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Solteira e muito feliz!

Solteira e muito feliz!

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:51

Ficar em casa no sábado à noite atracada a um pote de sorvete na frente da tevê não faz parte do script destas mulheres. Bem resolvidas, elas andam longe do perfil Bridget Jones. Se está 100% free, que tal aproveitar a vida como elas, em vez de apenas sonhar com um príncipe?

Amo minhas amizades de solteira!

Renata David, 30 anos

"Conheci meu ex-marido ainda na faculdade, aos 19 anos. Desde então, todos os passos que dei na vida tinham como objetivo segui-lo. Até minha especialização dentro da medicina se modificou por influência do relacionamento. Comecei fazendo pediatria, mas me transferi para a área preventiva depois de ficar encantada com o envolvimento dele nesse setor. Nossos programas de fim de semana ou no tempo livre eram sempre a dois. Nunca mais saí para extravasar em uma balada ou mesmo encontrar as amigas em bares. Não, ele não era nem um pouco controlador. Eu é que me acomodei e acabei vivendo a relação 24 horas por dia. Por isso, quando me perguntam o que estou tendo de diferente após a separação, não tenho dúvidas ao responder: "Muitos amigos". Minha irmã mais nova, Paula, que na adolescência era colada na minha turma, me religou ao mundo novamente. Agora, tenho contato com as solteiras que não dispensam um agito e são capazes de me arrancar de casa a todo custo quando estão dispostas a conhecer aquele bar badalado onde a paquera rola solta. Também fiquei amiga de outras mulheres que, como eu, já foram casadas e hoje estão reconstruindo a felicidade. Essas são ótimas de papo para jantares e troca de experiências. Tem também a ala gay da galera. Com eles, me divirto horrores. Há programa para todas as horas e, se estou precisando de um conselho sincero e delicado, adivinhe quem consulto. Recentemente, montei meu apartamento e, agora, além das baladas em grande estilo, estou curtindo receber. A sensação é de que meus horizontes se abriram. Com mais possibilidades para me divertir e aproveitar a vida. O tempo em que permaneci casada havia congelado esse meu lado sociável, animado, extrovertido. Hoje, aonde vou conheço gente, e a lista de telefones não para de crescer. Não preciso dividir as atenções com um homem. Se alguma paquera engatar, farei o máximo de esforço para manter minha roda de amigos. Afinal, nunca estive tão realizada e me sentindo querida como agora!"

Amo meu visual de solteira!

Thaiana Hamilton, 27 anos

"Quando ouvia o velho ditado 'Antes só do que mal-acompanhada', tinha calafrios! Como alguém poderia pensar em ser feliz sem um namorado para chamar de seu? Hoje sei que pensava assim por causa de minha baixa autoestima. Tinha uma silhueta mais cheinha e não conseguia gostar do que o reflexo do espelho mostrava. Só sobrevivi tantos anos sem me amar porque sempre havia um cara ao meu lado, me chamando de linda. Quando o príncipe virava sapo, me sentia a última das mulheres. Em meu último relacionamento, o rompimento doeu ainda mais. A gente tinha feito planos de casar! Entrei em choque. A tristeza era tamanha que me recusava a encarar o mundo. Me tranquei no quarto esperando que aquela dor passasse milagrosamente. Todos tentavam em vão me arrancar da catarse. E, por incrível que pareça, esse isolamento me ajudou a resgatar as forças perdidas dentro daquela Thaiana insegura. Me vi sozinha e livre de qualquer influência amorosa para dar a volta por cima. Resolvi emagrecer. Nem meu problema de saúde que dificulta a perda de peso serviu de desculpa. As roupas foram ficando largas e me animei. Voltei à vida social aos poucos. Também aderi aos fios dourados, fiz escova progressiva, cuidei das unhas, da pele... enfim! Serviço completo. Sou publicitária e, no trabalho, ou onde fosse, passei a receber dezenas de elogios. Não apenas por causa do novo shape. Era evidente que também aconteciam mudanças internas. Decidi fazer terapia. Tudo para intensificar esse processo de autodescobrimento. Não poderia ter acertado mais! Com ajuda profissional, sinto quanto tenho evoluído na minha reconstrução total. A transformação foi tão poderosa que até mudei de emprego. Quem me vê mal consegue enxergar a sombra daquela garota amuada e quilos mais gordinha. Arrasei, não foi?"

Amo minha liberdade de solteira!

Alessandra Ribeiro, 28 anos

"Sei bem o que é viver em função de alguém. Foi assim com meu último namorado. Nos fins de semana, estava sempre envolvida com a turma dele ou fazendo seus programas preferidos. Abri mão da minha individualidade e acabei sozinha. Quando terminamos, passei a valorizar demais a minha liberdade. Agora, posso me dar ao luxo de pegar o carro e ir aos lugares de que gosto (micareta, praia, balada...) - e voltar na hora que bem entender. Diga a verdade: tem coisa mais gostosa do que sair do trabalho - sou coordenadora de marketing - e fazer happy hour com as amigas para fofocar tranquilamente? E saber que terá tempo para se dedicar a um curso que quer muito fazer? Monto a programação de acordo com meu estado de espírito, sem precisar me preocupar em dar desculpas nem ter de convencer o namorado a me acompanhar ou consentir. Até me matar de malhar na academia ficou mais fácil. Acabei com a preocupação de procurar um top menos ousado só porque o moço poderia ficar enciumado. Me acostumei a não esperar alguém que tome a iniciativa por mim. Até encarei um ano na Austrália por conta e risco. E lá realmente testei minha capacidade de adaptação. Quando a gente fica totalmente só, aprende a fazer parcerias diferentes daquelas construídas a dois. Em Sydney, morei por um tempo com outro brasileiro, que foi embora seis meses depois. Tive de me recompor emocionalmente, pois senti falta dele. Mas já havia sido picada pela mosquinha da liberdade. Meu espírito aventureiro falou mais alto e fui conhecer a Tailândia. Voltei ao Brasil de alma lavada. Desde então, não abro mão de minha independência. Nunca mais quero sentir que deixei de lado novas experiências por estar presa a alguém ou com medo de não agradar ao outro. Enquanto o Sr. Ideal não bate à porta, sigo solteira, feliz... e livre."

Amo minha carreira de solteira!

Rafaela Akkari, 25 anos

"Sou produtora de tevê e já tive um namorado que se incomodava demais com minha rotina de trabalho. Eu acordava bem cedo para realizar seriados e reportagens para um canal estrangeiro e, mais tarde, dirigia externas de um programa de moda. Vivia cobrindo festas de marcas poderosas coalhadas de famosos e modelos até a madrugada. No meio de tudo isso, tinha de encarar uma DR com o então amor da minha vida ou ficar dando explicações pelo celular. A relação acabou dois anos atrás e vejo como as chances de aprimorar meu trabalho aumentaram de lá para cá. Fui contratada por uma emissora de tevê - tenho carteira assinada e tudo (uma raridade num meio em que a maioria é freelancer). Entre meus colegas de faculdade, sou uma das poucas que sobreviveram na carreira e tem conseguido trabalhos de destaque. Entro às 8 da manhã e saio às 16h30, e o programa é ao vivo. Imagina a responsabilidade? Tudo tem de estar perfeito e acontecer no timing correto. Depois, ainda me dedico a trabalhos extras. Tenho tranquilidade para programar meus dias, que são acelerados. Posso me entregar de corpo e alma aos compromissos. E fazer um pé-de-meia para comprar meu apê. Não estou fechada para relacionamentos. Encontrar um bom par faz parte do final feliz que todas queremos. Mas estar sozinha é bom também. Talvez o fato de eu trabalhar em tevê deixe a maior parte dos caras insegura. Mas não abro mão disso. Tudo o que quero é usar meu talento. Afinal, a carreira é uma parte importantíssima de mim."

Por: Paula Brandão Sereno

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