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É puberdade ou não?

É puberdade ou não?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:17

Sua filha trocou a boneca pelo batom mais cedo do que você imaginava? Ela não é a única. Um estudo americano publicado no site da Pediatrics, da Associação Americana de Pediatria, neste mês mostrou que a idade em que as meninas começam a entrar na puberdade caiu nas últimas duas décadas. A tendência é que essa queda continue a acontecer. A pesquisa "Pubertal Assessment Method and Baseline Characteristics in a Mixed Longitudinal Study of Girls” avaliou o início da puberdade em mais de 1200 jovens em três cidades.

Os pesquisadores descobriram que 10,4 % das meninas brancas não-hispânicas tinham começado a puberdade aos 7 anos - o estudo levou em consideração o desenvolvimento dos seios - em comparação com 23,4 % das meninas negras e 14,9 % das meninas latino-americanas. Entre as meninas de 8 anos, a puberdade começou em 18,3 % das garotas brancas não-hispânicas, 42,9 % das meninas negras e 30,9 % das meninas latino-americanas. O começo precoce da puberdade pode ser causado por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e individuais, como o peso.

Sinais como o aparecimento de pêlos pubianos e o crescimento das mamas, porém, não devem ser encarados como um problema em garotas dessa faixa etária em todos os casos. “Nem sempre é indicativo de uma patologia. Às vezes, é mesmo o desenvolvimento natural, já que o início da puberdade varia muito para cada indivíduo”, explica o endocrinologista do Hospital São Luiz, Alex Carvalho Leite. De acordo com ele, é provável que o aumento não seja tão alto assim. Isso porque a medicina evoluiu bastante nos últimos anos e, atualmente, faz pesquisas e diagnósticos que antes não eram possíveis.

O conselho aos pais é que, ao notar sinais de que a puberdade está começando muito cedo, levem os filhos ao pediatra para uma consulta. Ele decidirá se é o caso de encaminhar a um endocrinologista para solicitar exames específicos. Só assim será possível detectar se a situação é patológica e precisa de tratamento ou não. Os tratamentos variam conforme as causas do problema e podem ser despendiosos. Como fazem parte da política de saúde do governo, no entanto, muitos podem ser obtidos na rede pública.

Fonte de consulta: Alex Carvalho Leite, chefe do departamento de endocrinologia do Hospital São Luiz, unidades Itaim e Morumbi

Por: Cíntia Marcucci e Raquel Temistocles

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