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Velocidade, adrenalina e diversão nos jogos

Velocidade, adrenalina e diversão nos jogos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:50

Com perseguições policiais, simuladores reais de pilotagem e efeitos 3D, os racing games de hoje acompanharam a evolução tecnológica e não lembram, nem de longe, os jogos com gráficos simplórios e efeitos sonoros esporádicos de meados da década de 80. A paciência e a imaginação deram lugar à intensa necessidade de criar bólidos o mais próximo do real, sem comprometer a jogabilidade.

Para agradar o público-alvo, as empresas de games escolhem entre dois conceitos diferentes antes de criar novos jogos ou dar sequência às séries. O primeiro é o fator simulação, com réplicas oficiais dos carros, patrocínios e sistema de danos. O outro é mais descompromissado e voltado para a pura diversão, com vários modos online e com elementos absurdos, como explosões, trapaças e manobras impossíveis. "Em todos os casos, o obrigatório para um racing game é a sensação de velocidade que ele consegue proporcionar ao jogador", aponta Odir Brandão, editor do canal de games do portal POP.

De olho nos principais lançamentos que estão no mercado, o Guia da Semana organizou uma lista com dez jogos marcantes da história dos games de corrida. Faça um tour pelos clássicos e pé na tábua.

Enduro (1983)

Embora não seja o game de corrida pioneiro - título pertencente a Gran Trak 10 (1974) -, o game feito para o Atari 2600 foi o primeiro a ocupar a memória dos fanáticos por velocidade, há mais de 25 anos. Era preciso muita imaginação para acelerar pelas suas pistas virtuais, de gráficos modestos, sem trilha sonora e com efeitos repetitivos. O objetivo da corrida era passar uma certa quantidade de carros a cada dia, para permitir ao jogador continuar no dia seguinte. Na época do lançamento, se um jogador conseguisse correr por cinco dias ou mais, um troféu de corrida aparecia na tela. Se o player enviasse a fotografia do troféu para a Activision, receberia um patch que o declarava um "Activision Roadbuster".

OutRun (1986)

Na época em que a Sega dominava as indústrias de games, o OutRun inovou ao apresentar um novo filão: réplicas dos superesportivos das montadoras. No volante de uma Ferrari Testarossa, o jogador acelerava por cenários paradisíacos com uma bela loira ao lado. Além dessa opção, estavam disponíveis os modelos Chevrolet Corvette, Porsche 911 Carrera, BMW Cabriolet e - o jogador ainda podia escolher a trilha sonora da viagem. O sucesso foi tamanho que o jogo ganhou uma sequência 17 anos depois e recentemente foi criada uma versão para Xbox 360 e Playstation 3.

Super Monaco GP (1989)

Um dos mais glamorosos circuitos da Fórmula 1 serviu de título para uma série de jogos da Sega para Arcade, Master System, Mega Drive e Game Gear. A temporada tinha 16 circuitos e apresentava um bom gráfico, trilha sonora bem trabalhada e alto grau de dificuldade. O player contava ainda com os ajustes que tinha que fazer na asa, pneus e escolha de motor de acordo com o tipo de pista. O jogo ganhou uma continuidade com Ayrton Senna's Super Monaco GP II, lançado em 1992.

Road Rash (1991)

Partindo para as duas rodas, o jogo é uma série produzida pela Eletronic Arts na qual o jogador participa de um violento racha em rodovias norte-americanas, com direito a fuga policial, uso de correntes e bastões para derrubar os inimigos. Criado para Mega Drive, ele usa uma perspectiva de visão em terceira pessoa e foi o primeiro game de corrida a promover o combate físico entre os participantes.

Top Gear (1992)

Baseado em Rad Racer, um jogo de grande sucesso no Famicon, ele se transformou em um dos maiores clássicos do Super NES. Tinha como objetivo fazer o jogador se tornar o piloto mais rápido do mundo correndo em diversos países. A trilha sonora ainda hoje é aplaudida por fãs e tida como uma das melhores já feitas, competindo com músicas de artistas como Koji Kondo (The legend of Zelda e Super Mario World) e Nobuo Uematsu (Final fantasy). A Kemco lançou mais duas versões, além do Top Gear Rally (1997) para Nintendo 64. Mas a sequência não fez sucesso, e a série parou por aí.

Super Mario Kart (1992)

Para vencer os adversários, aqui o jogo sujo anda lado a lado com a estratégia. A Nintendo colocou no mercado diversos personagens da franquia na linha de largada, para disputar em provas em pistas relativamente simples. Com objetos dos mais diversos, como casca de banana, cogumelo, estrela de invencibilidade e cascos de tartaruga, os oponentes galgam a primeira colocação. Com a opção multiplayer (jogo de até quatro pessoas), o game se transformou em uma verdadeira arena entre amigos. O sucesso foi tamanho, que também ganhou títulos para os consoles Nintendo 64 e Nintendo Wii.

Daytona USA (1994)

Exemplo clássico de carreira-solo, esse jogo da Sega apresentou gráfico com maior fluidez vista até então. A base foi o game Virtua Racing (1992), e o jogo contava com três pistas altamente detalhadas e um sistema de física de direção que desafiava o jogador a achar a melhor trajetória para completar as voltas rapidamente sem beijar os muros. Foi aclamado pela crítica e ainda hoje é tido como um dos jogos para Arcade mais bem-sucedidos de todos os tempos. Embora os donos de fliperama lucrem até hoje com a máquina, o jogo não teve o mesmo sucesso nas sequências para o console.

Destruction Derby (1995)

O foco aqui não é a velocidade, mas sim a destruição. Produzido pela Psygnosis para Super Nintendo, o principal objetivo desse racing game é sobreviver com o carro, somando pontos batendo nos outros autos e fazendo eles derraparem. Com espetaculosas colisões e peças voando para tudo que é lado, o conceito foi muito bem assimilado pelo mercado, que desenvolveu jogos como Flatout e a série Burnout, posteriormente.

Gran Turismo (1997)

No limite máximo de realismo que um game de corrida pode ter, o jogo criado pela Sony para Playstation surgiu para bater a hegemonia do Need For Speed e propor aos jogadores um simulador de corrida completo, incluindo até a necessidade de tirar a licença para dirigir. Nas sequências da franquia, os equipamentos auxiliares (volante, pedal e câmbio) ofereciam mais profissionalismo aos corredores, que escolhiam os bólidos baseados em modelos e protótipos reais, das maiores e mais conhecidas montadoras de carros do mundo. Deu tão certo que uma das grandes esperas de 2010 foi o Gran Turismo 5, para Playstation 3. Com mais de 800 carros, o jogo conta com danos externos a todos os veículos, carros da Nascar e tecnologia 3D.

Need For Speed Underground 2 (2004)

Embora não seja o primeiro, foi o que ofereceu um novo conceito de jogo para os fanáticos por corrida. Andando por uma cidade noturna cheia de carros, o jogador sai sem destino até encontrar uma corrida interessante. A principal mudança aqui não está na velocidade, nem nas pistas, e sim na possibilidade de personalizar seu auto, desde a cor da calota até o formado do velocímetro.

O Need for Speed: hot pursuit é o a última sequência da franquia e dessa vez o jogador pode ser um fugitivo dono de uma Lamborghini ou um policial rodoviário com o carro do mesmo estilo. O game de 'polícia e ladrão' é jogado em partidas on-line, com a possibilidade do primeiro contar com bloqueios e chamar helicópteros de apoio, enquanto o fugitivo provoca interferências no radar e conquista segundos preciosos à frente.

Por Leonardo Filomeno

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