Novos refrigerantes com "Vitaminas" fazem tão mal quanto normais

Novos refrigerantes com "Vitaminas" fazem tão mal quanto normais

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

Nos últimos 20 anos, uma onda líquida inundou as gôndolas dos supermercados com repercussão sobre as despensas e geladeiras das residências em todo o mundo. Expostas a essa carga de líquidos de sabor doce e conhecidos como refrigerantes, pessoas de todas as idades passaram a mudar seus hábitos, incorporando calorias, açúcares e adoçantes, em volumes jamais pensados. Resultado: as silhuetas saltaram para graus variáveis de sobrepeso e obesidade.

Crianças e adolescentes são o principal alvo da indústria de alimentos, pois eles são os maiores consumidores das bebidas doces. Nos últimos 10 anos, o consumo de refrigerantes pelas crianças quase dobrou nos Estados Unidos. Os adolescentes (garotos) tomam em média, de três a quatro latas por dia, e 10% deles chegam a ingerir sete ou mais latas. A média para as meninas adolescentes é maior que duas latas diárias, sendo que 10% delas chegam a beber mais de cinco latas ao dia.

Do ponto de vista nutricional, os refrigerantes são verdadeiramente calorias vazias, ou seja, não conseguem agregar à saúde das crianças e adolescentes - seus maiores consumidores.

Para tentar se adequar à essa constante crítica dos profissionais de Nutrição e para conquistar definitivamente os pais, que ainda resistem em incorporar refrigerantes às refeições dos filhos, a indústria alimentícia apresentou-nos uma novidade: passou a incorporar vitaminas e minerais aos seus produtos.

Entretanto, a suposta adição de nutrientes não faz dessas bebidas alimentos saudáveis que possam substituir alimentos naturais. A quantidade de micronutrientes adicionada aos mesmos não atende às necessidades das crianças e adolescentes. E os refrigerantes continuam agregando sódio, açúcares e adoçantes artificiais, em quantidades que arriscam a saúde de seus consumidores.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, determinou a redução da concentração de dois adoçantes nas bebidas lights e diets: a sacarina e o ciclamato, principalmente pelo teor de sódio que estas substâncias agregam à bebidas. As empresas contam com três anos para se adequarem à nova legislação. O prazo final para implementação das modificações termina em março de 2011.

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