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Videogame pode fazer bem à saúde

Videogame pode fazer bem à saúde

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

Ano após ano, os videogames surpreendem seus novos e antigos fãs com consoles altamente desenvolvidos, gráficos mais próximos da realidade e tramas para todos os gostos. Mas eles têm também um “recurso” que poucos conhecem – eles já permitem que você diga: “Mãe, jogar videogame faz bem à saúde!”

Qual é o milagre? Trata-se do grande número de estudos lançados nos últimos anos que mostram os benefícios do uso de videogames tanto para a educação de adolescentes, quanto para o auxílio em tratamentos de doenças de diversos tipos. Parece que cai aquela velha história de que os únicos efeitos que jogar videogame traz são fazer mal para vista, formar jovens violentos, sedentárias e distraídos.

Uma boa nova recente vem do instituto de pesquisas e desenvolvimento de técnicas para o uso terapêutico dos videogames, Health Games Research. De acordo com o estudo “Game Changer: Investing in Digital Play to Advance Children's Learning and Health”, feito pela organização, jogar durante a infância pode ser extremamente positivo para o desenvolvimento de habilidades que a criança levará para sempre em sua vida.

Exemplo: prestar atenção na história de cada jogo contribui para aumentar o vocabulário do jogador e sua habilidade de compreensão e comunicação; passar de fase em fase ajuda a criar um pensamento sistêmico na cabeça do gamer, que começa a considerar o impacto de cada ação na complexidade do todo; e, além disso, jogar videogame estimula a criatividade como poucas coisas conseguem. A despeito do que “os adultos” imaginam, mandar bem num jogo não é tarefa fácil, e para se dar bem nos desafios é preciso ser bastante inteligente.

Controle dos sonhos

Exercitar a reflexão e a criatividade é bacana. Mas a história começa a ficar interessante mesmo quando pesquisadores ao redor do mundo passam a utilizar os consoles, por exemplo, para recuperar pacientes diagnosticados com transtornos mentais, auxiliar no tratamento de doenças da visão e traumas físicos, inspirar professores a dar aulas mais interessantes e até para ajudar você a ter mais controle sob sua mente e seus sonhos.

Isso mesmo. Segundo estudo realizado pela Grant MacEwan University, gamers de alta freqüência – tipo, os mais viciados – têm capacidade de relatar seus sonhos com lucidez e detalhamento, bem como de controlar suas ações dentro do mundo fantástico do sono, conseguindo tanto participar ativamente quanto apenas vislumbrar seus sonhos como mero observador. Entre as pessoas que não jogam videogame frequentemente, a capacidade de detalhamento e controle dos sonhos é muito menor.

Como são muitos estudos (e para que você tenha argumentos o suficiente quando quiser bater uma lutinha no seu UFC, ou quem sabe golear naquela partidinha de Winning Eleven antes da janta), separamos 14 pesquisas que mostram que os consoles podem trazer, sim, benefícios para a saúde – ou que dá para inventar games muito úteis à humanidade. Embora continue valendo aquela regra preciosa, que se aplica a quase qualquer coisa na vida: em exagero, tudo faz mal.

Mira na depressão e atira!

Quem está dizendo: Popcap Games

O que dizem: De acordo com o levantamento, jogar videogame ativa o sistema parassimpático do cérebro (responsável pela redução da tensão natural causada pelo estresse), ajudando pessoas com quadro de depressão a se sentirem mais seguras e felizes – jogos de computador, tabuleiro, cartas e outros tipos também podem contribuir para isso.

Presta atenção!

Quem está dizendo: Universidade de Melbourne

O que dizem: Jovens com quadro de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são dispersivos e lidam frequentemente com a frustração. No videogame, se o jogador se dispersa, ele não passa de fase – simples assim. De acordo com o estudo, os jogos compelem o jovem a ter atenção e se concentrar no jogo, reduzindo os efeitos do TDAH nas atividades.

Jogo de ação pode melhorar a visão

Quem está dizendo: Nature Neuroscience Journal

O que dizem: A prática pode beneficiar pessoas com ambliopia – vulgarmente conhecida como olho preguiçoso – e aqueles que têm dificuldade de enxergar ao dirigir à noite. Como? De acordo com o estudo, os videogames de ação treinam o cérebro a processar a informação visual de forma mais eficiente, melhorando a sensibilidade ao contraste.

Jogo de ação pode melhorar a visão 2

Quem está dizendo: University of Rochester, de Nova York

O que dizem: Pessoas habituadas a jogar games com altos níveis de ação algumas horas por dia, durante um mês, melhoram em 20% sua capacidade de identificar símbolos em meio a uma confusão visual, melhorando seu foco. De acordo com o estudo, jogos de ação estimulam o sistema visual humano aos limites, e o cérebro se adapta a ele, prolongando o efeito de melhora na visão.

Cegos jogando tênis e boliche?

Quem está dizendo: University of Nevada

O que dizem: No estudo, um recurso de aprendizagem motora permitiu a jovens cegos jogar versões adaptadas de games de esportes dos consoles atuais, como tênis e boliche. Para encontrar o sentido de rebater a bola é liberado um feedback por vibração e áudio. Efeitos de voz também são usados para indicar o resultado de cada lance.

Emoção em crianças autistas

Quem está dizendo: University of Alabama, em Birmingham

O que dizem: Jogo criado especialmente pela Symbionica L.L.C. para tratamento de autismo simula expressões faciais e emocionais em um avatar para ajudar crianças autistas para lidar e reconhecer esse tipo de comunicação. Pacientes com Síndrome de Asperger são o grupo com melhores resultados no estudo.

Game contra o câncer

Quem está dizendo: Stanford University

O que dizem: Eles criaram um game que simula o que acontece dentro do corpo de pacientes com câncer. Os jogadores controlam um pequeno robô que viaja através do corpo humano para destruir células cancerígenas nocivas. O jogo é uma espécie de apoio ao tratamento pesado e temeroso da quimeoterapia, e ajuda jovens pacientes a entender e lidar melhor com a questão.

O Nintendo Wii e a coordenação motora

Quem está dizendo: Vários

O que dizem: Estudos comprovam a eficiência do uso de simuladores de esportes como tênis, baseball e outros, lançados pelo Nintendo Wii, no auxílio ao desenvolvimento da coordenação motora em crianças com dificuldades, bem como no redesenvolvimento de sobreviventes de derrame e na recuperação de lesões. E serve também como um tratamento divertido para pacientes com necessidade de fisioterapia ou que querem perder peso.

Jovens com HIV aprendem sobre sexo seguro

Quem está dizendo: University of Texas - School of Public Health and Baylor College of Medicine

O que dizem: Um jogo criado por eles ajuda a trazer informações sobre sexo seguro e dicas sobre a redução de riscos para jovens com HIV positivo.

Aprenda a comer legumes e verduras!

Quem está dizendo: Baylor College of Medicine

O que dizem: Os pesquisadores criaram um jogo que tem como objetivo ensinar as crianças a comer mais frutas, verduras e legumes, além de ajudar na prevenção da obesidade infantil e diabetes tipo II.

Escola de medicina usa game

Quem está dizendo: Duke University Medical Centers

O que dizem: Simuladores de vida, parecidos com os utilizados para criar realidade virtual nos videogames, permitem a estudantes de medicina fazer cirurgias virtuais de coração e muitas outras.

Jogo simula prática de incêndio

Quem está dizendo: Departamento de Ciências da Computação da Durham University

O que dizem: O sistema 3D dos jogos de videogame foi utilizado para criar o modelo virtual de um dos departamentos da universidade, a fim de simular um caso de incêndio e ensinar as pessoas a lidar com o problema.

Videogame para seus avós

Quem está dizendo: ACBR Marketing Research

O que dizem: Exercícios cognitivos proporcionados por jogos de videogame podem aumentar a corrente sanguínia no cérebro, fazendo com que ele mantenha seu funcionamento ou mesmo aprimore suas habilidades na terceira idade, além de motivar vovôs e vovôs a serem mais ativos.

Tetris para evitar flashbacks traumáticos

Quem está dizendo: Departamento de psiquiatria da University of Oxford

O que dizem: O estudo se aproveita do fato de que a forma de organização envolvida no Tetris exige os mesmos recursos mentais (visuais e espaciais) que os flashbacks – lembranças traumáticas involuntárias. Assim, o processo sensorial perceptivo das cenas traumáticas são diluídas pela interferência do jogo, de forma que os flashbacks tornam-se menos recorrentes.

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