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Sucesso do álbum da Copa traz volta da brincadeira de bafo

Sucesso do álbum da Copa traz volta da brincadeira de bafo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

Aprenda dicas para se dar bem na tradicional disputa de figurinhas

Seus amigos não querem trocar as figurinhas que faltam para você completar o álbum da Copa do Mundo? Não tem problema. Convide-os para uma partida de bafo, a tradicional brincadeira de bater cromos. O iG Jovem vai ensinar você a se dar bem nessa disputa, na qual não existem muitas regras universais além do “virou, levou”. “Tudo depende da rua onde você mora, da escola que você estuda, do prédio onde você cresceu”, explica Arthur Solferini Marques, publicitário de 23 anos.

Solferini jura ter completado o álbum da Copa do Mundo de 1998 sem comprar nenhum pacotinho. “Pedi dez figurinhas emprestadas para um amigo e ganhei o álbum inteiro no bafo”, conta. Ele é o personagem do vídeo abaixo, em que explica um pouco da arte de “rapelar” os amigos. Confira e aprenda!

Basicamente, bater bafo consiste em dar um tapa seco em um monte de figurinhas empilhadas. Existem variações, como bater com a mão em concha, formando um espaço onde fica guardado um pouco de ar, dando “efeito” na figurinha. Ou o “pastelão”, uma enorme concha feita com as duas mãos. “Onde eu jogava, pastelão só valia se fosse pré-estabelecido”, explica Alberto Momesso Pescumo, 23 anos, outro perito no assunto.

Claro, existem os truques sujos. Malandro, Alberto ensina que na hora do tapa é possível virar figurinhas dando uma leve – e discreta – levantada nelas com o dedão. Nem é preciso dizer que o movimento é “ilegal” e proibido em todas as rodinhas de bafo do país. “Não podia, virava bagunça”, diz, rindo. “Também não podia ter saliva na mão, nem bater do lado do montinho pro vento feito pela mão virar as figurinhas”, explica.

Geralmente, a competição é feita por apostas de figurinhas em doses homeopáticas, mas às vezes os nervos esquentam, e aí começa uma disputa tipo “ou todas ou nenhuma.” Nela, o objetivo é provar que você é mais habilidoso “rapelando” de uma vez seus pobres amiguinhos. “Uma vez eu rapelei um moleque e o irmão dele veio pedir as figurinhas de volta. As figurinhas eram dele, mas eu disse que não adiantava chorar, aposta é aposta”, lembra Solferini. Alberto concorda. “O mais legal era rapelar os moleques e ter mais figurinhas que eles, mesmo sem ter o álbum”.

O publicitário acredita que o bafo é uma brincadeira que deveria ser preservada entre as crianças: “Coisas como bolinha de gude e bater figurinha são tradições que não podem acabar”. Ele está colecionando o álbum desta Copa com seu afilhado, de cinco anos. “Já ensinei a bater bafo, mas só de brincadeira. Ele ainda não joga pra valer”.

Embora a Panini, editora do álbum oficial deste ano, não divulgue os números de venda do produto, não é exagero supor que ele é um sucesso. É só fazer as contas: no último dia 22 foram roubados 135 mil pacotinhos de figurinha de uma distribuidora no ABC paulista, um total de 675 mil cromos. E eles só abasteceriam 50 bancas de jornal da cidade de São Paulo, de um total de aproximadamente 5 mil. É muita figurinha repetida pra bater bafo! “Completar o álbum com as figurinhas amassadas de bater bafo... não tem coisa mais gostosa”, conclui Solferini.

Postado por: Cristiano Bitencourt

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