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Professores de cursinhos elogiam a prova da Unesp

Professores de cursinhos elogiam a prova da Unesp

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:22

Os professores de cursinhos de São Paulo elogiaram a prova da primeira fase do vestibular 2012 da Universidade Estadual Paulista (Unesp), realizada neste domingo (6). Ao G1, professores dos cursinhos Anglo, Etapa, Objetivo e da Poli afirmaram que a prova obteve o equilíbrio entre questões de interpretação de texto e de conhecimentos específicos.

Para o professor Luís Ricardo Arruda, do Anglo, a prova teve dificuldade média. “Isso é altamente desejável numa prova de primeira fase, é necessário que os candidatos demonstrem conhecimento mínimo de cada matéria.” Segundo ele, os temas abordados são “relevantes e de interesse”, e as questões foram bem elaboradas e contiveram textos relacionados com a pergunta, “não é um mero pretexto”.

Arruda afirmou que os professores de história do Brasil do Anglo consideraram o tempo de resolução média – três minutos por questão – curto para a matéria. Mas, segundo ele, foi uma prova “sem reparos”.

Cores

A proposta da Unesp de imprimir em cores o caderno de questões agradou os professores de cursinho, que elogiaram a alta definição das imagens. Segundo a professora Vera Lúcia Antunes, do cursinho Objetivo, “com isto você ganha em tempo, porque rapidamente enxerga as informações”.

Segundo ela, isso facilita o trabalho do vestibulando, que não perde tempo decifrando gráficos. “E dá certa tranqüilidade para ele”, afirmou.

Para Vera Lúcia, o nível dos textos selecionados para a prova são adequados aos formandos do ensino médio e a abordagem dos temas permite à Unesp avaliar os candidatos de maneira criativa. “Dá pra perceber que eles conseguem ver se sabe ler mapa, tabela, gráfica.” Nas questões de ciências da natureza, ela elogiou a presença de questões clássicas da geografia, como um enunciado sobre magnetismo, de maneira multidisciplinar.

Equilíbrio

Marcelo Dias Carvalho, professor do cursinho Etapa, também afirmou que as questões estavam bem elaboradas e destacou que, neste ano, “parece que encontraram bom equilíbrio entre questões específicas e de interpretação”.

Ele afirmou que as questões de matemática foram muito bem formuladas. “São questões de média dificuldade que selecionam muito bem os candidatos, com enunciados muito claros.”

Segundo os professores do Etapa, as perguntas de história cobrou um pouco mais de conhecimento do que nas edições anteriores. A parte de inglês, para eles, inovou neste ano ao pedir a leitura de gráficos. As dez questões tiveram como base temas sobre aviação e biocombustível.

Abismo entre escolas públicas e privadas

O professor Eduardo Leão, do cursinho da Poli, ressaltou que, no conjunto, se saíram bem na primeira fase da Unesp os estudantes de escola pública que fizeram cursinho preparatório e os alunos do ensino privado que levaram as aulas um pouco a sério. “Quem é aluno da rede pública e não teve a chance de fazer cursinho infelizmente não consegue resolver a contento a prova”, afirmou.

A parte específica de ciências da natureza, segundo ele, tiveram uma roupagem interdisciplinar, mas apenas as questões de matemática conseguiram realmente aplicar várias disciplinas. “Foi uma prova de matemática aplicada de fato, de resolução de situações-problema, bastante contextualizada, em algumas questões o candidato tinha que saber um pouco de geografia, de física.”

A professora Cristiane Bastos, também do cursinho da Poli, elogiou a prova de português, que considerou “bem dentro do esperado da Unesp, basicamente voltada para a interpretação”.

Ela afirmou que, desde que o vestibular da Estadual Paulista passou a ter duas fases, já é possível esperar alguns temas, como figuras de linguagem. No geral, ela afirmou que a prova “foi justa para o candidato” e sem dupla possibilidade de resposta.

A única ressalva da professora foi um texto do escritor Eça de Queirós sobre políticos corruptos. Segundo ela, “isso de alguma maneira acaba incentivando a apolitização do candidato”.

Em relação à prova de ciências humanas, o professor Elias Feitosa de Amorim Júnior considerou a prova positiva. “Teve uma abordagem aberta e mais genérica, sem se fechar em temas específicos ou muito polêmicos”, afirmou.

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