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Você se apega muito rápido?

Você se apega muito rápido?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:11

Ansiedade e/ou carência são sentimentos muito comuns antes que os relacionamentos comecem. Se queremos muito ter um(a) namorado(a), geralmente uma certa dose de ansiedade nos acompanha. De maneira semelhante, alguma carência também se faz presente, do contrário sequer nos importaríamos em ter um(a) companheiro(a). Acontece, porém, que, quando excessivas, ansiedade e/ou carência podem ser grandes inimigas dos relacionamentos, especialmente quando estes estão começando. Isso porque são elas que fazem com que uma pessoa se apegue por alguém que mal conhece, que a faz acreditar que este alguém é o(a) tão sonhado(a) príncipe/princesa. 

Em outras palavras, ansiedade e/ou carência podem fazer qualquer um enxergar a realidade de maneira distorcida, geralmente para melhor. O(a) pretendente deixa, assim, de ser percebido(a) como uma pessoa de carne e osso para ser exageradamente idealizado(a), ganhando tons de perfeição. Esta perfeição, no entanto, evidentemente não está no outro, mas nos olhos de quem o vê. Como não há quem não gostaria de ter alguém perfeito ao seu lado, surge um apego geralmente precoce demais. 

Mas será que se apegar demais é sempre ruim? Eu diria que não necessariamente, não como uma regra. Se as duas pessoas envolvidas estiverem no mesmo ritmo, ou seja, ambos igualmente apegados, dificilmente haverá algum problema. O mais comum, porém, é que este apego exagerado seja unilateral, experimentado apenas por um, o que acaba sendo prejudicial. 

E quais podem ser as consequências de se apegar assim, principalmente quando a outra pessoa não está igualmente envolvida? Em primeiro lugar, é muito frequente que o(a) "apegado(a)" comece a fazer cobranças à outra pessoa. E o que é ainda pior: muitas vezes ele(a) sequer se dá conta de que está fazendo isso! Um dia depois de ter saído com o(a) pretendente, ele(a) já está pensando: "ele(a) não me ligou, não deve estar interessado(a)!". Depois de dois ou três encontros, o(a) “apegado(a)” já está pensando em namoro, em conhecer família, já faz planos para as próximas férias... É como se ele(a) quisesse viver alguns meses (ou anos, em alguns casos!) em poucos dias. Mesmo que não diga nada, tudo isso está na mente, e tudo o que está na mente de alguma forma é passado para o outro. 

O apego exagerado acaba levando a cobranças - diretas ou indiretas - precoces demais. Essas cobranças, por sua vez, muitas vezes acabam assustando a outra pessoa. E não é para menos. Imagine se você está conhecendo alguém, tendo os primeiros contatos, as primeiras conversas, começando a identificar afinidades e gostos em comum, e este alguém já vem se dizendo apaixonado(a) por você, querendo namorar, cobrando ligações, compromisso etc... É ou não para se assustar? E quando um relacionamento ainda está muito no começo, se assustar, na maioria dos casos, significa se afastar. Afinal de contas, se já começou assim, como não poderá ser mais tarde? 

O que fazer, então, para evitar que tudo isso aconteça? Como não se apegar em excesso, como não fazer cobranças, como fazer para que o outro não se sinta pressionado e não se afaste? Lembra que eu disse lá no começo que geralmente o apego exagerado costuma ser resultado de ansiedade/carência excessivas? Pois bem, o melhor a se fazer é justamente "atacar" por aí, tentando manter estes sentimentos a níveis, digamos, "controlados". 

Antes de qualquer coisa, tente ter calma. Relacionamentos não devem ser apressados, pois eles têm um tempo próprio, que não depende de apenas um, mas dos dois envolvidos. Respeite o ritmo do outro, sem cobrar que ele tenha o mesmo que você. Não tente queimar etapas, pois cada etapa é importante, e pular uma delas fará falta no futuro. Ouça o outro sempre, procure entender como ele está se sentindo, como está percebendo a relação, o que está planejando para o futuro. Faça planos junto com ele(a), e não sozinho(a), para depois encaixá-lo(a) no que você pensou. Finalmente, algo fundamental: não veja nenhum(a) pretendente como "o(a) salvador(a)", "a última esperança", nem nada parecido com isso. Lembre-se que, se não der certo com este(a), poderá dar com outro(a).

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