O grande empecilho para punir o sexting entre adolescentes e a divulgação desses vídeos na internet é a localização de um culpado. Na maioria dos casos, os próprios jovens são os responsáveis pela divulgação.
- Às vezes, não tem como apontar um culpado. É preciso conscientizar os jovens de que, uma vez que sua imagem é exposta na internet, já era - alerta o presidente da Safernet, Thiago Tavares. - A eterna replicação da rede mantém ela viva.
Para o psicólogo Rodrigo Nejim, o objetivo do poder público nesse tipo de caso deveria ser procurar instruir os adolescentes, e não puní-los.
- Ao se tratar de uma imagem produzida pelo próprio adolescente, ele se torna ao mesmo tempo vítima e agressor - alerta o psicólogo.
A psicóloga americana Susan Lipkins, responsável por um estudo que entrevistou mais de 300 adolescentes envolvidos em episódios de sexting, acredita que a divulgação dessas imagens é uma forma de competição entre os jovens.
- A menina que se fotografa nua está, na verdade, lutando para aumentar sua popularidade - avalia Susan. - Quem envia esse tipo de imagem a um pretendente está inconcientemente testando seu valor de mercado num grupo.
O que alguns adolescentes não sabem é que não apenas podem produzir, mas possuir pornografia juvenil também é crime.
- A pena é mais branda, mas quem possui esse tipo de material pode pegar de 1 a 4 anos de prisão - lembra a procuradora Daniella Sueira. - E a divulgação também é crime. Às vezes o adolescente faz essas imagens sem o intuito de divulgá-las, mas elas acabam caindo na mão de pessoas de má fé.
A divulgação de pornografia juvenil também é crime e pode dar de 3 a 6 meses de prisão.
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