História da Pimenta

História da Pimenta

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Originárias da América do Sul, Central e do México, as pimentas frescas da família Caspicum são hoje cada vez mais apreciadas por todos os povos. Suas cores vibrantes - amarelo, laranja, vermelho, verde e violeta - e os formatos diferentes são característica que acentuam a deliciosa sensação de ardor que elas provocam em contato com as papilas. Dedo-de-moça, malagueta, chili, de-caiena, cambuci e tantos outros nomes de espécies selvagens ou cultivadas trazem o elemento que faz as pimentas "pegar fogo": o óleo volátil capsaína. Ele fica concentrado principalmente nas sementes, nos veios e nas membranas do vegetal.

Pertencentes à família das solanáceas, como a batata, o tomate, a berinjela, o jiló e o pimentão, as pimentas são difíceis de ser classificadas, já que sua polinização por meio do ar atravessa locais distantes e a plana cresce com facilidade. Por esse motivo, as mais de 100 espécies recebem nomes diversos por onde são espalhadas. Em 1911 foi criada uma escala de zero a dez (medida em unidades Scoville), para medir o ardor das espécies, que variam muito dependendo das condições e do local em que se desenvolvem. O México possui a maior concentração de tipos, entre eles a habañero, considerada um das maios ardidas do mundo.

Navegadores espanhóis e portugueses recém chegados às Américas tiveram uma surpresa ao encontrar uma pimenta bem menor e com um fruto mais ardido, diferente da que buscavam, pimenta -do- reino ( Piperr nigrum), valorizada no comércio da época. Cristóvão Colombo, em 1492, foi quem levou as amostras ardidas para a Europa. No Brasil, no século XVI, expedições relatam o cultivo pelos índios tipos de pimenta, entre elas a malagueta, que usavam no acompanhamento de farinha e peixe, hábito que dura até hoje. Na língua tupi, as pimentas recebem nomes com cumari ou quiía, dependendo da variedade. Em geral, as pimentinhas têm doses de vitaminas A, B e C, cálcio, ferro e fósforo. Podem ser frescas, secas, em conservas ou em molhos, e, se consumidas em moderação, ativam a digestão e o metabolismo, têm efeito estimulante e descongestionante. Mas em excesso podem causar irritação no aparelho digestivo, úlcera, e colite. A capsaína possui também efeito de queimadura na pele e nos olhos.

Para evitar danos, é preciso tomar cuidado na hora de manuseá-las. Nunca se deve colocar as mãos com pimenta no rosto e principalmente perto da mucosa da boca. Para quem tem pele sensível, o melhor é usar luvas de plástico. Escolha sempre as pimentas com casca lisa, brilhante, com o cabinho intacto. É sinal de fresco. E como tamanho não é documento - geralmente as menores são as mais ardidas - aprenda a usá-las com moderação. Coloque pimenta aos poucos nas preparações, observando, assim, seu grau de satisfação com ela. Os resultados são fantásticos. Em carnes, cozidos, molhos, sopas, peixes elas combinam bem. E, para quem exagerou na dose, saiba que água ou cerveja são péssimos antídotos e provocam sensação enganosa de alívio. Leite e alguns derivados como iogurtes, sorvetes e a banana é que aliviam as mucosas.

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