A Casa Artusi, um centro de cultura gastronômica da Itália, organizou uma série de jantares semanais dedicados a personalidades da região de Emilia Romagna.
Entre os homenageados, o que tem provocado polêmica no país, está Benito Mussolini, fundador do fascismo italiano e amante declarado da cozinha "romagnola".
Um dos que reclamou da inclusão do nome de Mussolini na iniciativa foi o cientista político Maurizio Viroli. Em um artigo publicado hoje no jornal "La Stampa", ele disse que dedicar um jantar ao ditador italiano é "um explícito reconhecimento à grandeza" dele e uma "atenuação de sua culpa".
Viroli também se referiu à homenagem como um "jantar da vergonha", com o qual a Casa Artusi dará "uma preciosa ajuda à difusão dessa banalidade do mal que não distingue entre o justo e o injusto, entre a tragédia e a comédia".
"Organizar um jantar dedicado a Benito Mussolini é um ato de vergonhosa irresponsabilidade cultural e política", escreveu o analista, que criticou um porta-voz da Casa Artusi por dizer que o ditador foi "uma figura trágica".
"É uma pena que o porta-voz confunda as coisas. Mussolini não era trágico. Ele causou uma tragédia à Itália", acrescentou.
Outras personalidades italianas que serão lembradas na série de jantares são o cineasta Federico Fellini, o poeta Giovanni Pascoli e o músico Secondo Casadei.
Postado por: Felipe Pinheiro
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições