Arte das telas para a caixa de bombom

Arte das telas para a caixa de bombom

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

John Down pinta as janelas de sua loja em Nova York, com cacau e tinta comestível. Depois, para proteger a "tela", aplica uma camada de chocolate branco.

Os japoneses o chamam de "chocolate couture". John Christopher Norman Down prefere tratá-los como uma nova mídia para suas obras de arte, ou "paisagens abstratas", como ele diz.

Pequenos e coloridos, são apenas quadradinhos de chocolate. Mas eles combinam até com os quadros expostos na Christopher Norman, uma loja de chocolates especiais pintados por ele em seu ateliê - que divide espaço com a loja/fábrica, no Marco Zero de Nova York.

Artista plástico e "mestre chocolateiro" por vocação, o canadense John Christopher Norman Down criou a marca em 1992, depois que ele e o compositor americano Joe Guiliano inventaram um chocolate para servir numa exposição de quadros de Down. "A receita fez tanto sucesso que, no dia seguinte, muitos convidados ligaram para saber qual era a marca do chocolate. Atendendo a pedidos, começamos a vender para nossos amigos", conta o sócio Guiliano. Hoje, a marca está até em empórios sofisticados de NY, como Dean & Deluca, Williams-Sonoma, Whole Foods e Balducci’s.

"Já que não fazíamos muito dinheiro como artistas, decidimos tentar algo novo para complementar nossa renda", diz Guiliano. "Um dia abrimos o jornal e vimos uma reportagem sobre nosso chocolate. Foi um incentivo para montarmos uma pequena fábrica no ateliê de John, que funcionava no Lower East Side."

Foi assim que Guiliano deixou de ser agente de cantores de ópera para cuidar da parte operacional dos negócios da Christopher Norman. A mudança para uma pequena rua na região de Wall Street, distrito financeiro de Nova York, ocorreu em 2002. Mas, apesar de estar ali há quase oito anos, a loja tem um perfil discreto - só cerca de 8% dos chocolates são vendidos no local. O resto vai para o Japão e outras regiões dos EUA.

"Nosso chocolate é para adulto, sem açúcar, não fazemos nada muito elaborado, pois não estudamos e não temos uma técnica apurada. Usamos a intuição e, principalmente, o perfeccionismo. John é muito detalhista", diz Guiliano - eles usam Valrhona e Barry Callebaut. Há mais de 60 recheios disponíveis na Christopher Norman. As opções vão das mais tradicionais, como o vanilla milk chocolate, às mais ousadas - caso do chocolate amargo recheado com queijo de cabra. Há ainda sabores curiosos - e imperdíveis -, como o de curry de coco, que dá uma leve sensação picante na boca, e o de manjericão e sal defumado, que parece mudar de sabor a cada segundo.

Quadradinhos de chocolate pintados pelo artista plástico e chocolatier John Down, da Christopher Norman Chocolates, em Nova York

Quando o assunto é o formato, o 3D pear surpreende: é uma "pera" tridimensional recheada com ganache de chocolate branco (coberta com o amargo) ou gianduia e chocolate ao leite (coberta com o branco). E há até versões para os vegans, com azeite no lugar de manteiga e leite.

Os preços fazem jus ao slogan da loja: "Good taste can be bought", algo como "o bom sabor pode ser comprado". Na loja da fábrica, os bombons custam entre US$ 2 e US$ 7,50 (R$ 3,50 a R$ 13,50) e as caixas com dez bombons a partir de US$ 19 (R$ 34).

Quem estiver em Nova York não terá dificuldade em encontrar a loja, que fica bem perto da tradicional loja de departamentos Century 21. Os chocolates também podem ser encomendados pelo site http://www.christophernormanchocolates.com

ONDE FICA

Christopher Norman Chocolates

60 New Street, New York, NY. Tel. (00xx) 1 212 402-1243

Postado por: Felipe Pinheiro

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