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Menos dinheiro e experiência tornam jovens mais conservadores

Menos dinheiro e experiência tornam jovens mais conservadores

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:35

A falta de experiência com investimentos, a renda mais baixa em relação aos mais velhos e a pouca educação financeira explicam o fato de os jovens de 20 a 33 anos (pertencentes à geração Y) serem mais conservadores em relação aos investimentos do que as pessoas de gerações anteriores.

De acordo com um estudo do Santander, a maioria dos recursos dos jovens (82,1%) fica alocada na caderneta de poupança, enquanto o CDB (Certificado de Depósito Bancário) concentra outros 6%.

Já os investimentos de maior risco concentram um percentual muito menor: 8,1% dos recursos estão em fundos de risco moderado e apenas 0,9% em produtos mais arrojados e ações.

Porta de entrada

Para o educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil, Mauro Calil, este resultado não chega a surpreender. "A caderneta de poupança é como se fosse uma "porta de entrada" dos investimentos. Quando alguém vai começar a poupar, pensa primeiro na poupança", afirma o educador.

O superintendente executivo de investimentos do Santander, Edson Franco, ressalta que o fato de os jovens terem uma renda menor do que as outras gerações também contribui para este maior percentual disponível na caderneta de poupança.

"Talvez eles prefiram alternativas de investimentos que sejam compatíveis com este momento da vida. Quando você tem menos dinheiro, é mais difícil arriscar e também diversificar a carteira", afirma Franco.

Mas, para Mauro Calil, a falta de educação financeira também é responsável por esta diferença tão acentuada. "O jovem gasta mais em balada do que em cursos de educação financeira ou mesmo assinaturas de jornais e revistas que abordem questões econômicas e políticas. A educação financeira é incipiente no País", afirma Calil.

Tempo X risco

Os especialistas costumam ressaltar a importância de investir em renda variável pensando no longo prazo. Logo, seria mais indicado que os jovens alocassem uma percentual maior do dinheiro neste tipo de investimento, e o contrário valeria para os mais velhos.

Entretanto, o superintendente do Santander aponta que existem questões importantes que devem ser levadas em consideração. A primeira delas é o próprio perfil de risco do investidor.

"Cada pessoa está disposta a correr determinado risco. O importante é fazer um investimento que não vá tirar seu sono, pois, se o investidor ficar desesperado por conta de uma queda das ações, pode acabar vendendo na baixa e ter um grande prejuízo. Por isso, respeitar o perfil de risco é fundamental, independente da idade", afirma.

Mauro Calil também aponta que os jovens possuem uma necessidade de consumo mais imediata. "Grande parte dos jovens poupa pensando em uma viagem que vai fazer daqui há alguns anos ou então com o objetivo de trocar de carro. Neste caso, com prazos mais curtos, é melhor não arriscar tanto mesmo", diz.

O superintendente do Santander concorda e diz que é importante que seja feita uma diversificação por prazo. "Você deve separar uma parte da renda e, desta fatia, dividir em investimentos pensando no curto, médio e longo prazo", afirma Franco.

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