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Redes sociais e sites oferecem treinos físicos direcionados

Redes sociais e sites oferecem treinos físicos direcionados

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:34

Não há mais desculpa. Até as (sedentárias) redes virtuais oferecem e estimulam a prática de exercícios físicos e alimentação adequada. Entram no ringue contra a gula, a preguiça e o desânimo, sites que se propõe a indicar, instruir e até ensinar, sem custos e com direcionamento específico.

Para malhar com instrutor virtual, planilha exclusiva, montada de acordo com o perfil e limitações do aluno, basta um clique. Além de sites especializados em malhação - como a Rede de Personal Trainer - algumas marcas esportivas também criaram ferramentas de saúde on line, exemplo a Adidas.

Rede Personal No site Rede de Personal Trainer, duas professoras de educação física e pilates de academias famosas em São Paulo pulverizam na internet ensinamentos limitados aos metros quadrados das salas de ginásticas. Alessandra Bueno e Andrea Sbrissa elaboram treinos para mais de 2200 usuários, em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. Fora do País, a Rede já arrebatou adeptos nos EUA, Portugal, Alemanha, Austrália, Bolivia, China, Monaco, França e Inglaterra. Mais de 800 seguem à risca as indicações, comentam a evolução, cobram mudança nas planilhas e tiram dúvidas sobre as séries propostas. O 'diálogo' é feito por e-mail, mas o site também permite aos alunos virtuais trocar informações em tempo real. O principio básico para que a relação – e a malhação – dêem resultado é a confiança na troca de informações. Ao se cadastrar no site, o aluno é direcionado a um questionário. Sexo, altura, peso, objetivo do treino e possíveis limitações ou problemas de saúde pautarão, do outro lado da máquina, o trabalho do personal.

Para (quase) todos Embora acessível e democrática, a customização de atividade física via internet tem pré-requisitos e, portanto, limites. As especialistas não indicam treinos para alunos com problemas cardíacos ou ortopédicos. Quem enfrentou cirurgias delicadas também leva cartão vermelho. A avaliação, para casos mais 'complexos', ainda passa pelo crivo do fisioterapeuta Kleber Cavalcante, colaborador da Rede. A postura, segundo Alessandra, é uma forma de garantir segurança para ambos os lados. Os ‘reprovados’  recebem um e-mail explicando carinhosamente as razões que os impedem de conseguir um personal trainer (virtual) pra chamar de seu. Além do retorno, os profissionais indicam ao aluno recusado, que procure orientação médica e uma atividade física compatível com o perfil, que pode ser apenas temporariamente restrito. “A ideia é oferecer, da melhor maneira possível, o estímulo e a orientação correta para cada um dos associados. Mantemos os critérios e a qualidade do que oferecemos para nossos alunos em academias”, explica Alessandra.

Os aprovados Quem está apto a treinar recebe, por e-mail, o primeiro programa em até cinco dias úteis após o cadastro. A evolução é gradual, similar ao que é oferecido em academias. Cabe ao aluno expor dúvidas e marcar a presença no site para que Alessandra e Andréa possam acompanhar indiretamente o empenho dos pupilos. Frases de estímulo, ranking de empenho e puxada de orelha virtual para os menos disciplinados também fazem parte do trabalho das professoras. O acompanhamento é feito diariamente, na sede da microempresa, que ocupa três cadeiras e a rede de internet do Ponto de Contato, escritório coletivo instalado no último andar da Galeria Ouro Fino, na moderna e descolada Rua Agusta, zona sul de São Paulo. É de lá que as atualizações são feitas. Alessandra e Andréa enviam uma nova série aos alunos a cada 15 dias para os treinos aeróbicos, e um mês para muscular. O cardápio da rede dá resultado, embora a variedade seja limitada, e os riscos, maiores. A orientação virtual tem inúmeras vantagens, mas exige cuidados redobrados, além da tradicinoal avaliação médica antes de malhar com a web. As professoras montam programas de corrida ou resistência muscular feito com um elástico, o rubber, que promove fortalecimento da musculatura interna. Sem carga, a atividade não permite o ganho robusto da massa tampouco bíceps inflados. “Não elaboramos treinos para o aluno fazer em academias, com peso, sobrecarga. A idéia é alcançar um público mais simples, que não tem acesso, para que ele tenha condições de fazer atividade física em qualquer lugar. Propomos saúde e mostramos que ela pode ser para todos." Até o final do ano, as professoras pretendem colocar na rede aulas de pilates em solo. Está nos planos futuros também incluir orientação nutricional, serviço que já é oferecido por inúmeros sites de dieta.

Siga o mestre Hoje, no site, é possível assistir aos 82 vídeos instrutivos. Nele, Alessandra ensina como usar o rubber, e a postura correta para realizar os movimentos indicados. Com um número de adeptos crescentes, a Rede de Personal Trainer atrai nichos variados, com um recorte especial para o público feminino. Segundo Andréa, 60% dos alunos cadastrados são mulheres, de 30 a 40 anos. Maratonistas interessados em potencializar os treinos de corrida não ficam de fora, mas o grande trunfo da dupla é oferecer subsídios para que os obesos comecem a se mexer, sem medo de ser feliz. A vergonha com o corpo, em muitos casos, trabalha a favor da gordura e do sedentarismo. Com medo de sofrer bullying nas academias, a web passa a ser uma boa forma de perder peso com sigilo e identidade preservada. "Sentimos um retorno excelente e gratificante. O personal trainer, no Brasil, é muito elitizado. Com o site, servimos saúde a quem quiser se beneficiar dela", acredita Andrea.

Ferramentas da saúde A Adidas também oferece, em sua página na internet, um dispositivo para download, chamado miCoach, que orienta e dá dicas para quem deseja correr, pedalar, caminhar e até melhorar os resultados na partida de futebol, no jogo de tênis, basquete e futebol americano. A proposta não é personalizada, mas serve como um bom guia para iniciantes. Dicas e instruções ajudam a orientar os treinos, mesmo que genericamente, e minimizam os efeitos nem sempre positivos do autodidatismo.    

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