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E agora, dá para viver sem celular?

E agora, dá para viver sem celular?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:41

Na alegria ou na tristeza, o celular é o melhor amigo do qual nenhuma garota consegue desgrudar. Faz tempo que o aparelhinho deixou de ser um telefone móvel para se elevar ao status de coisa-que-não-posso-viver-sem. E não é pra menos! Com ele, podemos ouvir música, entrar na internet, mandar mensagens, tirar fotos, se divertir com jogos e ainda dá pra anotar o contato daquele gatinho que você acabou de conhecer na festa da sua outra melhor amiga (a de carne e osso). Com tanta diversão reunida em um só lugar, fica fácil entender por que ninguém larga do celular nem por uma horinha sequer. Mas será que essa é uma missão impossível? Para fazer o teste, desafiamos a Superatrê Helen Cortes, 15 anos, a ficar duas semanas sem o celular. Sentiu um gelo na barriga? Então, dá uma olhada no diário que ela escreveu contando como foi essa dura separação:

1° dia

STATUS: tudo sob controle.

Como é difícil se despedir daquele amigo de todas as horas. Sim, o meu querido celular! (O que seria da minha vida sem ele? É o que vou descobrir!). Acordei bem cedo e aquele frio na barriga se aproximava. Logo quando cheguei à redação da Atrevida, a Raquel confiscou meu celular. Até aí, tudo bem, não estava precisando dele. Mas foi no caminho de volta que os problemas começaram. Precisava ligar para a minha avó, para perguntar se eu podia almoçar na casa dela. Foi então que percebi... estava sem ele. Sem ter como ligar, fiquei sem almoço e fui para casa comer Miojo! #fail. Como a internet não estava proibida, sentei ao computador e fiquei navegando o resto do dia. Achei relativamente fácil ficar sem o cel, mas já bateu uma saudade.

2° dia

STATUS: procurando alternativas para sobreviver!

Sem meu celular/despertador, aconteceu o inevitável: acordei atrasada. Queria marcar um horário com a depiladora, pois amanhã vou à praia, e fiquei desesperada. Não tinha o número dela em lugar algum! Até que me toquei que ela mora no mesmo bairro que eu, restava ver se ela estava em casa, mas problema resolvido! No finalzinho do dia percebi algo "inusitado": eu não tinha entrado na net nenhuma vez, ou melhor, nem de ligar o computador fui capaz! E acredite, é pura preguiça de ligar o PC! No cel era tão prático... O único momento em que ouvi música foi no rádio do carro, com minha mãe. Fiquei chocada. Sem contar os meus amigos. Mal entro na net do PC e, sem cel, vão achar que estou sumida ou coisa do tipo (ah, que angústia!). À noite, antes de viajar, procurei meu MP4 e lotei de música, para não entrar em depressão no meio da viagem.

3° dia

STATUS: com calor e muito sozinha...

A caminho da praia, o carro do meu pai quebrou no meio da estrada. Sorte que a Atrevida não confiscou o celular dele, também! Aí ligamos para pedir ajuda! Passei a tarde aproveitando a praia, nem senti falta do celular. À noite, começou a ficar difícil de novo. Quando não consigo dormir, ligo pros meus amigos ou ouço música, mas meu MP4 estava carregando e, sem telefone, não pude fazer nenhum dos dois. Me senti numa prisão.

4° dia

STATUS: vivendo momentos de crise.

Acordei toda esperançosa, pois íamos para outra praia, quem sabe não encontrava algum gatinho por lá... Dito e feito! Minha prima e eu estávamos nos preparando para tomar sol e, do nosso lado, parou um grupo maravilhoso! Depois de papo vem e papo vai, descobri que um dos lindos morava na mesma cidade que eu! Agora, o problema: onde anotar os contatos dele? Arranjei uma caneta e anotei o cel e o MSN dele no meu braço! À noite, voltei para onde estávamos hospedados e o drama instalou-se: e se o gatinho ligasse? Ou qualquer outra pessoa? Fiquei irritada.

5° dia

STATUS: aula amanhã, novas expectativas!

Dia de voltar para casa. No fundo do meu coração, parecia que eu tinha apenas esquecido meu celular em casa e que, chegando lá, eu poderia ver quem mandou mensagem ou ligou para poder retornar. Mas não: meu celular não estava em casa. Crise de novo! Sem ter com quem falar, e ninguém online, arrumei minhas coisas, pois no dia seguinte teria meu primeiro dia de aula.

6° dia

STATUS: preciso de um novo despertador.

Eu previa acordar cedo, pra me arrumar e pegar um lugar bom na classe. Mas acordei atrasada de novo! Consegui chegar a tempo, correndo. Achei um lugar e vi muitas pessoas novas na sala. Todos começaram a trocar telefones e MSN, e eu até fui pegar o celular, mas, aí, lembrei, né? Mesmo assim, fiz amizade com todo mundo. É bom poder falar com as pessoas não só pelo celular. A aula estava um tédio e tive vontade de pegar o aparelho para jogar. Não teve jeito... tive de prestar atenção na aula.

7° dia

STATUS: triste, triste, triste...

Adoeci e faltei à aula. Fiquei de cama o dia inteiro e me senti bem sozinha: ninguém me liga para saber por que faltei? Desacreditei.

8° dia

STATUS: muito tédio e uma conclusão: ninguém sabe o telefone da minha casa.

Minha mãe não me deixou faltar hoje. Chegando à escola, todos vieram preocupados perguntar por que eu tinha faltado. Expliquei, mas ainda estava brava porque não me ligaram. E nem podia reclamar, pois era segredo que estava sem o celular e não teria como responder a frases como: "mas eu te liguei, por que você não atendeu?". Por isso fiquei na minha. À noite, passei o tempo todo no MSN do PC. Já até me acostumei a ligar o computador.

9° dia

STATUS: momentos de filosofia!.

Perdi a hora de novo! Fui para a escola e as aulas nem estavam tão chatas. Fofoquei muito com minhas amigas, mas vi que estava por fora de muitas coisas, pois a maioria das fofocas rolou por SMS antes e eu não estava sabendo de nada! Fiz cara de paisagem e pedi para elas me atualizarem de tudo o que estava acontecendo. Foi muito bom falar com elas, ou "gossipar", como meu professor de inglês costuma dizer! Passei a tarde ouvindo música no computador e refletindo sobre a vida.

10° dia

STATUS: minhas amigas são demais.

Nem preciso falar que acordei atrasada de novo, né? Ao menos, minhas amigas já estavam guardando meu lugar na sala. Durante o intervalo fiquei meio de fora da conversa na roda, pois todo mundo estava trocando músicas e mensagens, e eu fiquei só olhando. De volta para a aula, para não ficar de fora das fofoquinhas, minhas amigas retomaram o antigo e famoso método de conversar na aula: os bilhetinhos em papel! Foi demais! À tarde, decidi ler o livro que há tanto tempo eu precisava começar e, depois, estudei inglês. Nem vi o tempo passar.

11° dia

STATUS: além de não ter celular, fiquei sem vida social.

Sabadão é dia de passar a tarde toda na casa da minha tia. E, por lá, não rolou entrar na internet e nem conferir o que a galera estava combinando para fazer à noite. Sem saber com antecedência de nenhuma balada ou passeio, não tive como xavecar minha mãe para que eu pudesse dar uma saidinha. Ou seja, fiquei o sábado a noite inteirinha sem fazer nada, em casa!

12° dia

STATUS: existe esperança

Dormi até bem tarde e uma coisa bastante inusitada aconteceu: meu amigo, Gui, tinha o telefone da minha casa - e não apenas o número do meu celular! Ele me ligou, me chamou para dar uma volta e eu fiquei superfeliz! Mas, é claaaaro que a minha felicidade durou muito pouco, ainda mais quando tive de ouvir a terrível frase tão comum às noites de domingo: "Amanhã tem aula, Helen!". Ai, mãe!

13° dia

STATUS: que medo! Querem tirar o celular de todo mundo!

Fui para a escola e descobri que haviam proibido o uso de celular dentro da sala! Até o wi-fi estava bloqueado. Não sou mais excluída agora! Ainda bem que já estava acostumada a ficar sem o meu. Como todos estavam sem o celular, decidimos desenhar! Depois da aula, resolvi parar de sofrer pela falta do celular a tarde toda e fui pra casa da Natinha.

14° dia

STATUS: ansiosa!

Hoje, pela primeira vez, não perdi a hora! Acho que meu corpo está se acostumando a não ter mais o celular para tremer na minha cabeça pela manhã. A aula foi bem legal e ocupei minha tarde passando o tempo todo no salão de beleza! Amanhã terei meu celular de volta e preciso estar linda para buscá-lo!

15° dia

STATUS: muita saudade do meu celular, mas percebi que até existem coisas que posso fazer sem ele.

Cheguei bem antes do horário que a galera da Atrevida combinou comigo. Assim que encontrei a Michele, produtora que estava cuidando das fotos que fiz para a matéria, já perguntei: "meu celular está com você?". Acho que estou enlouquecendo! Por volta das 14h30, a Raquel surgiu com o meu querido aparelho! Que emoção!

Dicas para viver

Depois de tanto tempo longe do celular.Helen deu algumas dicas para se virar bem caso isso também aconteça com você (bate na madeira 3 vezes!).

Se sua mãe ou alguém pegar seu celular por algum motivo (castigo, emprestado, roubado ou perdido), sempre tenha seus contatos anotados em uma agendinha, pelo menos os mais importantes, como de algum garoto, pizzaria, melhor amiga...  

Cartão telefônico: sempre tenha um! Orelhão é o que mais tem por aí!

Se você gosta de música, tenha uma segunda opção para ouvi-la, como MP3, MP4, iPod, entre outros.

Aproveite o tempo longe do aparelho para focar nas coisas em que ele atrapalha, como ler aquele livro que está te esperando há tanto tempo.

Andar! Muitas coisas podem estar a alguns passos de distância. Vá para o salão, para a casa da amiga ou para outros lugares onde possa conversar pessoalmente com quem quiser.

Na Palma da mão

Quer conquistar o gatinho da escola ou até mesmo ganhar uma grana? Então, saque o celular da bolsa e descubra o mundo de oportunidades que existe a alguns toques de distância.

Superpopular, trocar mensagens de texto é a maneira mais rápida e barata para se falar com alguém em qualquer lugar do mundo. Tanto que cerca de 2.200 milhões de torpedos foram enviados entre celulares pelo planeta só enquanto eu escrevia a primeira frase desta reportagem! Por ser tão prático, o celular virou o meio favorito para se comunicar e até, quem sabe, descolar aquele gato com quem tem tanta vergonha de falar pessoalmente. Se até Justin Bieber paquera por celular, imagine então os meninos mortais do seu colégio! Recentemente, em entrevista para a revista americana US, Justin assumiu que sempre fica nervoso na hora de responder a uma mensagem para a garota que ele curte. JB confessou que sempre fica em dúvida ao escrever um torpedo e que tira as dúvidas com uma BFF, mostrando os textos pra ela. Deu até para achar que ele é um garoto normal, não é? Isso porque paquerar pelo celular faz parte de todo bom processo de conquista. Mesmo se a paquera tiver começado na escola ou no Orkut, mais cedo ou mais tarde, ela vai acabar se tornando uma troca interminável de SMSs e seu coração vai bater mais rápido a cada barulhinho que o celular fizer. E, para aquietar essa ansiedade, a Atrevida foi até a LG Mobile Worldcup 2011, que rolou em Nova York, para conversar com jovens de vários países e anotar as melhores dicas de meninos e meninas que são campeões mundiais em (pasme!) mensagens de texto!

TOMANDO A DIANTEIRA

Na hora de conquistar o gato com a ajuda do celular, a fórmula "descolar o número do menino + mandar uma mensagem fofa" dá supercerto. Vale fazer alguma piadinha com algo que já tenham conversado, ou mandar um lembrete como: "Oi, anota aí meu celular, agora podemos conversar por aqui também ;)". O exemplo da sul-africana Olívia Burton é para se seguir. Ela nos contou que, depois de   car com o menino na balada, tomou a iniciativa e mandou uma mensagem fofa no dia seguinte. O garoto curtiu e algumas mensagens mais tarde, o rolo virou namoro. Quem aprova atitudes como a da Olívia é o chileno Gian Carlo Fissore, que disse preferir conversar pessoalmente. "Gosto que a menina tome a iniciativa. Mas, a partir daí, vou marcar um encontro". Por isso, ao mandar a primeira mensagem, espere um retorno do garoto. Na pior das hipósteses, ele pode   ngir que aquela mensagem nunca foi recebida e deixá-la mal. Se isso rolar, o jeito é tentar descobrir qual é a do garoto e continuar conversando com ele pela net. Nada de mandar milhares de mensagens. Ser inconveniente não é a melhor estratégia neste momento.

CUIDADO COM OS EXAGEROS

Parecer desesperada nunca é bom. Por isso, nada de mensagens invasivas, em horários inapropriados ou em quantidades excessivas. Respire fundo e tenha paciência. Aliás, o charme de quem demora um pouco para responder a mensagem não faz mal a ninguém. O paulistano e campeão nacional em digitação de mensagens, Tiago Monteiro, já teve problemas com garotas exageradas e avisa: "É bem chato quem manda muita mensagem. Quando é ligação ainda dá pra recusar, mas mensagem é mais complicado. A pessoa manda várias, você não quer ler e ainda gasta sua bateria!". Além do cuidado com os exageros, também   que ligada pra não pagar mico! "Certa vez mandei um SMS pra minha ex-namorada por engano, sendo que era para a nova!", conta Tiago. O carioca Marcondes Alves já passou por isso também e dá uma dica bem simples, mas que funciona: "Eu  fingi que nada aconteceu, como se outra pessoa tivesse feito isso no meu celular!".

MENSAGENS SUBLIMINARES

Todo mundo já passou por aquele momento em que olha a mensagem do menino e pensa: "O que ele quis dizer com isso?". Se não conseguir descobrir sozinha, sempre vale perguntar para uma amiga, ou até mesmo para o próprio menino. Tome muito cuidado com a gramática, a falta de pontuação e as abreviações, pois são facinhas de serem mal-interpretadas. Da mesma maneira que um rolinho pode começar pelo celular, também pode acabar... Tiago assume que já terminou um namoro por mensagem. "Não sei o que fazer quando uma pessoa começa a chorar, por isso, decidi mandar uma mensagem dizendo que estava tudo acabado". Tenso, né? Então, para evitar brigas por mensagem, o melhor é sempre resolver seus problemas pessoalmente. Combinado?

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