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Músico se prepara para a gravação de seu primeiro DVD em carreira solo

Thiaguinho: “O que o Exalta fez ninguém apaga”

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:13

Em junho de 2011, o Exaltasamba anunciou a separação do grupo. Os músicos foram ao “Domingão do Faustão” e falaram sobre a decisão da banda após 25 anos na estrada, nove deles comThiaguinho como vocalista. Quase um ano depois e incansáveis shows de despedida por todo o Brasil, o músico agora se prepara para eternizar a primeira etapa de seu novo desafio: a gravação de um DVD ao vivo, que acontece nos dias 5, 6 e 7 de abril no Credicard Hall, em São Paulo.

Os fãs podem se preparar a ensaiar as letras antes de seguir para a casa de show, já que o músico disponibilizou as novas canções em um hotsite que leva o nome do DVD, “Ousadia e Alegria”. Se o repertório não será novidade, as participações especiais serão. “Eu já divulguei todas as músicas na internet, então vou deixar ao menos os convidados como surpresa”, afirmou Thiaguinho em entrevista ao iG.

No bate-papo a seguir, Thiaguinho garante não temer a decisão de deixar o grupo e fala sobre as letras que escreveu para a namorada, Fernanda Souza: 


iG: Quais as surpresas para esse seu primeiro DVD?
Thiaguinho: Estou esperando muito tempo para gravar esse DVD, desde que anunciei a separação. Serão quinze músicas inéditas de minha autoria, mais dez músicas de outros compositores, também inéditas. Uma das convidadas será Luiza Possi. Fiz uma participação no DVD dela com “Ainda É Tudo Seu” e vamos repetir a parceria.

iG: Tem outros nomes de convidados?
Thiaguinho: Eu já divulguei todas as músicas na internet, então vou deixar ao menos os convidados como surpresa. (risos)

iG: Essa é a primeira vez que você também aparece como produtor de um trabalho. Como é estar além do microfone?
Thiaguinho: Sempre tive uma atuação bem ativa em tudo o que faço, principalmente quando envolve música. Vivo pra cantar, pra compor, pra escolher repertório. Essa é a graça da minha vida. Sempre me envolvi muito nisso, dentro do Exalta também. Desta vez, como o trabalho tinha meu nome, acabei me envolvendo mais ainda. A responsabilidade é toda minha, do que der certo e do que não der certo. Como me joguei demais, acabei agarrando mais até do que deveria ter pego e acabei produzindo o disco.

iG: Em 2002, você não chegou a ser finalistas do “Fama Bis” mas, junto com Roberta Sá, se sobressaiu entre os participantes após o reality. Por que acha que isso aconteceu?
Thiaguinho: Antes de entrar para o “Fama”, eu sempre tive na cabeça que queria ser pagodeiro. Entrei lá pagodeiro e saí de lá pagodeiro. É difícil apontar o que não deu certo na carreira dos outros, mas na minha acho que foi foco. Sempre tive esse sonho e quando saí de lá, continuei em busca desse sonho. Isso me ajudou bastante, ter na minha cabeça o que eu queria.

iG: Consegue avaliar sua evolução nesses dez anos, passando do “Fama” ao Exalta, e agora entrando em um momento de carreira solo?
Thiaguinho: Ah, é gigante. Entrei no Fama com 18 anos. Nunca tinha cantado na TV, nem com o microfone na mão. Sempre tinha o cavaquinho na frente. A mudança foi radical, não só profissionalmente. Morava no interior, cidade pequena. Mudei para o Rio, depois para São Paulo. A responsabilidade aumentou muito. Sempre fui fã de vários pagodeiros e acabei virando ídolo de muitos meninos que querem começar a tocar.

iG: No Exalta, durante a despedida no “Domingão do Faustão”, os músicos do grupo não pareciam estar tão empolgados com a decisão da separação como você e o Pericles. Como foi tomada a decisão?

Thiaguinho: Quando anunciamos, já tínhamos conversado no início do ano. O anúncio foi em junho, mas já estávamos conversando. Cada um tem uma reação das coisas. Aquela não foi a primeira reação. Todo mundo estava bem consciente do que aconteceria. Todo mundo sabe reconhecer o que é melhor para cada um. Fui o primeiro a manifestar o interesse de carreira solo. Fui muito feliz nos nove anos de Exalta, mas senti que seria uma boa fase para experimentar algo novo.

iG: Sem Exalta, alguns grupos tem trabalhado forte, pensando em uma banda substituta. Até mesmo o Karametade retomou os trabalhos com o Vavá no vocal. Você acha que isso pode acontecer? Uma substituição do Exalta?
Thiaguinho: Não. Acho possível que outros grupos façam tanto sucesso quanto, mas o Exalta é insubstituível. Assim como eu não substituí o Chrigor, que tem uma história no Exalta, linda inclusive. Eu fiz a minha história, não substitui a dele. A história que ele tinha nada apaga. E acredito que isso também acontece com o Exalta. O que o Exalta fez ninguém apaga.

iG: Depois que anunciaram a despedida, fizeram quase um ano de shows. Como foi a última apresentação? Como se sentiu?
Thiaguinho: Foi uma sensação de missão cumprida. Foram longos nove anos de batalhas, vitórias. Mas também passamos muitas dificuldades juntos. Quando entrei, o grupo vivia um momento bem delicado no mercado, onde tivemos que provar para as pessoas, mais uma vez, que o Exalta tinha força, que o Exalta tinha qualidade musical, e graças a Deus a gente conseguiu tudo isso. Então passou tudo pela minha cabeça, tantas viagens longas, tantos “nãos” que recebemos, as dificuldades que passamos, tantas barreiras que rompemos para o samba... Mas a alegria era muito maior que qualquer coisa. Você olhar para traz e ver que conseguiu o que você queria é muito satisfatório.


iG: Tem medo de não ter feito a escolha certa?
Thiaguinho: Não tenho medo de nada na minha vida. Tudo que a gente faz, tem que pensar muito antes de fazer. Assim como não tive medo de entrar no Exalta, também não tenho medo dessa nova fase.

iG: Namorar uma atriz Global ajudou na ascensão do grupo e no retorno do pagode à grande mídia? Porque, querendo ou não, muitas celebridades passaram a ir nos shows do Exalta para encontrar vocês.
Thiaguinho: As amigas da Fernanda que vão aos shows, já iam antes do namoro. A Fernanda foi ao show numa dessas também. Não sei se isso ajuda ou atrapalha. Eu acho que o que decide se a carreira do artista vai decolar ou não decolar é a música. Se não tiver música boa, nada acontece. Pode ter o buxixo que for. Pode namorar, quem for.

iG: Já fez alguma música para ela?
Thiaguinho: Com certeza.


iG: Qual?
Thiaguinho: Como compositor, eu acho que quando a gente acaba de fazer a música e joga para o mundo, a música deixa de ser sua. As pessoas vivem nossas músicas, escutam a música e falam “pô, essa música é minha e do meu marido”, então acho que seria muito egoísmo da minha parte dizer que essa música é minha e da Fernanda. A magia da música é essa. Deixar ela livre pelo mundo.


iG: E tem casamento em vista? Como está o relacionamento de vocês em relação a isso?
Thiaguinho: Acho que toda pessoa que namora, pensa em casar. “Vambora” (risos)! Mas quando isso acontecer, pode ter certeza que as pessoas vão saber.

 

 

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