Ano de política

Ano de política

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Este é um ano de eleições e, particularmente, as pessoas são arredias a este assunto. No entanto, não podemos nos distanciar disso. A política está dentro de todos nós, não apenas como um direito ou dever civil, mas como um estilo de vida criado pelo próprio Deus.

Ser político não é privilégio de muitos, no entanto, fazer política é obrigação de todos nós. Não precisa ser expert no assunto para avaliar as coisas que estão ao nosso redor. Mas cabe a nós, nos levantar contra o sistema injusto que permeia nossa sociedade através da arma que temos chamada voto e da formação de opinião que somos capazes de fazer.

Ao invés de dizermos que todo político é corrupto, devemos ensinar as pessoas que nada está tanto em nossas mãos, quanto a capacidade de escolhermos os políticos. E também o direito de sermos um deles, e assim sendo, estabelecermos um perfil de homem ou mulher pública que achamos conveniente para a nossa cidade, estado ou nação.

Houve um tempo em que o povo de Deus se omitia deste assunto e por falta de informação aderia a idéia de pessoas de bem, mas que sem conhecimento, ou mais que isto, sem discernimento do que realmente é a política, ficava a mercê dos acontecimentos. E por esta razão, muito provavelmente perdemos a oportunidade de termos grandes homens públicos movidos pelo conceito de que a política é um mal que nunca deveria fazer parte da família de Deus.

Perdemos muito com isso, porque enquanto nos esquivamos da política, e nos omitimos, a política andou, o mundo anda, a vida anda. Enquanto perdemos oportunidades de elegermos gente de bem e tementes a Deus, tivemos que confiar nosso voto a homens ímpios e que não teriam nenhum problema em criar leis e projetos que venham na contra mão dos bons costumes e da própria palavra de Deus.

A política não corrompe o homem, homens corruptos estão na política. Quem os elegeu? Que outras opções tivemos? Onde estavam os bons homens durante os comícios, para que déssemos nossos votos a gente tão errada e sem índole?

A Bíblia trata a política com a maior seriedade e isso já vem dos próprios pensamentos divinos. Deus criou o homem para que ele reinasse, fosse cabeça, estivesse por cima. Mas a cultura humana é de descaso com a vontade de Deus, então, aceitamos estar por baixo e dizemos que quem está bem é do mal. Tá errado.

Nestes últimos anos, a gente tem visto uma mudança neste conceito, e graças a isso, temos visto entre o povo de Deus uma preocupação em estar juntos e opinar nas horas de tomar decisões importantes dentro da política. E não poucos homens e mulheres de Deus, que julgamos serem as pessoas ideais para estarem no centro das decisões, têm se levantado como opções de voto em todo Brasil, e em todos os níveis da nossa política.

Tomara que estas pessoas estejam bem informadas a respeito do que irão representar nos poderes públicos. Pois isso implicará com toda certeza numa mudança, ainda que a longo prazo, no perfil das pessoas que tomam decisões no país. E nós, meros eleitores, devemos compreender que estes homens e mulheres, que estarão à frente das buscas de votos, são pessoas comprometidas com o pai das alturas, em quem não há mudança, nem sombra de variações. E que elas precisam de nossa bênção e confiança para se tornarem aquelas por meio dos quais venhamos a ter um dia, um outro conceito a respeito deste assunto que envolve tanto as nossas vidas, chamado política.

Vamos votar sim, vamos eleger alguém sim e, que depois das eleições, tenhamos a certeza de que elegemos pessoas certas, e que possamos dizer: os políticos são pessoas de bem.

Rafi Dias é pastor e escritor, formado pelo Instituto Teológico Quadrangular.Pastoreia há 26 anos uma Igreja em Joinville (SC). Já escreveu para o Jornal Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e tem dois livros publicados.

Contato: [email protected]

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