Com um singular "beijaço" realizado na noite desta quarta-feira em várias cidades chilenas, centenas de estudantes do ensino médio e universitários reivindicaram junto ao Governo melhorias na educação pública e o fim do lucro nas universidades.
O anunciado ", assinalaram os próprios estudantes através das redes sociais.
A primeira manifestação aconteceu em frente ao Congresso Nacional, na cidade de Valparaíso, sede do Legislativo, e foi seguida pelo movimento na Praça das Armas, na capital chilena.
A iniciativa foi repetida em outras cidades como Puerto Montt, Valdivia, Concepción, Chillán, Curicó, La Serena, Antofagasta, Iquique e Arica.
Desde meados de maio, os estudantes universitários e do ensino médio, entre outros, organizaram grandes manifestações tanto em Santiago como em algumas províncias e há por enquanto cerca de 300 estabelecimentos ocupados pelos alunos.
Os estudantes exigem o fim da educação municipal, que os colégios voltem a ser administrados pelo Estado, que seja melhorada a infraestrutura dos estabelecimentos destinados ao ensino técnico-profissional "e um sistema mais justo que permita a abolição da desigualdade e o fim do lucro nas universidades".
Na noite de terça-feira, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sustentou que o Chile "segue em dívida com a educação" e propôs, nesse sentido, um acordo nacional que inclui um fundo de US$ 4 bilhões, em uma tentativa de acabar com os protestos.
Beijaço durou 1.800 segundos, quantia em milhões necessária para educação gratuita
Piñera advertiu que "já é tempo de terminar com os protestos e retomar o caminho do diálogo e dos acordos, e propôs um Grande Acordo Nacional pela Educação (Gane), cujos principais objetivos são melhorar a qualidade, o acesso e o financiamento da educação superior".
O acordo se resume a quatro pontos: criar um fundo para a educação de US$ 4 bilhões, que o presidente qualificou como "um enorme esforço financeiro", melhorar o acesso e a qualidade do financiamento aos estudantes, aperfeiçoar os sistemas de admissão, credenciamento, informação e fiscalização do sistema universitário; e definir uma nova institucionalidade para a estrutura universitária.
No entanto, o acordo proposto pelo líder chileno foi rejeitado pelos estudantes e o Colégio de professores.
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