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Para pastor, redes sociais podem aumentar sensação de vazio dos jovens

Para pastor, redes sociais podem aumentar sensação de vazio dos jovens

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:02

Genésio Mendes Júnior é pastor e vice-diretor da FUMAP – Federação das Uniões da Mocidade Adventista da Promessa.

Com experiência em liderança jovem, o pastor concedeu entrevista ao GUIA-ME na qual identifica e descreve as necessidades dessa geração. Confira:

GUIA-ME: Você tem viajado com a Fumap por todo o país e visto jovens diferentes, de lugares diferentes, enfim, tem como descrever a principal necessidade que essa geração tem demonstrado?

Essas necessidades estão focadas em uma carência pessoal de amor, carinho, apoio. O jovem, em geral, goste ou não, reconheça ou não, tem uma solidão e uma dificuldade de encontrar aonde se apoiar e aí ele vai se apoiar em amigos, em algum grupo, em algum tipo de atividade que ele acha que vai resolver o problema e o que eu entendo é que nada disso vai resolver essa carência porque é uma carência espiritual, carência de Deus, mas a mídia mascarou isso de uma forma para que a gente nunca identifique essa fome de Deus.

GUIA-ME: Partindo para o lado dos relacionamentos, acredita que a internet e os sites de relacionamento criam essa superficialidade e acabam aprofundando esse vazio dos jovens?

Sim. Essa superficialidade da internet e das redes em geral amplia esse processo, não por causa da rede em si porque não há mal nela desde que utilizada de maneira sábia, mas isso gera um afastamento, uma velocidade de relacionamentos, esse contato superficial que nunca se aprofunda e com várias pessoas a gente traz isso como maneira de encarar a vida, ou seja, tudo se torna rápido e passageiro demais. O fato de conviver com isso sem filtrar contribui para esse sentimento de vazio.

GUIA-ME: Para escolher os temas de lições, estudos, programações dos jovens, vocês devem ter milhares de idéias. Como é feita a escolha na hora da filtragem, por observação das necessidades?

É bem na observação. A gente vive um mundo globalizado e você tem tendências claras em que as pessoas do pais, diria até do mundo, são atingidas. Hoje, por exemplo, na segunda fase do PIJ a gente tem falado sobre materialismo, o hedonismo – essa busca de prazer incessante, e do egoísmo – o fato da pessoa só olhar para si. Esses três temas macro se identificam em qualquer lugar porque essa mensagem que o mundo tem vendido de &ter e ser feliz a qualquer custo e a qualquer maneira e viver para si porque o que importa é você mesmo& é espalhada. Como a gente trabalha com todo o Brasil e, às vezes, fora dele a gente foca em cada região. Essa identificação vem de olhar para o nosso tempo, a nossa geração e perceber que são temas preocupantes em que a moçada está se deixando levar.

GUIA-ME: E a aceitação quando esses temas são tratados? É possível identificar algumas barreiras ao passar essas mensagens?

No geral a aceitação é boa, mas a gente identifica. Principalmente quando se trata de mídia a gente encontra barreira assim &nossa, vocês estão exagerando, não é por aí& e a gente até reforça o aspecto de que não somos contra e que não estamos ali para destruir nenhuma mídia, mas para tentar passar um filtro. Eu diria que é uma barreira em porcentagem muito pequena e que é natural, mas que a gente ora e trabalha para fazer a nossa parte para o Espírito Santo convença.

GUIA-ME: Como liderança, vocês têm observado e até incentivado novos talentos, jovens com facilidade em pregar, com espírito de liderança...?

Sim. Tem sido uma preocupação nossa desde o início, tanto é que nossos eventos Brasil a fora têm a característica de passar conteúdo, discutir conteúdo e que esses grupos de discussão tenham porta-vozes e nesse momento temos percebido muita gente com talento para falar. Temos tido essa preocupação e, junto das nossas lideranças regionais, incentivado jovens a buscar e conhecer melhor para que se desenvolvam talentos.

Por Juliana Simioni

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