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Jovens já são 18% do eleitorado

Jovens já são 18% do eleitorado

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:14

Os jovens entre 16 e 24 anos de idade já representam quase 18% do eleitorado de Sorocaba - que é 407.075 - apto a votar nas eleições deste ano. São 69.824 eleitores, o equivalente a duas vezes e meia ao total de habitantes da vizinha cidade de Araçoiaba da Serra - cuja estimativa do IGBE é de uma população de 24.022 - e capaz de eleger apenas com esse total de votos até dois deputados, conforme o coeficiente eleitoral do partido e das coligações. Não por acaso, que partidos e candidatos de olhos atentos no poder que os jovens podem exercer na eleição deste ano, passaram a desenvolver campanhas voltadas a atrair o voto desse segmento, seja por meio das redes sociais e outras formas, inclusive com a criação de diretórios e programas de governo específicos. Escolas e organizações sociais também têm ampliado a discussão sobre a importância do voto, uso da urna eletrônica e outros temas afins com essa camada da população. Entre os jovens, o assunto passou a fazer parte das rodas de discussão, garantem alguns ouvidos pela reportagem.

De acordo com levantamento do Tribunal Regional Eleitoral, dos 69.824 eleitores jovens sorocabanos, 34.981 são homens. Um total de 138 a mais que o eleitorado feminino. Situação diferente quando se comparado com o total geral de votantes da cidade, cujo percentual de mulheres é de 52%.

Desse total, 79 são jovens que deverão completar 16 anos até o dia 3 de outubro. Outros 1.427 jovens já completaram 16 anos, além de 3.117 com 17 anos, ambas idades onde o voto é facultativo. Já entre 18 e 24 anos o número de eleitores registrados nos seis cartórios eleitorais da cidade é de 65.201. Há quatro anos o número de votantes nessa faixa etária era de 65.949, ainda segundo dados do TRE.

Na avaliação do cientista político Pedro Lemos, os jovens brasileiros se interessam por política, apesar de se envolverem pouco em partidos ou movimentos sociais. Tenho percebido que uma grande parcela do eleitor jovem, acima de 17 anos, está mais consciente sobre a importância de seu papel enquanto eleitor. Eles estão mais questionadores e preferem acreditar na história dos candidatos e no comprometimento destes com algumas questões. As escolas e professores tem tipo um papel importante nesse processo., disse e completou: Isso quer dizer que, além de formular suas propostas para convencer essa jovem, um candidato precisa convencê-los sobre seu passado. Isso não significa a inexistência de um desencantamento, mas a preocupação pode acenar para uma postura mais radical.

Consciência política

A estudante Ana Maria Vieira, 22, acredita que o jovem está mais atento quanto ao cenário político e, principalmente, às eleições do dia 3 de outubro. Segundo ela, os meios de comunicação, escolas e universidades têm contribuído para promover esse debate e provocar o envolvimento dessa camada da sociedade. A internet tem tido um papel fundamental. As redes sociais também tem provocado esse engajamento. Eu, por exemplo, tenho acompanhado as notícias pela internet, além de ler os jornais, disse.

Ao ser questionada sobre o horário eleitoral na TV, Ana Maria afirma que não tem acompanhado e argumenta que o programa não a influencia na decisão de escolha de seu voto. Em relação aos candidatos ‘exóticos que usam de sátiras para conquistar o ‘votos de protesto dos eleitores, a jovem é taxativa: Acho isso ridículo.

A mesma opinião é compartilhada por Thaís Caroline de Araújo, de 21 anos. Ela também acredita que a juventude está mais questionadora e observadora em relação a atuação dos políticos e suas propostas. Sobre a lei da ‘Ficha Limpa, a universitária diz não confiar na sua eficácia, já que muitos candidatos que, segundo ela, apresentam condenações em última instância e por um colegiado, acabaram se livrando em julgamento tanto pelos TREs ou TSE. Apesar de muitos jovens e até adultos andarem descontentes com os políticos, nós (a sociedade) não podemos nos esquecer de que quem os elegem somos nós mesmos. Então, temos que ter consciência política e procurar saber em quem vamos escolher para nos representar, finalizou.

Por: Marcelo Andrade

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