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Um bom coaching pode ser um anjo da guarda para sua carreira

Um bom coaching pode ser um anjo da guarda para sua carreira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

Se escolher um curso para fazer na faculdade pode ser um processo confuso e estressante, ao se concluir o ensino superior a carga de responsabilidade para definir o rumo da carreira, em muitos casos, é bem maior. O desafio para o recém formado começa com a transição do mundo acadêmico para o corporativo, quando pode se ver diante de uma série de caminhos para seguir em sua profissão. O desafio é descobrir um rumo que leve a uma carreira de sucesso e de realização pessoal. Uma forma de ajudar nessa escolha é estabelecer uma estratégia de carreira. É aí que entra o coaching, um processo de auto-análise para organizar essas decisões. Para saber o que é e qual a importância dessa ferramenta, o iG Estágio e Trainee conversou com profissionais que aplicam o processo de coaching, também com quem foi coachee (que recebe o treinamento) e com aqueles que decidem aplicar o treinamento durante o programa de trainee, bem no início da carreira.

O que é o coaching – O nome dado ao profissional que faz o coaching pode variar de empresa para empresa. Além do coach, que em inglês significa treinador ou técnico, quem aplica esse processo pode ser um mentor, tutor ou apenas um profissional com mais tempo de casa. O acompanhamento do profissional recém chegado à empresa é bastante comum e bem antigo, pois vem desde o tempo do aprendiz e seu mestre. Mas a partir dos anos 90, esse treinamento já como um projeto de recursos humanos, passou a ser contratado por companhias para treinar seus executivos. Segundo João Mendes, sócio da consultoria Vicky Block Associados e um dos pioneiros do coaching no Brasil, esse processo chegou às empresas para desenvolver a liderança e as habilidades de gestão de gerentes e diretores, até presidentes. Consiste de um processo de auto-análise individual para descobrir pontos fortes e fracos do profissional, em relação a suas habilidades, e orientar na elaboração de uma estratégia de ação para melhorar o desempenho do profissional. Para os trainees, em que o coaching passou a ser utilizado mais recentemente, esse processo vai agir na orientação de carreira, criando reflexões sobre o potencial de cada um, através de situações do dia a dia e orientando ações de curto e longo prazo para também montar uma estratégia de ação para esse jovem profissional. Veja o passo a passo de como o coaching é feito.

Onde encontrar um coaching – O universitário ou recém formado que pretende receber a orientação de um coach de carreira deve primeiro verificar se a sua faculdade oferece esse tipo de treinamento. Segundo Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), que há 15 anos trabalha nessa área, o coaching está cada vez mais presente nas universidades, “principalmente nos cursos de MBA”. Ele cita os exemplos da Faculdade Oswaldo Cruz e Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), mas também há exemplos desse serviço na Faculdades Estácio, Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais do Rio de Janeiro (Ibmec-RJ) e Fundação Getúlio Vargas. Outra opção é receber o treinamento de coaching durante o programa de trainee, como o iG Estágio e Trainee mostra na reportagem sobre o processo de coaching no Grupo Pão de Açúcar e na consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). O consultor também orienta os interessados a procurarem os profissionais que oferecem esses serviços individualmente. O caminho pode ser o site da SBC, que mantém um cadastro com 3.500 coachs. O preço médio do treinamento completo, com dez sessões, é de 1,5 mil reais.

Como o coaching pode ajudar – O trainee que chega a uma empresa e já começa a ser orientado sobre o rumo de sua carreira terá mais condições de apresentar bons resultados e crescer na corporação. Só isso já justifica o investimento de companhias como o Grupo Pão de Açúcar (GPA), o maior empregador do Brasil, que oferece dois coachs para cada trainee durante o treinamento. “Um deles permanece como mentor executivo mesmo depois do programa”, diz a gerente de desenvolvimento de recursos humanos do GPA, Márcia Baena. Mas mesmo quem ainda não está trabalhando pode se beneficiar do coaching para, por exemplo, conseguir uma vaga. Veja como o coaching pode ajudar o candidato em uma seleção de emprego, segundo o exemplo de Villela da Matta:

1. Escolha para onde enviar o currículo: “O coaching pode ajudar na definição do rumo da carreira, assim o candidato a trainee terá mais foco nas empresas que oferecem melhores condições e para as áreas em que ele se adapta melhor”.

2. Elaboração do currículo: “O coaching visa dar mais condições de destacar pontos fortes e diferenciais de habilidades do coachee que pode, por exemplo, em um currículo substituir pontos fracos, como não ter feito uma faculdade reconhecida”.

3. Treino para testes online: “Se souber antes quais são seus pontos fracos, pode trabalhar para desenvolvê-los, como se dedicar a um curso de idiomas, por exemplo. Aplicamos os testes mais comuns para avaliar o coachee. E são testes reais e similares aos usados atualmente, uma vez que as empresas não costumam variar muito os que aplicam. Dá para prever”.

4. Dinâmicas de grupo: “Quem faz um bom coaching vai ter mais condições de chegar treinado para a dinâmica, como um atleta para uma competição. Saberá algumas técnicas que podem ajudar na seleção.”

5. Entrevista: “Assim como na dinâmica, o coachee conhecerá as pegadinhas mais comuns e onde a maioria costuma errar.”

Passo a passo do processo de coaching – Um treinamento de coaching para carreira, de acordo com João Mendes, da Vicky Block, costuma ter um processo padrão de autoconhecimento, para a reflexão do coachee sobre o que ele gosta de fazer e faz bem (suas habilidades), sobre como ele se vê trabalhando no futuro (seu objetivo), sobre o que precisa fazer para atingir seu sonho (suas ações) e a definição de prioridades e caminhos (estratégia). Veja mais detalhes sobre cada um dessas etapas.

1. Olhar para dentro – Uma auto-avaliação feita pelo coachee para saber o que ele gosta de fazer, quais atividades do trabalho desenvolve com satisfação, se gosta mais de tomar decisões, pesquisar, colaborar ou criar. Com base nessas informações, o coach ajuda o coachee a encontrar suas maiores habilidades.

Perguntas comuns nesta etapa: O que você faz bem? Quais as atividades que você gosta de fazer no trabalho? O que não gosta? Que área da empresa você se sente mais a vontade para trabalhar? Você se sente melhor para ações globais ou se preocupar com o detalhe?

2. Olhar a longo prazo – O objetivo é verificar o que faz sentido na vida do coachee e não prever o futuro, dizem os especialistas. É o momento para descobrir quais atividades e habilidades podem trazer realização para o coachee.

Pergunta comum nesta etapa: O que você gostaria de fazer daqui a dez ou 15 anos?

3. Olhar a curto prazo – É o momento de saber o que fazer para chegar aos objetivos traçados pelo coachee. O mais comum é fazer uma lista de coisas que devem ser feitas em três áreas: formação, networking e pessoal.

Perguntas comuns nesta etapa: Quais são as experiências e conhecimentos necessários para alcançar seu objetivo (formação)? Que tipo de relacionamentos (networking), ou seja, quem pode ajudar: professor, gestor, gerente, colegas? Que cuidados deve ter em relação a finanças, saúde, com a família (pessoal)?

4. Compartilhar as respostas – É a etapa externa do coaching, quando o coachee vai falar com pessoas para dividir as definições das fases anteriores. Este é o momento de ouvir as pessoas com quem convive no ambiente social, profissional e pessoal e descobrir se as respostas obtidas na auto-análise têm a ver com ele.

5. Decidir o que fazer – Hora de estabelecer a estratégia de ação. Devem-se definir quais cursos vai fazer e quando, onde e como vai conhecer pessoas, aproximar-se de projetos e setores da empresa, e principalmente começar a agir para alcançar seu objetivo de carreira.

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