Disposta a não depender mais da ajuda financeira dos pais, a estudante Marina Ferreira, de 18 anos, resolveu viabilizar meios de iniciar o seu pé de meia. Como ainda não possuía experiência profissional, Marina procurou trabalho em um Buffet infantil na zona sul de São Paulo.
Após um mês, a estudante buscou elevar o seu patamar financeiro e foi em busca de mais um emprego. O destino era o mesmo, um outro buffet da cidade. Com dois empregos, Marina passou a tirar, no mínimo, R$ 120 por mês, quantia que a jovem utiliza para bancar suas compras e passeios com as amigas.
Comecei a trabalhar em um [buffet], e como já tinha experiência consegui um emprego em outra empresa. Queria ganhar mais para poder bancar meus desejos, afirma Marina.
No entanto, a jovem já projeta voos maiores para suas finanças: acumular uma quantia expressiva de capital para a realização de um intercâmbio fora do País. Marina revela que desde o começo do ano vem guardando uma pequena quantia para ser utilizada no futuro.
De grão em grão
Assim como Marina, a estudante de 16 anos Camila Moraes também já está de olho na formação do seu pé de meia. De férias da escola, a jovem passou a intensificar a demanda de trabalho como Dog Walker.
Costumava passear com dois cachorros por dia, mas como agora tenho um tempo maior, aumentei esse número para cinco, contabiliza a estudante.
Como uma jovem qualquer, Camila usa o seu dinheiro, uma quantia de cerca de R$ 200 por mês, para sair com as amigas e comprar utensílios para uso próprio. Porém, o que difere a estudante das outras é a mentalidade de poupar para o futuro.
Sei que ainda sou muito nova, mas tenho muita vontade de morar sozinha. Todo mês, guardo R$ 50 em uma caixinha, daqui uns anos terei uma quantia razoável para alugar um apartamento, projeta Camila.
Meu pai já dizia...
O processo por qual passam Marina e Camila pode ser entendido como o início da educação financeira, ainda pouco explorada pela maioria dos jovens. Poupar desde cedo pode acarretar em facilidades para o futuro, esse é o lema.
"A educação financeira é importante desde criança, já que esse jovem terá um tempo de acumulação de dinheiro bastante longo pela frente. É importante que ele tenha em mente, no início, o hábito de guardar o dinheiro mês a mês", afirma o professor de finanças pessoais da investeducar, Leandro Martins.
Na opinião do professor, o jovem deve entender o significado de rentabilidade ao longo dos anos e se disciplinar em torno da poupança que irá desenvolver. A fase de acumulação, avalia Martins, é a etapa mais difícil do início do pé de meia.
Eu quero é mais!
Já para os jovens que pretendem estender o montante, o professor da investeducar revela o segredo: investir. "Não basta guardar, ele deve investir para o dinheiro render, uma vez que o investimento tem como finalidade atualizar a moeda e multiplicar essas reservas".
Antes mesmo de começar a poupar ou pensar em alavancar as finanças, o jovem deve controlar tudo o que entra e o que sai de seu bolso, para não arcar com o prejuízo em um futuro próximo.
Entre essas e outras, Martins é enfático sobre relação entre o jovem e o dinheiro. Segundo o professor, o correto é que "desde cedo a pessoa tenha noção do valor do dinheiro e possua desapego a ele". "As nossas decisões de hoje definem o estilo de vida que teremos no futuro", finaliza Martins.
Postado por: Felipe Pinheiro
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