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Relacionamentos não são equações matemáticas

Relacionamentos não são equações matemáticas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:08

 

Frequentemente recebemos, aqui no Seja+, mensagens de usuários que dizem não compreender as razões pelas quais ainda não conseguiram encontrar um amor. Eles contam que já tentaram de tudo, tanto fora da Internet como no site (alguns recorreram ao site justamente por isso), e já não sabem mais o que fazer. 
 
Em muitas dessas mensagens, um "detalhe" me chama a atenção. Estas pessoas dizem não entender o que lhes acontece, pois elas têm todos os "requisitos" necessários para se encontrar um amor: são bonitas, atraentes, interessantes, cultas, têm boa conversa, têm boas intenções... Além disso, elas também fizeram "tudo certo" no site: preencheram seus perfis com o máximo de informações possíveis, inseriram muitas fotos, escreveram coisas interessantes o suficiente para chamarem a atenção de pretendentes... Mesmo assim, nada aconteceu. A questão que estes usuários trazem pode se resumir na seguinte pergunta: "se eu já fiz tudo direitinho, por que não estou conseguindo o que tanto desejo?". 
 
namoroPercebo que, nesses casos, ignora-se algo muito importante, mas que, por parecer banal, acaba sendo esquecido no dia-a-dia: relacionamentos não são equações matemáticas. Nos relacionamentos, não adianta fazer A para conseguir B. Relações não são mera questão de marcar diversos X em um formulário. As coisas não acontecem de maneira tão direta e objetiva. Por esta razão, a lógica do "se sou interessante, bem intencionado e meu perfil é atraente, vou conseguir o par que procuro", não funciona tão bem assim. 
 
E não funcionam bem por uma razão bastante simples: relações envolvem seres humanos, e seres humanos não são seres puramente racionais e objetivos. Somos imperfeitos, complicados, cheios de manias, temos personalidades complexas, fazemos coisas que nem nós mesmos entendemos, temos desejos contraditórios etc. 
 
É por este motivo que às vezes a pessoa perfeita parece estar diante de nós, mas nós simplesmente não nos interessamos por ela, e preferimos aquela outra que nem lembra que existimos. É por este motivo que às vezes um pretendente diz querer ter uma relação séria, com fidelidade e compromisso, mas na "hora H" desiste e diz não se sentir preparado para isso, nos deixando furiosos. 
 
As relações são compostas por uma quantidade muito maior de elementos subjetivos do que de objetivos (se é que podemos medir esse tipo de coisa). Não adianta querer lógica e racionalidade demais onde há subjetividade de sobra. E não se trata de uma subjetividade, que por si só já seria suficientemente complexa, mas de duas, que precisam se combinar, se entender, sintonizar. 
 
Com tudo isso, não quero dizer que não haja nada a se fazer, nem que todos os esforços em prol da busca por um amor sejam inúteis ou desnecessários. Nada disso. É preciso fazer todo o possível: sair, conversar, se arrumar, investir, preencher perfil, se mostrar interessante, marcar encontros, flertar, mostrar interesse, e tudo o mais que possa ajudar de alguma maneira. É importante, no entanto, não ver todas essas coisas como algo que vai tornar fácil e descomplicado o processo de encontrar um par. Tudo isso pode facilitar – e geralmente facilita bastante –, mas não tornará nada fácil. Porque a complicação maior não está em nada além do fato de sermos humanos.
 

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