Cirurgia íntima corrige detalhes funcionais e estéticos; entenda

Cirurgia íntima corrige detalhes funcionais e estéticos; entenda

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:19

Quando o assunto é cirurgia estética feminina, as primeiras coisas que vêm à cabeça são lipoaspiração e implante de silicone, não é mesmo? No entanto, existe outro tipo de operação que mexe com o emocional feminino e, apesar de pouco conhecida e divulgada, é muito praticada: a íntima.

Também chamada de vaginoplastia, esse procedimento cirúrgico é realizado na região genital feminina para corrigir detalhes que podem incomodar a mulher. Entre os principais motivos que levam as mulheres a recorrerem à cirurgia da intimidade estão a redução dos pequenos lábios vaginas (ninfoplastia), a redução do Monte de Vênus (localizado acima do púbis) e o preenchimento dos grandes lábios vaginais.

“A maioria das pacientes buscam ajustar as alterações apenas por uma questão estética, mas também existem casos nos quais as imperfeições afetam a saúde. Os pequenos lábios vaginais, por exemplo, quando são muito grandes, causam dor e facilitam o surgimento de fungos e de doenças como a candidíase”, alerta André Gonçalves Freitas Colaneri, cirurgião plástico, especialista em cirurgia íntima.

Por isso, este tipo de procedimento cirúrgico é dividido em duas categorias: a funcional e a estética. As primeiras são aplicadas quando as imperfeições da região pélvica afetam a qualidade de vida da paciente, como a sensação de dor, causada principalmente durante a relação sexual e na prática de atividades físicas, como andar de bicicleta e a cavalo. Já as estéticas são realizadas apenas para melhorar a aparência da região.

Segurança quase total

E, para que tudo seja feito com total segurança, um simples preparo pré-operatório é necessário. “Antes de realizarmos o procedimento, pedimos exames de sangue (hemograma e coagulação) e de urina, além de uma avaliação detalhada com o ginecologista para descartar a possibilidade de infecção ou corrimento, que podem atrapalhar a cicatrização”, informa Alexandre Mendonça Munhoz, cirurgião plástico que integra a equipe do Hospital Sírio-Libanês. Com o avanço da técnica cirúrgica, as operações são simples e rápidas e podem ser realizadas com anestesia local e sedação. Elas têm duração de 30 a 45 minutos e a paciente pode receber alta no mesmo dia.

Desde que a técnica seja aplicada de maneira adequada para cada caso, não há grandes efeitos colaterais. “Na cirurgia íntima podem ocorrer complicações e efeitos adversos, como em qualquer outro procedimento cirúrgico. Mas a incidência é relativamente rara, por volta de 1,3%. Entre as principais complicações podemos citar infecção local, abertura de pontos e hematomas”, destaca Munhoz.

Os cuidados pós-operatórios são também simples e não implicam em repouso ou afastamento das atividades sociais. Há apenas a necessidade de uma higiene adequada na região e da abstinência sexual por aproximadamente 30 dias para não prejudicar a cicatrização da região. Além disso, recomenda-se o uso de antiinflamatórios e retornos semanais durante três semanas para a troca de curativos.

Quem não deve se submeter

A cirurgia da intimidade só não é indicada para as mulheres que não têm condições de receber anestesia por causa de doenças como hipertensão, diabetes e asma. No caso das fumantes, recomenda-se que o cigarro seja evitado completamente por um período de dois a três meses antes da operação. Além disso, pacientes com infecção ativa no local, como vulvovaginites (corrimentos) ou infecção, devem fazer tratamento antes do procedimento. 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições