A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tem acompanhado, com preocupação, os sinais sobre a intenção do governo da Argentina em restringir importações de alimentos produzidos no Brasil.
Nos últimos dias, a imprensa dos dois países tem divulgado, de maneira ampla, a intenção da Secretaria de Comércio Interior da Argentina de proibir as importações de alimentos processados que tenham fabricação similar local, sob a alegação de proteger a sua indústria.
Há fortes indícios de que essa notícia já começou a surtir efeitos, obstruindo o ingresso de produtos brasileiros no mercado argentino e, assim, prejudicando nossas empresas e trabalhadores.
Causam preocupação também a falta de transparência e as feições discriminatórias na forma como a medida está sendo disseminada. A orientação do órgão público argentino teria sido comunicada, informalmente, aos importadores daquele país sem a devida publicação oficial.
Ademais, a interferência do governo nas compras privadas, beneficiando a produção local em detrimento das importações, configura protecionismo arbitrário e viola o princípio do tratamento nacional.
A medida pretendida contraria os permanentes esforços para a construção de um diálogo positivo nas relações bilaterais entre Brasil e Argentina, conforme acordado por seus presidentes em recente encontro ocorrido em novembro do ano passado.
Neste contexto, a FIESP posiciona-se contra a utilização de medidas protecionistas arbitrárias e defende o comércio justo e leal.
Postado por: Cristiano Bitencourt
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