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Unicamp é única brasileira no ranking de universidades jovens

Unicamp é única brasileira no ranking de universidades jovens

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:07
unicampA publicação britânica Times Higher Education (THE), responsável pelo mais respeitado ranking internacional de universidades, divulgou nesta quarta-feira-feira uma lista com as cem melhores instituições de ensino superior com menos de 50 anos de existência. Para o Brasil, uma boa e uma má notícia: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ocupava o 44º lugar em 2012, avançou 16 posições e chegou à 28ª colocação. Por outro lado, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), que havia se classificado na 99ª posição na última edição, ficou de fora neste ano. O Brasil é o único país da América do Sul a figurar no ranking e também o único do chamado BRIC, grupo de nações em desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia e China. 
 
Em entrevista ao site de VEJA, Phil Baty, editor da revista, afirmou que a Unicamp progrediu nos treze indicadores considerados pelo estudo. Contudo, a evolução mais expressiva foi registrada no item que mede a qualidade da produção científica da universidade e o quanto ela contribui para o conhecimento global.
 
"É nítido o esforço da instituição no sentido de disseminar e tornar mais influentes as pesquisas que produz. A atual posição ocupada pela Unicamp no ranking de novatas sugere que em breve poderemos encontrá-la também ranking principal, que apresenta as 200 melhores universidades do mundo", diz. Na última edição desse levantamento, que desconsidera a idade das universidades, o Brasil foi representado apenas pela USP, na 158ª posição. A Unicamp apareceu listada entre a 251ª e a 275ª posições – após a 200ª colocação, as instituições são reunidas em grupos de 25.
 
Apesar dos elogios à Unicamp, Baty admite que esperava um desempenho melhor do Brasil no ranking de instituições jovens. "É preocupante que um país com o tamanho e a riqueza do Brasil seja capaz de destacar apenas uma universidade. Além disso, considerando todos nossos rankings, as únicas 'estrelas' do país são do estado de São Paulo", diz. "Isso é um indicativo de que muito ainda precisa ser feito para que as universidades brasileiras se tornem competitivas".
 
Pelo segundo ano consecutivo, a lista de melhores universidades jovens é encabeçada pela Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, na Coreia do Sul. Em segundo lugar, está a Escola Politécnica Federal de Lausana, na Suíça, seguida pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Avançada, também na Coreia do Sul (conhecido como Kaist).
 
Com dezoito instituições na lista, a Grã-Bretanha é a nação com maior representatividade. Depois, destaca-se a Austrália, com treze. Vale registro ainda o bom desempenho de França e Espanha, com sete e seis nomes cada um, respectivamente. Segundo Baty, o estudo mostra que séculos de história e tradição ou uma boa reputação não são suficientes para manter universidades tradicionais no topo. Caso queiram continuar na dianteira, elas precisarão trabalhar duro: "As instituições jovens estão mostrando um potencial enorme de crescimento e são sérias candidatas a se tornarem forças globais". 
 

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