A caravana da turma do 'Pânico na TV' de sua antiga emissora, a Rede TV!, para a Band, suscitou uma dúvida que, se não é conceitual, pode ser levada para o âmbito do universo obscuro e perigoso do ego: há espaço para a trupe de Emilio Surita e os homens de preto de Marcelo Tas no mesmo canal?
O argumento de que 'CQC' e 'Pânico na TV' são programas completamente distintos procede, mas como dito acima, não se trata, sequer de uma discussão sobre o alicerce do humor que rege cada uma das atrações. O que está em jogo é a tal palavrinha formada por três letras, tão presente quando o assunto é televisão. O ego.
Cada um dos programas, até então, era o carro-chefe de risadas de seu respectivo canal e, agora, terão de dividir atenções dentro de uma seara que, se ao mesmo tempo é extensa, afunila quando analisada de forma mais genérica. Afinal de contas, por mais que Tas negue a pecha de 'humorístico', tanto um programa quanto o outro querem nos fazer rir. Seja de uma gostosona pulando em uma piscina ao fim de um despenhadeiro ou de um 'repórter' intimando constrangedoramente um deputado no Planalto.
A linha tênue que não existe entre 'CQC' e 'Pânico na TV' quando está em pauta o conteúdo de cada, pode surgir e de forma espessa ao ser considerada área sob os holofotes da Band que cada um dos programas ocupará.
Por Heloisa Tolipan
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