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Opinião dos pais deve ser determinante na hora de escolher o curso?

Opinião dos pais deve ser determinante na hora de escolher o curso?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

Com um pai juiz, dois tios e um irmão advogados, além da mãe que está cursando o último semestre de direito, a estudante Alita de Carvalho, de 16 anos, não hesitou na hora de escolher a profissão. Em vez de seguir a trajetória da família, decidiu buscar outro rumo. "Pelo o que eu vejo, eu não gosto muito da área de direito. Sempre me vi fazendo medicina", diz a jovem.

A estudante do terceiro ano abdicou de muitas escolhas para se dedicar ao estudo e tentar uma das vagas mais concorridas na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ela deixou toda família no interior do estado para morar sozinha em Salvador e ser uma das concorrentes para uma vaga do curso. "Passou em minha cabeça desistir por conta da concorrência, mas eu não tenho pressão dos meus pais para passar no vestibular", diz a jovem, que tenta pela primeira vez uma vaga na UFBA.

Segundo Alita, a influência da família foi forte, mas principalmente respeitosa. "Meu pai não ficou chateado com a decisão. Ele acha que devo fazer o que eu mais gosto. E eu sempre me vi fazendo medicina. Desde pequena, quando ia aos consultórios, gostava daquele ambiente. Já minha mãe sempre quis que eu fizesse medicina. Para ela, se eu não for médica, devo ser advogada."

O dia-a-dia é corrido. Alita vai para a escola pela manhã e às terças e quintas-feiras ela fica no colégio até as 19h. Em casa, ela estuda com um amigo que cursa o 1º ano de medicina e no fim de semana ela tem acompanhamento de um professor particular.

"Sempre que tenho dúvidas, chamo o professor." Mesmo assim, ela não deixa de sair com as amigas. "Geralmente eu me divirto nos sábados, pela tarde. Esse é o único horário que tenho para sair. No sábado de manhã eu tenho prova e domingo tiro o dia inteiro para estudar", explica.

Agulhas Negras

O vestibulando Carlos Cordeiro tenta pela segunda vez uma vaga para a Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Filho de um coronel reservista, ele sonha com a carreira militar. "Na minha casa, o mundo militar sempre esteve presente. Na hora de escolher a profissão, pensei seriamente em seguir a carreira, já que essa é uma das mais seguras profissões que existe", diz.

O jovem, que estudou da 5ª ao 3º ano no colégio militar de Salvador, explica que o desejo de seguir a carreira do pai despertou na escola. "O desejo de seguir a carreira começou na escola. Meus colegas achavam que eu era maluco, mas eu sempre gostei do regime militar", explica.

"Tive a orientação da minha mãe, que sempre se preocupou com a saída da faculdade. Depois de cursar os cinco anos na academia militar, eu já saio com um emprego garantido e com um salário bom. Tenho um exemplo na família e minha irmã que se formou em direito está desempregada. Eu não quero isso para mim. Quero uma segurança", explica o adolescente.

Adultos frustrados

A psicopedagoga Renata Adélia de Azevedo Paim diz que a escolha pela carreira é do jovem. "A escolha profissional é do jovem. A influência da família nem sempre é positiva, porque se o jovem não obtiver o mesmo êxito profissional que o pai, ele pode se tornar um adulto frustrado. Os pais devem orientar e conversar, mas a decisão final é sempre do vestibulando", completa.

A psicopedagoga relata ainda que o sucesso profissional  é aliado às habilidades de cada indivíduo. "É importante deixar claro que ele poderá ter sucesso e êxito na vida financeira optando por uma profissão na qual ele de fato tenha habilidades.  Muitos jovens se preocupam sobre a forma de como a profissão é vista na sociedade. A orientação é que este jovem faça uma auto reflexão e se questione sobre qual papel ele quer cumprir na sociedade", conclui.

Sobre a rotina de estudos antes das provas, Renata diz que a diversão é importante para o vestibulando. "A gente vê que os jovens priorizam os estudos, embora exista uma orientação para o momento da distração, do convívio com os amigos. Esses jovens precisam ter foco, mas precisam curtir esse período da vida que é muito importante e não volta mais", orienta.

fonte: G1

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