Quando o assunto é cirurgia estética feminina, as primeiras coisas que vêm à cabeça são lipoaspiração e implante de silicone, não é mesmo? No entanto, existe outro tipo de operação que mexe com o emocional feminino e, apesar de pouco conhecida e divulgada, é muito praticada: a íntima.
Também chamada de vaginoplastia, esse procedimento cirúrgico é realizado na região genital feminina para corrigir detalhes que podem incomodar a mulher. Entre os principais motivos que levam as mulheres a recorrerem à cirurgia da intimidade estão a redução dos pequenos lábios vaginas (ninfoplastia), a redução do Monte de Vênus (localizado acima do púbis) e o preenchimento dos grandes lábios vaginais.
A maioria das pacientes buscam ajustar as alterações apenas por uma questão estética, mas também existem casos nos quais as imperfeições afetam a saúde. Os pequenos lábios vaginais, por exemplo, quando são muito grandes, causam dor e facilitam o surgimento de fungos e de doenças como a candidíase, alerta André Gonçalves Freitas Colaneri, cirurgião plástico, especialista em cirurgia íntima.
Por isso, este tipo de procedimento cirúrgico é dividido em duas categorias: a funcional e a estética. As primeiras são aplicadas quando as imperfeições da região pélvica afetam a qualidade de vida da paciente, como a sensação de dor, causada principalmente durante a relação sexual e na prática de atividades físicas, como andar de bicicleta e a cavalo. Já as estéticas são realizadas apenas para melhorar a aparência da região.
Segurança quase total
E, para que tudo seja feito com total segurança, um simples preparo pré-operatório é necessário. Antes de realizarmos o procedimento, pedimos exames de sangue (hemograma e coagulação) e de urina, além de uma avaliação detalhada com o ginecologista para descartar a possibilidade de infecção ou corrimento, que podem atrapalhar a cicatrização, informa Alexandre Mendonça Munhoz, cirurgião plástico que integra a equipe do Hospital Sírio-Libanês. Com o avanço da técnica cirúrgica, as operações são simples e rápidas e podem ser realizadas com anestesia local e sedação. Elas têm duração de 30 a 45 minutos e a paciente pode receber alta no mesmo dia.
Desde que a técnica seja aplicada de maneira adequada para cada caso, não há grandes efeitos colaterais. Na cirurgia íntima podem ocorrer complicações e efeitos adversos, como em qualquer outro procedimento cirúrgico. Mas a incidência é relativamente rara, por volta de 1,3%. Entre as principais complicações podemos citar infecção local, abertura de pontos e hematomas, destaca Munhoz.
Os cuidados pós-operatórios são também simples e não implicam em repouso ou afastamento das atividades sociais. Há apenas a necessidade de uma higiene adequada na região e da abstinência sexual por aproximadamente 30 dias para não prejudicar a cicatrização da região. Além disso, recomenda-se o uso de antiinflamatórios e retornos semanais durante três semanas para a troca de curativos.
Quem não deve se submeter
A cirurgia da intimidade só não é indicada para as mulheres que não têm condições de receber anestesia por causa de doenças como hipertensão, diabetes e asma. No caso das fumantes, recomenda-se que o cigarro seja evitado completamente por um período de dois a três meses antes da operação. Além disso, pacientes com infecção ativa no local, como vulvovaginites (corrimentos) ou infecção, devem fazer tratamento antes do procedimento.
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