A etnia do povo de Deus

A etnia do povo de Deus

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Há milhares de anos, ser integrante do povo de Deus, era privilégio apenas do povo judeu, pois as promessas de Deus feitas a Abraão, facultaria apenas as pessoas da sua prole a participarem das benções do Altíssimo, fazendo com que o povo judeu praticamente monopolizasse as bem-aventuranças do Senhor.

Com a vinda do Messias, o Cristo de Deus, as portas foram abertas para todas as pessoas através da pregação do evangelho, e isso resultou numa mixagem de pessoas de todas as raças que tiveram livre acesso a Deus. Criou-se aí um povo chamado igreja.

Naquele tempo já se desenhava o perfil deste povo, que ao longo dos anos cresceria multiplicadamente sobre a face do planeta, agregando em torno de si pessoas de todas as classes sociais.

Na primeira formação do contingente de Jesus, já aparecia pescadores, micros empresários, funcionários públicos, etc.

Na segunda formação, ou seja, nos tempos apostólicos, o evangelho penetrou nas elites e foi arrebanhando pessoas da estirpe de Paulo, homem culto e politicamente muito influente, que mexeu com as estruturas destas elites. Trazendo para o clã de Jesus, gente de todas as esferas sociais e culturais, inclusive de dentro do governo.

Com o surgimento do Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero, o evangelho tomou proporções ainda maiores,  abrindo fronteiras e penetrando definitivamente não apenas na cultura das pessoas, mas invadindo seus corações.

No Brasil, há algumas décadas passadas, o povo chamado ?crente? era basicamente formado por pessoas de baixo nível cultural e gente bem pobre.

Muitos pregadores incutiam isso na cabeça das pessoas, afirmando que quanto mais pobre fosse o homem, mas próximo de Deus ele poderia chegar.

Criou-se, então, a cultura da miséria. As igrejas eram casebres e o povo que servia a Deus era paupérrimo. Ser cristão era sinônimo de miserável e feio.

As pessoas eram fervorosas, conheciam a palavra de Deus, mas se tornavam infrutíferas devido a mentalidade retrógrada que ostentavam, ?em nome de Deus?.

Mas no decorrer dos tempos a cultura do evangelho foi invadindo corações de pessoas de outras camadas, e começou aparecer no meio dos filhos de Deus homens e mulheres que em tempos passados jamais poderíamos conceber, que veríamos numa igreja.

Empresários de renome, artistas, atletas e intelectuais em todo o mundo foram juntando-se às fileiras dos salvos e patrocinaram a construção de templos belíssimos e programas de rádio e televisão com mensagens eloqüentes e modernas que permitiu a difusão em massa do evangelho. Fazendo com que o povo de Deus se multiplicasse mais rapidamente, e fosse visto, não apenas como pessoas sem cultura, mas como pessoas respeitadas e capacitadas, com opiniões definidas a respeito de todos os assuntos de que se possa falar na sociedade.

Com esta evolução, tanto espiritual quanto cultural, o evangelho voltou a penetrar nos poderes públicos, homens e mulheres de Deus voltaram a ser vistos também no cenário da política e da ciência.

Nos anos mais atuais, com a conversão de artistas, os jovens foram aderindo à prática da fé e a música moderna, rechaçada pela igreja até então, ganhou um espaço importante nos púlpitos das igrejas. Que logo foram se transformando em verdadeiros palcos de bandas que, com instrumentos arrojados e um som divertido e atual, permitiu que o evangelho encontrasse lugar de destaque entre as galeras de guetos, dos estádios, do cinema, das escolas e das drogas.

Hoje, através da internet, Deus continua fazendo suas últimas chamadas, para pessoas de todo planeta virem a Ele, para que tenham também um lugarzinho no Reino dos Céus.

Rafi Dias é pastor e escritor, formado pelo Instituto Teológico Quadrangular.Pastoreia há 26 anos uma Igreja em Joinville (SC). Já escreveu para o Jornal Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e tem dois livros publicados.

Contato: [email protected]  

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