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Estudantes das classes C, D e E somam mais de 40% em federais

Estudantes das classes C, D e E somam mais de 40% em federais

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

Mais de 40% de todos os estudantes  das universidades federais pertencem exclusivamente às classes C, D e E, aponta levantamento realizado pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).

Segundo os dados veiculados pela Agência Brasil, e que serão divulgados pela associação nesta quarta-feira (3), 43% dos alunos de tais instituições fazem parte das classes C, D e E. Ainda, a parcela dos alunos de baixa renda é maior nas instituições de ensino das regiões Norte (69%) e Nordeste (52%) e menor no Sul (33%).

Desmistificando ideias

A Andifes mostrou que o estudo, que abordou 22 mil alunos de cursos presenciais, desmistifica a ideia de que só os estudantes de famílias ricas ingressam nas federais. No entanto, os estudantes das classes mais baixas não mostraram aumento na penetração em relação aos dados das últimas pesquisas da entidade, realizada em 1997 e 2003.

As políticas afirmativas e a expansão das vagas federais foram os fatores fundamentais, segundo a Andifes, no sentido de mudar o perfil do estudante das federais. De acordo com a Agência Brasil, a avaliação do presidente da Andifes, João Luiz Martin, é de que sem elas, o atendimento aos alunos de baixa renda nessas instituições teria diminuído.

Martins afirmou que os estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos, ou seja, R$ 2.550, têm participação de 67% entre os que frequentam as universidades federais. A entidade trabalha na defesa de mais políticas que ajudem os estudantes com esse perfil a se manter na faculdade, já que a renda é um forte limitador de sua permanência.

A questão financeira

Nos cursos mais concorridos, como medicina, direito e engenharia, a parcela de alunos pobres é ainda muito pequena. Cerca de 12% das matrículas nas federais são trancadas pelos alunos e, para a associação, a evasão está relacionada, em grande, parte à questão financeira.

Comparando com a dinâmica das universidades em outras partes do mundo, reitores afirmam que, se no exterior a maior preocupação da reitoria é com a qualidade do ensino e com a pesquisa, aqui, ela ainda precisa se preocupar com a questão social.

Mais recursos

A Andifes reivindicou ao MEC (Ministério da Educação) que dobre os recursos destinados à assistência estudantil em 2012. A previsão é que a verba seja ampliada dos atuais R$ 413 milhões para R$ 520 milhões, segundo a entidade.

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