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Descubra de onde vem o Carnaval e porque a tradição de festeja-lo existe até hoje

Quem inventou o carnaval?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:09

 

Apesar de fazer parte da nossa cultura e ser uma festa típica e bem brasileira, o Carnaval não cai no gosto de todos. Sua origem vem de longe e à tempos tornou-se comum existirem festas com desfiles de escolas de samba e marchinhas para comemorar a data. Mas, você sabe quem foi que inventou o Carnaval?

Para os que não sabem o Carnaval surgiu na Roma Antiga, quando para homenagear o Deus Saturno, o povo fazia uma festa chamada de "Saturnais". As escolas ficavam fechadas, os escravos eram soltos e as pessoas saíam às ruas para dançar. Carros (chamados de "carrum navalis" por serem semelhantes aos navios) levavam homens e mulheres nus em desfile. Muitos dizem que pode ter sido daí a expressão "carnavale".

Naquela época, a Igreja Católica se opunha a estes festejos pagãos, mas, em 590, decidiu reconhecê-los. Exigiu, porém, que o dia seguinte (Quarta-Feira de Cinzas) fosse dedicado à expiação dos pecados e ao arrependimento.

De lá para cá, o Carnaval foi mudando aos poucos de cara. Na Idade Média, incluía sátiras aos poderosos. Os foliões se protegiam de possíveis retaliações com a desculpa de que a festa os deixava loucos ("folia", em francês, significa loucura).

No Brasil o início da festa é conhecido como "grito de carnaval". Antigamente os clubes promoviam festas pré-carnavalescas com este nome. Nessas festas as pessoas iam fantasiadas e cantavam e dançavam ao som de marchinhas de Carnaval.

A data em que se comemora o Carnaval é definida com base na Páscoa. A Quarta-Feira de Cinzas sempre cai 46 dias antes do domingo da festividade, que é a soma dos 40 dias que antecedem o Domingo de Ramos com os 6 dias da Semana Santa.

Em 1855 houve aquele que foi considerado o primeiro desfile de Carnaval. Uma comissão de intelectuais formou um bloco chamado "Congresso das Sumidades Carnavalescas". Os participantes foram até o palácio de São Cristóvão pedir para que a família real assistisse ao desfile. Dom Pedro II aceitou o convite. A polícia do Rio de Janeiro autorizou o desfile de blocos pelas ruas em 1889.

Foi na Rua Visconde de Itaúna, próximo a Praça Onze, que nasceu o samba. Uma roda de amigos improvisava versos na casa de uma das moradoras do morro, a tia Ciata (Hilária Batista de Almeida). Em 6 de agosto de 1916, o grupo criou a música O Roceiro, que caiu no gosto do povo. Depois de repetida em outras noites, sempre com muito sucesso, Donga, um dos participantes, resolveu registrar a canção em seu nome, com o título de Pelo telefone. Quando ela foi gravada, em 1917, os outros integrantes do grupo - Germano Lopes da Silva, Hilário Jovino Ferreira, João da Mata, Sinhô e tia Ciata - reivindicaram direitos pela composição. Donga contestou essa versão.

O nome do ritmo é de uma língua africana chamada banto, falada em Angola. Há duas versões para sua origem: ou ela deriva do termo samba (bater umbigo com umbigo), ou é uma junção de sam (pagar) e de ba (receber). Nas antigas rodas de escravos se praticava a umbigada, dança em que dois participantes davam bordoadas um no baixo-ventre do outro.

O Carnaval brasileiro é descendente do "entrudo" português. O dicionário diz que entrudar significa molhar com água, empoar de goma ou talcos, fazer peça. E a farra era esta mesmo. No século 17, os foliões se armavam de baldes e latas cheias de água. E todos acabavam molhados. Até Dom Pedro II se divertia jogando água nos nobres. Acontecia aqui antes do início da Quaresma e duravam três dias, do domingo até a terça-feira gorda.

Com o passar dos anos, a brincadeira foi ficando mais agressiva. Água suja, farinha e talco lambuzavam as roupas dos brincalhões. Limões, laranjas e ovos eram atirados em quem estivesse na rua. Logo surgiu uma lei proibindo o entrudo. Em 1854, um chefe de polícia do Rio de Janeiro (RJ) determinou que a partir daquela data o entrudo tinha de "ser seco para não estragar as roupas mais custosas e cuidadas e não provocar desordens e confusão". O entrudo à seco se transformou no Carnaval.

 

 

com informações de: O Guia dos Curiosos

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