem ficou muito extensa depois da mudança, mas elogia as questões. "Acho que é um exame eficiente, que consegue se afastar da decoreba", diz. O estudante garante que não se sentiu cansado durante a maratona e conta o segredo: muita leitura.

"Como sempre li muito, não senti fadiga", argumenta. Henrique, que tirou nota máxima na redação (nota 1.000), conta que decidiu escrever um livro com dicas para outros estudantes depois de passar no vestibular. Ele conta que muitos colegas vinham pedir dicas a ele. Agora, ele espera que alguma editora se interesse pelo material.

Antenado com o mundo

Outra dica preciosa segundo quem se deu bem no exame é ficar ligado em notícias de jornais, revistas e internet. Além de as provas apresentarem temas atuais e importantes para o País nas questões, a leitura de notícias contribui para dar fôlego. A dica é de Iago da Silva Caires, 17 anos. O jovem fez o Enem pela primeira vez em 2009, quando ainda cursava o segundo ano. Ele tirou a terceira nota mais alta do País: 875,08

"Pretendo seguir a mesma linha de estudos agora. Eu sugiro que os participantes leiam muitas notícias de jornal, revista e internet, especialmente os mais longos e difíceis, de política e economia. Acho que a leitura ajuda a ler com tranquilidade os enunciados mais longos e a procurar informações importantes no texto com mais rapidez, o que ajuda a responder os itens", analisa. Iago também não acredita que nesta reta final os estudantes devam tentar aprender tudo o que não conseguiram ao longo do ano.

"O que ainda dá para fazer é focar o estudo em pontos específicos que não ficam muito claros. Matemática também é um assunto importante na prova", garante. Iago, que pretende cursar medicina, adotou a estratégia de estudar constantemente, sem se sobrecarregar. Simulados e revisões fazem parte da rotina do jovem.

Dedicar-se às matérias em que as dificuldades são maiores é a dica de Victor da Maia Silva Cachapuz, 18 anos. Ele ficou em quinto lugar no Enem de 2009, com média 869,32. Agora aluno de medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Victor defende que as "fragilidades" devem ser prioridade nesse período que resta até a prova. "Isso não significa se esquecer do resto, mas dar prioridade", diz.

Victor conta que, no ano passado, não se preparou especificamente para o Enem. Resolveu questões de diferentes vestibulares e estudou bastante, especialmente o que tinha mais dificuldade. "A prova do Enem é de resistência. Longa, cansativa. O sucesso no exame depende da capacidade do aluno em manter um bom raciocínio por muito tempo", afirma.

Para o futuro médico, os alunos devem resolver questões marcando o tempo que gastam para solucionar cada uma. Fazer simulados dentro do tempo previsto é uma estratégia importante, segundo Victor. Inclusive porque o estudante pode avaliar os assuntos que deve priorizar durante a resolução dos itens.

Palavra de mestre

As dicas dos estudantes não são diferentes das orientações dos professores. Giovanni Toscano Neto, diretor pedagógico do Colégio Ideal em Brasília, afirma que o mais importante nos próximos dois meses é habituar-se à prova. Novamente, resolver provas antigas é a tarefa recomendada. Neto lembra que os estudantes devem saber interpretar outras formas de comunicação, como gráficos, tirinhas, imagens.

César Berçott, coordenador pedagógico do Colégio Dromos, confirma a importância da leitura de atualidades, mas ressalta: "é preciso conectar o que está ocorrendo agora com o passado e a história". Ele também acha importante aumentar a carga de leitura até o dia das provas. "Eu sugiro que os estudantes treinem o seguinte: passem 30 minutos lendo em um dia. Depois, aumentem até duas horas e meia. Eles estarão mais preparados para enfrentar os testes, que exigem muita leitura", garante.

DICAS PARA VOCÊ SE DAR BEM

Treine bastante: resolva provas antigas do Enem e simulados. Leia muito: livros, revistas jornais. A leitura ajuda a ter paciência com os enunciados e textos das provas. Além disso, o Enem costuma colocar temas atuais nas questões. Dedique os esforços a aprender apenas assuntos específicos que ainda geram dúvidas. Revisar todo o conteúdo a essa altura não vai adiantar. Pior, pode estressar. Treine a resolução de questões marcando o tempo, precioso no dia das provas, porque elas são muito grandes. Priorize os itens mais rápidos de resolver.

A quase um mês da aplicação do exame, primeiros colocados em 2009 contam o que ainda dá tempo de fazer para se dar bem

Falta quase um mês para o início de uma maratona que pode mudar o futuro de milhares de estudantes em todo o País. Nos dias 6 e 7 de novembro, 4 milhões de jovens deverão participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As provas, que mudaram no ano passado, exigirão paciência e disposição dos candidatos. Quem já passou pela experiência garante: é hora de controlar a ansiedade e treinar.

Henrique Fanini Leite, de 18 anos, conhece bem a sensação de estudar muito e ser recompensado. O curitibano obteve a média mais alta no Enem em 2009: 891,76 pontos. Ele decidiu participar do exame porque a nota poderia contribuir para os vestibulares das Universidades Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná. No fim das contas, nem precisou da nota. Conseguiu uma vaga onde sonhava estudar: o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

O estudante de engenharia aeronáutica é enfático sobre o que os participantes do próximo Enem devem fazer a partir de agora: resolver simulados e provas antigas. "Mesmo que o modelo seja diferente, as provas do Enem dos anos anteriores podem contribuir para a preparação. Vale muito mais a pena resolver questões e simulados agora do que estudar matérias pontuais. Não adianta mais tentar aprender algo que deveria ter aprendido antes", afirma.Henrique conta que é muito disciplinado. Organizado, estudava de quatro a cinco horas por dia até passar no vestibular. Ele reconhece que a prova do Enem ficou muito extensa depois da mudança, mas elogia as questões. "Acho que é um exame eficiente, que consegue se afastar da decoreba", diz. O estudante garante que não se sentiu cansado durante a maratona e conta o segredo: muita leitura.

"Como sempre li muito, não senti fadiga", argumenta. Henrique, que tirou nota máxima na redação (nota 1.000), conta que decidiu escrever um livro com dicas para outros estudantes depois de passar no vestibular. Ele conta que muitos colegas vinham pedir dicas a ele. Agora, ele espera que alguma editora se interesse pelo material.

Antenado com o mundo

Outra dica preciosa segundo quem se deu bem no exame é ficar ligado em notícias de jornais, revistas e internet. Além de as provas apresentarem temas atuais e importantes para o País nas questões, a leitura de notícias contribui para dar fôlego. A dica é de Iago da Silva Caires, 17 anos. O jovem fez o Enem pela primeira vez em 2009, quando ainda cursava o segundo ano. Ele tirou a terceira nota mais alta do País: 875,08

"Pretendo seguir a mesma linha de estudos agora. Eu sugiro que os participantes leiam muitas notícias de jornal, revista e internet, especialmente os mais longos e difíceis, de política e economia. Acho que a leitura ajuda a ler com tranquilidade os enunciados mais longos e a procurar informações importantes no texto com mais rapidez, o que ajuda a responder os itens", analisa. Iago também não acredita que nesta reta final os estudantes devam tentar aprender tudo o que não conseguiram ao longo do ano.

"O que ainda dá para fazer é focar o estudo em pontos específicos que não ficam muito claros. Matemática também é um assunto importante na prova", garante. Iago, que pretende cursar medicina, adotou a estratégia de estudar constantemente, sem se sobrecarregar. Simulados e revisões fazem parte da rotina do jovem.

Dedicar-se às matérias em que as dificuldades são maiores é a dica de Victor da Maia Silva Cachapuz, 18 anos. Ele ficou em quinto lugar no Enem de 2009, com média 869,32. Agora aluno de medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, Victor defende que as "fragilidades" devem ser prioridade nesse período que resta até a prova. "Isso não significa se esquecer do resto, mas dar prioridade", diz.

Victor conta que, no ano passado, não se preparou especificamente para o Enem. Resolveu questões de diferentes vestibulares e estudou bastante, especialmente o que tinha mais dificuldade. "A prova do Enem é de resistência. Longa, cansativa. O sucesso no exame depende da capacidade do aluno em manter um bom raciocínio por muito tempo", afirma.

Para o futuro médico, os alunos devem resolver questões marcando o tempo que gastam para solucionar cada uma. Fazer simulados dentro do tempo previsto é uma estratégia importante, segundo Victor. Inclusive porque o estudante pode avaliar os assuntos que deve priorizar durante a resolução dos itens.

Palavra de mestre

As dicas dos estudantes não são diferentes das orientações dos professores. Giovanni Toscano Neto, diretor pedagógico do Colégio Ideal em Brasília, afirma que o mais importante nos próximos dois meses é habituar-se à prova. Novamente, resolver provas antigas é a tarefa recomendada. Neto lembra que os estudantes devem saber interpretar outras formas de comunicação, como gráficos, tirinhas, imagens.

César Berçott, coordenador pedagógico do Colégio Dromos, confirma a importância da leitura de atualidades, mas ressalta: "é preciso conectar o que está ocorrendo agora com o passado e a história". Ele também acha importante aumentar a carga de leitura até o dia das provas. "Eu sugiro que os estudantes treinem o seguinte: passem 30 minutos lendo em um dia. Depois, aumentem até duas horas e meia. Eles estarão mais preparados para enfrentar os testes, que exigem muita leitura", garante.

DICAS PARA VOCÊ SE DAR BEM

Treine bastante: resolva provas antigas do Enem e simulados. Leia muito: livros, revistas jornais. A leitura ajuda a ter paciência com os enunciados e textos das provas. Além disso, o Enem costuma colocar temas atuais nas questões. Dedique os esforços a aprender apenas assuntos específicos que ainda geram dúvidas. Revisar todo o conteúdo a essa altura não vai adiantar. Pior, pode estressar. Treine a resolução de questões marcando o tempo, precioso no dia das provas, porque elas são muito grandes. Priorize os itens mais rápidos de resolver.

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