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Os dispostos se atraem

Os dispostos se atraem

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:07

 

Se perguntássemos a uma pessoa que busca um relacionamento sério como ela desejaria que seu par ideal fosse, haveria grandes chances de ouvirmos como resposta algo semelhante a "alguém que combinasse comigo" ou "alguém que tivesse gostos parecidos com os meus". A busca pelo igual é algo bastante comum e até mesmo compreensível. Isso porque há no mundo as pessoas mais variadas, com os gostos mais diferentes, as personalidades mais diversas, com planos de vários tipos, com os desejos mais diversos possíveis, então é até razoável que busquemos em um par um mínimo de semelhança conosco. É por esta razão que geralmente desejamos alguém que tenha uma personalidade parecida com a nossa, que tenha estudado tanto quanto estudamos, que goste de frequentar os lugares que frequentamos, que ouça o mesmo tipo de música e daí por diante.
 
Na hora de preencher o perfil aqui no site, essa preferência pelo semelhante acaba vindo à tona de maneira ainda mais evidente. Quando o usuário é solicitado falar sobre quem ele/ela busca, muitas vezes este par é descrito quase à imagem e semelhança do dono do perfil. Se o usuário não fuma, é comum buscar alguém que não fume. Se não tem filhos, geralmente busca alguém sem filhos. Se tem nível superior completo, idem.
 
Acontece, porém, que quando damos uma olhadinha à nossa volta, nos deparamos com casais que são muito felizes e cujos membros não são tão parecidos assim um com o outro. São casais em que as origens, personalidades ou profissões de cada um são muito diferentes. São pessoas que se conhecêssemos separadas, jamais diríamos que conseguiriam se entender ao ponto de manter um relacionamento.
 
E qual o segredo do sucesso nesses casos? Será que a chave está na máxima de que os opostos se atraem? Será que a fórmula é buscar alguém radicalmente diferente? Bem, a verdade é que para os relacionamentos (ou para qualquer coisa que seja humana, eu me arriscaria a dizer), não existe exatamente um segredo, uma chave ou uma fórmula.
 
Existe, no entanto, algo em comum em todos esses casos de opostos que deram certo: a disponibilidade e a abertura para conhecer o diferente. Se essas pessoas sempre tivessem buscado pares parecidos, estas relações teriam sido absolutamente impossíveis. Se elas tivessem procurado pessoas à sua imagem e semelhança, seus relacionamentos não teriam se concretizado. Felizmente acreditaram que, mesmo tendo estilos, personalidades, gostos, origens diferentes dos que elas próprias têm, seus pares eram interessantes e mereceriam uma chance. Elas admitiram olhar para o desconhecido, para o diferente. Elas se deixaram surpreender e certamente não se arrependem disso.
 
Mas então o negócio é sair por aí à procura de pessoas que sejam o seu oposto? Não exatamente. É importante, isso sim, ter abertura e admitir a possibilidade de ao menos conhecer quem você poderia descartar logo de cara só por não se encaixar com perfeição no ideal que você estabeleceu.
 
É evidente que um mínimo de compatibilidade é necessária e desejável. Eu diria que, para que uma relação dê certo, é preciso haver um "kit básico" comum. Este "kit" é composto principalmente pelos valores de cada um. Se os dois tiverem valores semelhantes, uma relação já é ao menos possível, ainda que haja muitas outras diferenças.
 
Assim sendo, se você deseja estar aberto a relações com pessoas que não são tão parecidas assim contigo, ao preencher seu perfil no site, um bom começo é não ser tão restritivo com o par que você procura. Se alguém te escreveu, e esse alguém não tem tanto a ver com você, talvez seja interessante responder e conversar um pouco para conhecer o outro melhor. Quem sabe essa conversa não pode revelar uma pessoa muito interessante, mesmo que diferente de você?
 
É fundamental ter em mente que ser diferente de você não é sinônimo de ser incompatível com você. Lembre-se que as diferenças podem trazer gratas surpresas.
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