Comida de rua: a febre dos food trucks

Comida de rua: a febre dos food trucks

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:11

Nos Estados Unidos, caminhões que vendem refeições são tema de reality show

Comer rapidinho na barraca da esquina a caminho do trabalho. Dar uma passada na feira-livre e aproveitar para almoçar pastel. O trailer da avenida principal fica aberto até de madrugada e é endereço certo de boêmios famintos. Difícil encontrar algum lugar no planeta que não tenha uma história de comida de rua para contar.

Cada povo tem a forma própria de se organizar quando o assunto é comer fora, a exemplo dos grandes mercados livres na África e no Oriente Médio, os mercados fluviais a céu aberto dos asiáticos, barracas no Caribe ou as variadas versões de comidinhas de rua dos europeus. Acostumados a comer na rua, os americanos não ficam de fora. Os Estados Unidos estão cheios dos chamados food trucks. Food quer dizer comida. Truck, caminhão. São diferentes tipos de veículos que vendem comida ou bebida em áreas de grande circulação de pedestres, que podem ter um ponto fixo ou temporário, como também ser contratados para eventos particulares. Em geral, são reconhecidos por comercializarem comidas temáticas. O Nom Nom Truck, em Los Angeles, vende banh mi, sanduíches vietnamitas. As belas proprietárias Misa e Jen Chien (foto acima) dizem que Nom Nom é uma onomatopeia para sons emitidos depois de saborear algo gostoso. As duas circulam entre a Ventura Blvd. e a Santa Monica Blvd.

Como manda o figurino americano, a gastronomia móvel por lá tem identidade visual, design, cardápio tentador, decoração, padrões de higiene e, preferivelmente, qualidade aliada a marketing. Muitos já têm blogs, páginas no Twitter, no Facebook etc.

Existem veículos bem específicos, como os que oferecem comidinhas de bistrô (bistrô truck), comida judaica preparada sob a supervisão de rabinos (kosher truck) ou café da manhã (breakfast truck). Existem festivais e até um reality show está no ar nos Estados Unidos com uma competição entre food trucks.

Gustavo Silveira morava na Califórnia, em Los Angeles, e todos os dias ao voltar do trabalho tomava um ice cream sandwich (sanduíche de sorvete) em um food truck só de sorvetes. Pamela Prokopetz vive em Los Angeles, em Venice, e é freqüentadora assídua de um food truck cuja especialidade se baseia em tacos mexicanos com sabores de comida coreana. Ela jura que são ótimos. Ainda em Los Angeles, existe um caminhão só com comida brasileira, com oferta de feijoada e caipirinha.

Tari Azevedo, chef confeiteira e produtora de eventos, morou em Nova York em 2008 e trabalhava na confeitaria de um clube de golfe em Long Island. Se apaixonou pela idéia dos food trucks. "Não resistia. Sempre que passava em frente aos caminhões Van Leeuwen e Big Gay Cream eu parava e comprava um sorvete diferente, isso me rendeu alguns quilinhos". Ela diz que sempre teve medo de comida de rua, só se sentia segura com os pastéis de feira em São Paulo. Nunca se encantou por pretzels, kebabs ou cachorros-quentes, por exemplo. "Com os food trucks é diferente, dá para perceber o carinho especial na criação de tudo aquilo. É fácil se render ao Food Truck da Street Sweets (www.streetsweetsny.com), por exemplo, tudo é delicioso. No último concerto de jazz no Central Park, no verão de 2010, havia um caminhão que vendia vinhos, com barris, taças, uma apresentação ótima. Pude beber um chardonnay fresquinho."

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