E agora, balidos ou latidos?

E agora, balidos ou latidos?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Estes dias fui entrar na casa de um amigo e ouvi o latido de um cachorro, mesmo ele falando que o cachorro dele não mordia, eu não quis entrar, fiquei receoso e não quis arriscar, pois pelo latido não parecia um cachorro pequeno.

Antes dos cachorros serem domesticados, quando eram selvagens e caçavam para comer, o seu latido era reconhecido e temido de longe, principalmente pelos pastores, pois os cães eram um dos predadores de suas ovelhas.

Poucos sabem, mas o barulho que as ovelhas fazem se chama balir, e é a única forma de "defesa" desse animal, se é que podemos chamar um grito de um animal de defesa.

Naquela época o pastor não tinha dúvida entre balidos e latidos, sabia claramente distinguir um e outro e sua reação, dependendo do barulho, era oposta. Uma era de defesa e outra era de acolhimento.

Mas o que era fácil naquela época é cada vez mais difícil hoje em dia.

Temos, como cristãos, que estar prontos para cuidar de pessoas. Esta não é uma "obrigação" apenas dos pastores e sim de todo aquele que um dia sentiu o cuidado de Deus.

Mas como é difícil sabermos o que é um balido ou um latido.

Em todas as áreas ouvimos críticas e reclamações e elas podem nos deixar mais fortes ou até nos destruir.

O grande problema é distinguir se a critica é um balido de uma ovelha precisando de ajuda, ser pastoreada, amparada ou, simplesmente ser ouvida, pois estes estão desesperados pedindo socorro e não sabem o que fazer, por isso reclamam.

Mas também tem os velhos fariseus, como diria Paulo: "cuidado com os cães" (Fp. 3:2). Estes criticam para destruir, para humilhar, por ciúmes ou para se exaltar. São latidos que repercutem por todos os lados e que se não estivermos atentos, poderão ser confundidos com os balidos.

Acredito que podemos crescer e aprender com qualquer tipo de crítica, mesmo sabendo que com os balidos é muito mais fácil.

Mas precisamos não errar em querer agradar os cães, pois eles não são o nosso foco e nem o nosso rebanho.

Vamos aprender com todas as críticas, mas não vamos gastar nosso tempo ou vida com os latidos, e sim com os balidos.

Marcos Botelho é pós-graduado em Teologia Urbana, Missionário do Jovens da Verdade, SEPAL. Professor da FLAM - Faculdade Latino Americana de Missões e responsável pelo Terra dos Palhaços Brasil.

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