Primeiro foi o Google a mostrar que através das pesquisas feitas no motor de busca seria possível determinar a idade e sexo de cada utilizador. Agora, um estudo procura comprovar que as páginas de que gosta no Facebook refletem a sua etnia, orientação sexual, tendências políticas ou tipo de personalidade.
O estudo contou com a participação de mais de 58 mil voluntários que realizaram testes de personalidade e permitiram que se acedesse à sua lista de likes na rede social. O objetivo era comprovar que as páginas de que se gosta no Facebook - e que muitas vezes são visíveis a todos os utilizadores, podem determinar aspetos da vida dos participantes que estes provavelmente gostavam que se mantivessem privados, tais como a orientação sexual, a religião, dependência de substâncias como álcool, tabaco ou drogas, ou mesmo o nível de inteligência.
Os resultados mostram que a lista de favoritos de cada participante determina com 95% de eficácia se a etnia é caucasiana ou afro-americana, 88% de eficácia se um indivíduo do sexo masculino é homossexual e com 85% de eficácia se o utilizador pertence ao partido democrático ou republicano.
A idade foi corretamente identificada em 75% das situações e a determinação do sexo foi eficaz 93% das vezes. No que toca a vícios a exatidão não foi tão precisa, mas ainda assim determinou corretamente o consumo, ou não, de álcool em 70% dos casos e da utilização de drogas em 65%.
Michal Kosinski, um dos autores do estudo, afirma à revista Time que "o mais importante neste o estudo foi comprovar que se pode conhecer várias características da personalidade de uma pessoa apenas com base em comportamentos on-line genéricos como os likes no Facebook".
Fonte original: dinheirovivo.pt