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Quero ser como minha mãe

Quero ser como minha mãe

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:45

A mãe se arruma para mais uma audiência. Roupa elegante, maquiagem discreta e uma determinação: ganhar mais um causa. Assim cresceu Daniela Assaf da Fonseca, 38 anos, observando com muita admiração a atuação de sua mãe Eliana Assaf da Fonseca, 63 anos, advogada. "Não tinha muita noção sobre quais eram as responsabilidades de um advogado. A partir dos 13 anos, comecei a entender o que ela fazia e ficava fascinada com as causas impossíveis que ela defendia", conta Daniela.

De acordo com a filha de Eliana, a paixão de sua mãe pelo trabalho sempre a contagiou. E, isso talvez, justifique o fato de Daniela ter decidido seguir a carreira materna. "Sempre fui apaixonada pelo Direito. Acho que minha filha se motivou a seguir a mesma carreira por ver o meu entusiasmo, minha luta para atingir os objetivos e minha alegria quando ganhava as causas", avalia Eliana.

Daniela [à esquerda ao lado da mãe] confirma que toda essa vibração de sua mãe pesou muito quando teve de escolher qual área seguir. "Minha mãe sempre foi bem sucedida e meu único receio era não conseguir acompanhar o seu talento", confessa a filha. Com o passar do tempo, Daniela percebeu que também seria capaz de conquistar o seu espaço. E conseguiu. "Minha mãe continua sendo a minha maior referência. Com ela aprendi que não se avalia uma causa pelo dinheiro que pode ser ganho. Minha mãe é ética e isso é a maior lição para mim", diz Daniela.

No dia-a-dia, mãe e filha trocam ideias sobre as causas defendidas. "Nunca houve rivalidade entre nós, mas ajuda mútua", afirma Daniela. Para Eliana, a forma como sua filha conduz os casos, principalmente aqueles que envolvem problemas com guarda de filhos, é motivo de orgulho. "Desde pequena, sempre foi determinada e lutava pelo que queria. E se hoje ela quiser resolver uma situação, não sossega enquanto não consegue", conta a mãe. Daniela emenda: "Minha mãe me ensinou a nunca desistir, não há causa perdida", finaliza a filha.

Que cheirinho bom!

"Minha mãe sempre foi uma cozinheira de mão cheia e eu aprendi observando o que ela fazia", explica Fabiana Zanelati, 39 anos, dona do site de culinária Pimenta do Reino. Ela confessa que toda receita que faz tem um pouco do que a mãe, Jane Zanelati, 56 anos, hoje aposentada, lhe ensinou. "Minha mãe trabalhou como cozinheira em residências e restaurantes e depois montou seu próprio negócio. Entregava refeições prontas e serviços de marmita. O horário do almoço era uma loucura em casa", recorda Fabiana.

Para Jane, despertar o interesse de sua filha pela gastronomia foi motivo de alegria. "Fiquei feliz em saber que ela tinha interesse pelo assunto e acredito que fui uma inspiração para ela. Acho importante que as filhas tenham bons exemplos de suas mães e que as mães ensinem o que sabem às suas filhas", avalia a mamãe de Fabiana.

Fabiana revela que a cozinha é a sua terapia. "É ali que relaxo depois de dias estressantes e é onde gosto de receber os amigos e a família", afirma. No entanto, quando a sua mãe assume o comando das panelas, ela deixa dona Jane sossegada. "Tem coisa melhor que comida de mãe?", questiona. Para ela, sua mãe lhe ensinou bens preciosos. "O valor de uma comida fresca, saborosa, de juntar a família à mesa. E coloco tudo isso em meu site", diz.

Além do site, Fabiana também tem um livro sobre o tema: Pequeno livro de cozinha - Guia para toda hora. "Fico orgulhosa com o site e o livro e de ver que ela se interessa por algo que fiz a vida toda. Sempre que nos encontramos acabamos falando sobre comida e sempre trocamos receitas e dicas", revela Jane.

Modelito fashion

A vida da estilista Leila Bastos [na foto ao lado com a mãe], 20 anos, anda bem corrida. Afinal, ela está produzindo a primeira coleção de sua marca Moçoila que será lançada em julho. A inspiração começou ainda pequena quando a mãe, Marlene Bastos, 49 anos, dedicava-se à costura. "Meu sonho era aprender a costurar como a minha mãe. Aos 15 anos ganhei minha primeira máquina, mas infelizmente nunca tive esse dom. Por isso, comecei a criar os modelos para ela fazer", conta a filha.

Há alguns anos, Marlene largou o ofício. E agora se dedica a costurar as peças criadas por sua menina. "Comecei a desenvolver os croquis e minha mãe sempre estava pronta a fazer, eu cuidava de cada detalhe, desde a escolha dos tecidos aos botões. Cada peça tem uma história", analisa Leila. A estilista afirma que sempre foi fascinada por tudo que sua mãe faz. "O cuidado, o capricho e o amor com que ela faz produz cada peça", elogia.

Por isso, essa parceria não poderia ter sido melhor. "Cresci no meio de máquinas de costuras e tecidos, sempre aproveitava os retalhos para fazer roupinhas para as minhas bonecas", diz Leila. E agora as duas estão envolvidas com a nova marca que será comercializada no blog. É uma troca de experiências. "Me sinto lisonjeada em saber que tive uma parcela de ‘culpa’ nisso tudo", fala a mãe, aos risos. E completa: "Com certeza, ver a realização de um filho é muito importante e quando temos participação nisso tudo é mais gratificante ainda".

Por: Simone Cunha

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