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O que pode cair na prova de ciências humanas do Enem

O que pode cair na prova de ciências humanas do Enem

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Dormir bastante durante a semana, começar a prova pela área em que o estudante tem mais facilidade, ler os enunciados e alternativas com muita atenção, e não se perder tempo com as questões mais difíceis são as principais dicas que Vera Lucia Costa Antunes, professora de geografia do Objetivo, deu aos participantes do chat do G1 sobre a reta final do Enem 2011.

Segundo ela, nos últimos dias que antecedem as provas, não é uma boa ideia “se matar de estudar”, mas sim aproveitar o tempo para descansar e, como as provas acontecem a partir das 13h, dormir até mais tarde. A professora alerta, porém, que isso não é um convite para sair na véspera. “Deixa a balada para depois”, recomenda.

Vera Lucia respondeu a várias perguntas dos internautas e afirmou que a prova de ciências humanas e suas tecnologias deve ter o mesmo nível que a do Enem 2010. “Foi uma prova boa, houve alguns probleminhas, mas no conjunto foi boa, avaliou quem estava realmente preparado”, disse ela.

Para o Enem 2011, a professora do Objetivo afirma que todas as matérias podem cair na prova, desde as clássicas ensinadas em sala de aula até os temas de conhecimentos gerais que ocuparam a mídia até o fim do primeiro semestre. Entre eles estão, por exemplo, as revoltas nos países árabes (veja vídeo ao lado).

Outras questões que podem ser abordadas incluem:

Reforma do Código Florestal: não é preciso saber com detalhes as mudanças na lei, mas entender como elas vão afetar o meio ambiente e a agricultura (o avanço da frente agrícola na Amazônia e o consequente aumento da população no Centro-Oeste também podem cair).

Comércio exterior do Brasil: as mudanças no cenário durante as décadas, principalmente após a criação do Mercosul, que fizeram com que Estados Unidos e Japão deixassem de ser os principais parceiros comerciais do Brasil, posto hoje ocupado por China e Argentina.

Belo Monte: o polêmico projeto de construção de uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, no rio Xingu, pode render perguntas interessantes a respeito do desenvolvimento, das energias alternativas e do impacto do projeto nas reservas indígenas da região, segundo a professora.

Muro de Berlim e União Soviética: em 2011 a construção do muro e o fim da União Soviética completam 50 e 20 anos, respectivamente, o que pode motivar a aparição de algum enunciado sobre os temas.

Crise econômica europeia: segundo Vera Lucia, o Enem não espera conhecimentos aprofundados de economia, mas é preciso saber resumir o que levou a Grécia à situação atual (gastos muito maiores que receitas e a incapacidade de honrar as dívidas públicas), como outros países com problema semelhante, como Portugal e Irlanda, estão reagindo, e qual é o impacto da situação na zona do euro e no resto do mundo.

Outros: o Censo 2010 do IBGE, pensamento dos principais filósofos (apenas os mais conhecidos), a questão nuclear com o gancho da usina de Fukushima e questões sobre a infraestrutura do Brasil relacionadas à Copa de 2014 e à Olimpíada de 2016.

A professora de geografia também lembra que o exame não exige só questões de conhecimentos gerais, mas também algumas matérias de geografia e história clássicas, como relevo, clima e idade média.

Vera Lucia explicou, durante o chat, que as questões do Enem são longas porque exigem do candidato capacidade de interpretação. Mas que não são difíceis se o aluno souber ler com atenção, porque as perguntas não trazem pegadinhas.

“Não tem macetes porque é prova que exige leitura. O que deve é não perder tempo caso não saiba o assunto”, recomenda a professora. A dica dela é assinalar as questões difíceis e voltar a elas ao final da prova. Apesar de longa, Vera Lucia afirmou que gastar três minutos por questão é um tempo razoável. “Mas não pode ficar 15 minutos numa questão. E no final você deve retomar só as questões que você marcou, cuidado para não voltar em todas porque não dá tempo.”

A professora deu várias dicas preciosas durante o chat: ao fazer a prova, o primeiro raciocínio é sempre o mais certeiro, pois é feito com calma e tempo. Ela aproveitou ainda para encorajar os candidatos e afirmou que, segundo sua experiência, os alunos que se dão melhor são os que têm mais iniciativa para fazer perguntas e resolver suas dúvidas.

Quem estuda em escola pública pode e deve, de acordo com ela, buscar os cursinhos comunitários e os particulares em busca de aulas de revisão gratuita. “Não tenha vergonha de perguntar”, recomendou Vera Lucia.

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