O café é quase como uma religião para alguns e para esses devotos os centros de reunião para degustar a bebida são cada vez mais freqüentes, desde a sua popularização no final do século XV e início do XVI. Segundo estudos, o primeiro salão de café surgiu em Meca nessa mesma época, mas logo a ideia se espalhou pelo Cairo, Constantinopla e pelo Oriente Médio.
No Brasil a produção do grão começou quando as culturas de algodão e açúcar entraram em crise e a necessidade de uma nova fonte econômica se fez presente. Logo, as regiões do Vale da Paraíba, Sul de Minas e Espírito Santo começaram a se tornar grandes produtores, em seguida a plantação chegou à região de Campinas e até hoje ainda representa uma parcela significativa da economia brasileira. Em São Paulo, um desses lugares de reunião para degustar um bom café é o Santo Grão . Vanessa Mills, gerente de marketing da marca, conheceu melhor a bebida em uma viagem para Nova Zelândia em que acabou indo trabalhar como barista. Ficou um ano na área e lá criou a paixão pela bebida que a segue até hoje. Acabei sendo barista sem querer, comenta Vanessa.
Quando retornou ao Brasil, acabou entrando no Santo Grão e trabalhou lá durante um período como barista também, mas logo foi para a área de marketing, já que essa era sua formação acadêmica. Ela pontua que não tinha conhecimentos específicos da bebida, Não conhecia nada de café, só tomava. O ano que passei na Nova Zelândia serviu para aprofundar meus conhecimentos. Mas aqui no Brasil, Vanessa diz que aprende diariamente com a profissão, Como a unidade [do Santo Grão] da Oscar Freire é um laboratório é possível ter o feedback do cliente na hora, confirma.
Mas o Santo Grão também possui pó de café próprio que, para ser de qualidade, a marca conta com um degustador que vai atrás dos melhores grãos. No caso deles, o produto final é composto de grãos das áreas do Cerrado, Sul de Minas e Mogiana formando um café gourmet.
Para Eder Hilário, professor do curso de barista, o café gourmet tem uma seleção rigorosa dos grãos que o compõe criando uma diferença quanto aos pós normais que muitas vezes não tem rigor de seleção. Além disso, cada região possui uma característica própria e o tipo de torra que o grão recebe também influencia no sabor.
Porém, o segredo também não se limita apenas à qualidade do pó, mas quem tira e como é tirado o café também influencia na definição do sabor. Barista sem amor pela profissão, não traduz o verdadeiro sabor do café na xícara, afirma Vanessa Mills que ainda acrescenta Essa profissão é uma arte, o barista tem que traduzir o sabor do café e colocá-lo na xícara.
Agora, para fazer um bom café em casa, o especialista Eder Hilário trouxe três dicas para o Portal G&N :
1) Não deixar a água ferver. Quando ela estiver começando a soltar bolhinhas já pode desligar. A água fervendo queima o pó de café, deixando um sabor negativo, explica Éder.
2) Acomodar o pó sem mexê-lo dentro do coador. Segundo o especialista quando se mexe as chances de aumentar a concentração de cafeína na garrafa térmica é maior, prejudicando o sabor final da bebida.
3) Servir em uma xícara escaldada, para manter a temperatura do café.
Essa são as três regras para o que Vanessa considera um bom café: aquele que deixa vontade de repetir da bebida, e não comer um doce ou tomar uma água para tirar o amargor. Além do Santo Grão, São Paulo possui outros endereços para degustar um bom café como a Casa Pilão no Morumbi Shopping. A casa conceito tem a proposta de enaltecer o jeitinho brasileiro de tomar café: a especialidade é a bebida coada, do jeito que fazemos em casa.
Sem cerimônia, o cliente pode preparar seu próprio café na mesa, de diferentes maneiras: no coador, na cafeteria globinho, na prensa francesa ou na Senseo. A barista Márcia Matta criou 11 receitas de bebidas quentes preparadas com café, como o Ousado, combinação de café espresso, cachaça, creme de chocolate com avelã, chocolate em pó, leite vaporizado canela em pó, raspas de chocolate e canela em pau e o Agrado, uma mistura de cappucino tradicional, licor Amaretto, gemada, chantilly, canela em pó e amêndoas em lascas, além de quatro bebidas frias.
Outra opção é o Octavio Café que criou a bebida feita com ganache de chocolate branco, espresso e espuma de Marula, montada em uma taça de champagne, sem colher, justamente para que os clientes possam misturar os ingredientes em movimentos circulares - e libertar seus aromas. A bebida só será servida nesta terça-feira (24).
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