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Entendendo a fúria do outro

Entendendo a fúria do outro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

Diante de uma pessoa furiosa, dizer a si mesmo que ela está apenas tendo um mau dia e que essa braveza não tem nada a ver com você pode ajudar a baixar os ânimos e evitar conflitos maiores.

Por exemplo, você pode imaginar que a raiva é porque ela perdeu seu cachorro ou recebeu notícias ruins e está apenas usando você para extravasar.

Buscar dentro de si um novo modo de olhar para uma pessoa que está com raiva já é uma estratégia conhecida nas terapias cognitivas-comportamentais. Mas pesquisadores da Universidade de Stanford conduziram dois experimentos para tentar examinar a velocidade e a eficiência desse processo de reavaliação das emoções do outro.

Em um dos experimentos, os participantes eram expostos e uma imagem mostrando um rosto raivoso. A emoção que a foto despertava era, como seria esperado, aborrecimento. Mas quando alguns deles eram convidados a considerar que a pessoa da foto tinha tido um dia ruim e viam a foto novamente, o impacto era significativamente menor.

Os participantes que não recebiam a orientação, quando viam a imagem pela segunda vez, não manifestavam nenhuma mudança em relação à sua percepção original.

No outro experimento, os estudiosos monitoraram a atividade cerebral dos participantes e descobriram que o esforço de reavaliar a emoção do outro eliminava os sinais elétricos associdados com as emoções negativas comumente associadas a expressões de aborrecimento.

O estudo será publicado em uma das próximas edições da revista Psychological Science.

"Pode-se encarar isso como uma espécie de corrida dentro do cérebro entre a informação da emoção inicial e a informação reavaliada. O processamento das emoções acontece de trás para a frente no cérebro. A reavaliação é gerada na parte da frente do cérebro e se move até a parte de trás, modificando o processamento da emoção”, informou um dos pesquisadores, Jens Blechert.

"Se você exercitar essa reavaliação, lidar com o seu chefe que está sempre de mau-humor será muito mais fácil e você pode até se preparer com antecedência para determinadas situações", sugere Blechert. "Ele pode gritar e berrar e xingar mas nada disse terá efeito sobre você."

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